Guia definitivo para cortar a franja sem se arrepender

O look divide opiniões e é rodeado de mitos que afastam quem sempre sonhou com o corte. Contamos aqui tudo o que você precisa saber antes de optar pela mudança de visual. Vem ver!


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Foto: Getty Images



“Não importa para onde eu vou, nem o tamanho da mala. Eu sempre tenho que ter um secador comigo. É minha única frescurinha e todas as minhas amigas sabem disso. Para me chamar para uma viagem, tem que ter como ligar o aparelho!”, conta Renata Miró, de São Paulo. A relações-públicas da Chanel no Brasil sempre teve cabelão, seguindo um estilo mais clássico. “Usava os fios bem compridos, típica leonina, né?”, brincou em entrevista a ELLE.

Foi por uma (ótima) influência de uma amiga, lá em 2017, que ela decidiu mudar o look. Primeiro, foi só o comprimento. “O meu cabeleireiro atual, Guilherme Casagrande, me recebeu na casa dele, superatencioso e me passou muita segurança para cortar. Nesse dia, ele deixou meu cabelo na altura do queixo, o que já foi uma grande mudança para mim. Eu sempre fui a pessoa do: corta só um dedinho!”, conta a RP.

A franja veio um tempo depois. Não era moda, poucas pessoas tinham naquela época, mas eu comecei a reparar e gostar muito de looks com franja. “A Rê me procurou para cortar em um momento de grandes mudanças de sua vida. Quando precisamos mudar algo de dentro pra fora, é natural acompanharmos o momento com o caminho inverso”, relembra Guilherme.”Fui lá, tomei coragem e cortei. Mas confesso que não amei logo de cara. Fui pra casa, lavei e quando eu mesma sequei, me encontrei no look. Me senti moderna, amei o resultado. Na hora eu pensei: nasci para ter franja!” Desde então, Renata manteve o corte, que hoje é sua marca-registrada. “A franja da Rê tem um formato clássico 1970, com laterais longas, volume e camadas. O que dá o ar moderninho é um picote que damos no meio após finalizar o corte, trazendo um errinho proposital para o formato tradicional” entrega Guilherme.

Além do nome, a assessora de comunicação Renata Gualdi, também de São Paulo, tem muito em comum com Miró. Ela também se encontrou no look com franja e não pretende mudar tão cedo. “Sempre tive vontade de ter, mas nunca fui incentivada. Fui em vários salões e me disseram muitas vezes que eu não podia usar franja. Por muito tempo aceitei isso como uma verdade, mas por sorte encontrei uma cabeleireira, a Nathália Alves, de São Paulo, que me mostrou na prática que eu podia ter o visual que eu sonhava”.

São muitos os mitos que rodeiam o tal corte: que nem todo mundo fica bem, que é difícil de cuidar e que exige muita manutenção, são algumas das principais crenças. “Minha cabeleireira desmistificou tudo isso e hoje eu lido extremamente bem com o meu cabelo”, conta Renata Gualdi. “Não uso nem escova. Só o secador e com os dedos vou modelando do jeito que eu gosto. É muito rápido e simples e o look me deixa superconfiante. É moderno, estiloso e parece que sempre estou arrumada”, completa.

Quer entrar nessa também? Abaixo, te contamos tudo o que você precisa saber antes de cortar para não se arrepender!

TIPO DE ROSTO

Todo mundo pode usar franja? O cabeleireiro Anderson Couto, do Rio de Janeiro, garante que sim. “É só encontrar, junto com o profissional, o tipo de corte ideal para você. Quem tem um rosto mais alongado e a testa maior tem mais liberdade para testar diferentes estilos. Já pessoas com o rosto arredondado e testas menores, costumam combinar mais com franjas longas.” O importante é que existe, sim, um look com a sua cara e seu estilo esperando por você. “Por muitos anos, ouvimos que quem tem cabelo cacheado não podia ter franja e isso não é verdade. Está super em alta e fica muito estiloso”, afirma a cabeleireira Brunna Fabricio, do ROM Concept, em São Paulo.

DISCIPLINA

Quem avisa amigo é – e Renata Miró entregou o truque. O secador é o maior aliado de quem usa franja e dificilmente você se verá livre dele. “Essa, com certeza, é uma condição de quem quer adotar o look. Ter alguns minutinhos, diariamente, para dedicar ao cuidado com o cabelo”, afirma Renata.

MANUTENÇÃO

Diferente do restante do cabelo, que se você não se importar com o comprimento pode ficar meses longe do salão, a franja perde o corte muito fácil. “Como ela tem uma altura ideal, é preciso fazer a manutenção a cada 3 semanas, no máximo 30 dias”, diz o cabeleireiro André Monteiro, de São Paulo.

TRUQUES DE STYLING

Ao contrário do que muita gente pensa, não é preciso um arsenal completo de produtos de beauté para estilizar e modelar a franja. Nesse caso, menos é mais. “Gosto muito de usar um pouquinho de spray de textura ou mesmo um xampu a seco antes de secar para deixar um aspecto mais moderno”, revela André Monteiro. O principal segredo é saber como secar. “Sugiro fazer isso logo após o banho, com os fios ainda bem molhados. Uma boa dica é prender todo o restante do cabelo e deixar só a franja solta para facilitar o styling. Então, seque-a completamente, direcionando o jato do secador de cima para baixo, usando uma escova para modelar só as pontinhas. Gosto de finalizar com um pouquinho de pomada em pó só na raiz, ela deixa os fios mais soltinhos”, ensina Anderson Couto.

ESTILOS EM ALTA

Outro ponto essencial para não se arrepender do novo visual é dar uma olhada nas tendências antes de cortar. “O que está em alta é a franja à la Brigitte: fios menores no centro e maiores nas laterais. Alguns fios irregulares, leves e desconectados ao redor do rosto também funcionam na hora de atualizar o look”, conta o cabeleireiro Marcos Proença, de São Paulo. Fuja dos ultra retos na altura das sobrancelhas se estiver buscando um visual fashionista contemporâneo. “A curtain bag (ou franja cortininha) é uma releitura das franjas da década de 1960, com um formato mais alongado nas laterais e mais curta no centro e dividida ao meio”, acrescenta André Monteiro. Está em dúvida de qual estilo escolher? “Para quem não tem certeza do look ou prefere cortar aos poucos para se acostumar, a franja longa é uma ótima pedida. Dá para usar de diferentes maneiras e a mudança não é de uma vez só”, finaliza Brunna Fabricio.

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