Quem é Pedro Pascal, o astro de “The last of us”

Como protagonista da nova série da HBO, ator virou nome quente em Hollywood e protagoniza western gay de Almodóvar.


Foto: Laurent Koffel/Gamma-Rapho via Getty Images



Você deve conhecer Pedro Pascal de suas atuações em Narcos, The Mandalorian e Game of Thrones. Mas Joel, de The last of us (HBO), é seu papel mais importante até aqui. O protagonista é um cara durão, encarregado de escoltar a jovem Ellie (Bella Ramsey, outra atriz de GoT) por um Estados Unidos devastado por uma infecção provocada por fungos, que transforma seus hospedeiros em canibais. Mas Ellie é uma esperança de cura à mutação.

Considerada a melhor adaptação de um videogame já feita, a série vem batendo recordes de audiência desde sua estreia em janeiro e já tem uma segunda temporada confirmada. The last of us jogou todos os holofotes sob Pascal, que foi ao palco do Saturday Night Live e protagoniza curta inédito de Pedro Almodóvar. Conheça mais sobre o ator a seguir:

Incidente diplomático
Com a fama crescente, Pascal se tornou um dos filhos mais ilustres do Chile. Nascido em Santiago, o futuro ator viveu pouco tempo lá. Ainda nos anos 70, seus pais deixaram o país e se refugiaram na Califórnia por causa da ditadura militar que se instalou no poder após a deposição do então presidente Salvador Allende, em 1973. Recentemente, em artigo sobre o ator, a revista ¡Hola! enalteceu as raízes espanholas de Pascal. Foi o suficiente para enfurecer os chilenos e quase criar um incidente diplomático nas redes sociais. O pai do ator, o médico José Balmaceda, teve que vir a público esclarecer que apesar dos quatro bisavós de Pedro serem espanhóis, o filho é chileno, sim, e com muito orgulho. Mesmo distante da terra natal, Pedro Pascal acompanha o que acontece em seu país. Nas últimas eleições, apoiou o então candidato de esquerda e agora presidente, Gabriel Boric.


Sucesso tardio

Nem mesmo o carisma do ator de 47 anos foi capaz de garantir que o reconhecimento de seu talento viesse antes dos 40. Pascal começou no teatro e fez vários papéis coadjuvantes na televisão estadunidense, como nos seriados Buffy, a caça-vampiros (1997- 2003), Lei e ordem (1990-) e The good wife (2009-2016). Em entrevista ao The New York Times, o ator falou sobre essa fase em que nada parecia dar certo. Ser escalado para papéis sem grande importância, por tanto tempo, fez Pascal perder um pouco de sua confiança. “Agora, quando agora olho para trás, vejo que sempre soube que havia uma voz interior dizendo que, em algum dia, eu iria fazer o que quisesse e da maneira como eu quisesse. Só que quanto mais você ouve ‘não’, mais aquela voz interior silencia e se distancia de você”, disse.

Trono por acaso
A carreira do ator ganhou projeção depois de viver Oberyn Martell em Game of Thrones (HBO, 2011-2019). Mas a escolha de Pascal para o papel se deu por acaso. Ele soube por meio de um estudante de arte dramática, de quem era uma espécie de mentor, que os produtores da série estavam em busca de alguém para interpretar o príncipe. Ao ler o roteiro, achou que o papel havia sido feito para ele. Gravou um vídeo e fez o teste chegar a David Benioff, um dos showrunners de GoT. Para isso, contou com a ajuda da amiga e atriz Sarah Paulson. Benioff é casado com a atriz Amanda Peet que, por sua vez, é amiga de Paulson. Depois disso, nada mais foi igual na vida do ator.

pedropascal

Reprodução


Saturday Night Live
Um dos termômetros para saber quando a fama bate à porta é ser convidado para protagonizar o lendário SNL. No início deste mês, chegou a vez de Pascal, em um programa que contou ainda com a banda Coldplay. O ator se juntou a Tom Hanks, Steve Martin, Scarlett Johansson, Michael Jordan, entre tantos nomes que foram estrelas da atração da TV estadunidense.

Western gay
No próximo mês de maio, Pascal passa pelo tapete vermelho do Festival de Cannes na estreia mundial do curta-metragem Estranha forma de vida, de Pedro Almodóvar. O ator contracena com Ethan Hawke nesta produção que foi definida pelo diretor espanhol como um western gay. O título do curta faz referência a um fado da cantora portuguesa Amália Rodrigues. A letra fala sobre um coração que não pode ser comandado, como se nenhuma existência humana pudesse ignorar seus próprios desejos.

pedro pascal

Bigode de respeito
Seja na pele do agente do departamento de controle de narcóticos Javier Penã, em Narcos (Netflix, 2015-2017) ou como Din Djarin, protagonista da série The Mandalorian (Disney+, 2019-), o bigode sempre foi um companheiro inseparável do ator. Tanto que as comparações com Burt Reynolds, assim que Pascal começou a fazer sucesso, foram inevitáveis. O ator chileno só deu adeus à sua marca registrada quando interpretou Maxwell Lord, o empresário ambicioso da DC em Mulher-maravilha 1984 (2020). E ainda teve que tingir o cabelo num tom próximo ao ruivo. Ele achou graça. Disse que sem bigode ficou parecendo um senador ou uma tia próxima. Para a alegria dos fãs, o bigode está de volta em The last of us.

pedro pascal

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes