Converse entra no universo da corrida em parceria com A-COLD-WALL

Novos modelos foram criados em parceria com a marca britânica para unir desempenho, conforto e estilo.


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A concorrência entre as marcas esportivas focadas em tênis de performance ganhou uma estrela de peso – e uma estrela, aliás, bem reconhecível entre os jovens. A Converse acaba de lançar o modelo Aeon Active CX, que representa uma quebra de paradigmas para a grife, que tem o modelo All Star Chuck Taylor como símbolo máximo de estilo.

Desenhado em parceria com a marca A-COLD-WALL, do designer britânico Samuel Ross, a peça preza pela ergonomia e o jogo de materiais tecnológicos. Trata-se de um novo foco em características até pouco tempo não muito priorizadas pela Converse, como respirabilidade, forma e estabilidade.

A diferença em relação à concorrência, como Adidas e Puma, só para citar duas coroas dos calçados esportivos mundial, é que a entrada da marca estadunidense nessa seara já chega com os dois pés na união entre lifestyle e performance.

As formas arredondadas em camurça e couro, aliadas ao solado translúcido e a cores vibrantes, são inerentes à criação de Ross. Já as tecnologias denominadas CX e Crater, desenvolvidas pela Converse, fazem o peso dos pés expandir o material de forma que a energia do movimento impulsione as passadas de quem corre – ou só quer andar por aí ou dar um pivô em alguma pista fervida.À ELLE, o diretor de design da divisão energy da Converse, Matt Sleep, afirma que a marca “já há algum tempo tem interesse em silhuetas baseadas em desempenho”. Não custa lembrar que o primeiro grande sucesso da marca aconteceu nas quadras de basquete, em 1936.

“Mas, ao concebermos essa nova peça, passamos a gravitar no universo da corrida, que tem sido uma fonte de padrões de conforto na indústria (dos calçados). Queremos dar uma visão distinta da Converse no lifestyle de corrida”, explica Sleep.

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Foto: Divulgação

Por isso, a escolha pela A-COLD-WALL. A marca explora o cenário urbano de Londres, com todas as suas contradições sociais e a cena cultural pujante, fatores preciosos da marca de calçados que nasceu em meio aos movimentos de contracultura e foi adotada pela juventude como signo de rebeldia. “Estamos sempre procurando fazer parcerias com aqueles que entendem nossa herança e podem ajudar a trazer outras perspectivas para as nossas silhuetas”, explica o diretor de estilo. “Samuel trouxe muitas coisas nessa colaboração, mas nenhuma mais importante do que sua maneira de ver e entender a natureza simbiótica de como a forma e a sensação de um produto devem funcionar ao criar novos conceitos.”

O viés sustentável também foi um fator considerado na concepção da peça e se conecta aos desejos do público que a marca quer atingir. Cerca de 12% dos materiais são de sobras de borracha recicladas pela própria grife, uma forma de promover a ideia de circularidade numa indústria que demanda uma quantidade imensa de insumos.

Dar passos largos na seara da performance não significa, porém, que a Converse está deixando de lado a aposta em suas peças icônicas, como o modelo Chuck Taylor. A ideia, segundo a grife, é agregar e se adaptar à realidade, cada vez mais evidente, de que os tênis já não servem mais só para correr. Viraram itens fundamentais no guarda-roupa do dia a dia.

“A beleza do Chuck é ser atemporal, de ser rico em herança e estar tão na moda hoje quanto nos últimos 100 anos”, diz Sleep. “Ao mesmo tempo, estamos explorando as novas linhas de nossa linguagem de design, para silhuetas totalmente novas que impulsionam a marca.”

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