Jeans ressignificado

O estilista Gui Amorim, do Estúdio Traça, que sempre teve no jeans sua maior ferramenta de trabalho, se arrisca na malharia e na camisaria.


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Gui Amorim se apaixonou por jeans quando mudou de Cubatão, cidade industrial no litoral paulistano, para Santos, onde estudou moda. “Saía do trabalho e ia passear pelas ruas da cidade. Gostava de ir em brechós e acabei criando um verdadeiro acervo de denim”, lembra. Aos poucos, começou a dar vida nova às peças vintage adquiridas por meio do upcycling. Quando veio para São Paulo, em 2015, conheceu a também estilista Vicenta Perrotta, que o colocou entre as marcas participantes do Mercado Mundo Mix, uma feira de roupas de marcas independentes. Começava ali o que, hoje, é o Estúdio Traça.

Em novembro de 2019, a grife estreou na Casa de Criadores com uma coleção inspirada em memórias afetivas e com apoio da confecção Nicoletti Têxtil, hoje sua maior patrocinadora. Para a próxima coleção, Amorim teve como ponto de partida uma experiência bem pessoal: a substituição da vida a dois por uma sozinho – realidade que muita gente sentiu nos meses de quarentena. “Temos um excesso de demanda por presença online, de coisas para fazer. Apesar da nossa vida e do mundo estarem cada vez mais caóticos, a gente precisa aprender a inserir um pouco de solidão no meio disso tudo para se encontrar com nós mesmos”, opina.

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