Entre excessos e questionamentos, Victor da Justa estreia na SPFW

A coleção Cognição Faminta fala sobre fake news e sobrecarga digital.


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Nunca houve um acesso à informação tão facilitado no mundo. E também nunca houveram tantas notícias falsas em circulação. É sobre isso que o estilista Victor da Justa fala em sua coleção de estreia na SPFW, nomeada de Cognição Faminta. As inspirações dialogam entre a paciência de viver o agora com afeto e a nocividade que a tecnologias pode ter.


Ao experienciar o contexto atual, Victor conta que almejou ”fazer uma dualidade entre o tecnológico e o analógico”. Durante a pandemia, muitas pessoas passaram a migrar apenas da tela do celular para a do computador, e estilista buscou explorar os desdobramentos desse fenômeno. O estilista olhou para o cenário de informações excessivas, a (pseudo) escassez de tempo e as fake news. Além disso, o objetivo foi ”fazer uma ode à cultura e à educação, que estão deixadas de lado no país”, diz ele, natural do Rio de Janeiro.

Foi a primeira vez que o estilista participou da SPFW, sua marca, no entendo, foi criada no final de 2019. Como ele mesmo diz, seu filme fashion está meio dramático, afinal, ”estamos vivendo momentos dramáticos”.

O resultado pode ser visto, principalmente, nas estampas dos 16 looks. São lonas e outros tecidos de algodão que ilustram três designs principais: o Ied de Code, uma espécie do clássico pied de pouple num QR Code repaginado; a Noticia Servida, que trás elementos do filme A Pequena Sereia; e a Cultura Analógica, que compila vários livros, fotos, filmes e pedaços de jornais em um formato de quebra cabeça. Nos acessórios, aparecem cintos e bolsas. As últimas tem, no lugar da alça, um garfo moldado pelo próprio estilsta. As peças da coleção estão disponíveis no site da marca e na loja Pinga, em São Paulo.

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