Hits Olímpicos, China e NYFW

Quem diria que a Olimpíada de Tóquio fosse o cenário para tanta moda! Entre os maiores esportistas do mundo, houve espaço também para discussões sobre o quanto um uniforme é sexista, tendências das skatistas e até um convite para fazer crochê. Neste episódio, a gente fala dos hits fashionistas dos jogos olímpicos. E ainda: Kanye West, Frank Ocean, New York Fashion Week e muito mais!


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Começou no dia 23 de julho e terminou ontem, domingo, 8 de agosto, a Olimpíada de Tóquio 2021. Quem madrugou viu os maiores atletas do mundo subirem ao pódio e também — por que não!? — falar de e fazer muita moda.

Acontece que nessa edição do evento os looks dos competidores não passaram nem um pouco em branco. Muito pelo contrário. Da problematização sobre o vestuário sexista de algumas modalidades às tendências que saíram dos looks das skatistas, não faltaram highlights de moda nessa temporada esportiva.

Segue aqui com a gente que nós contamos tudo.

E a gente começa com a cerimônia de abertura. Ela foi bem mais simples do que as edições anteriores do evento, em função, claro, da pandemia de Covid-19, mas contou com uma série de designers e marcas vestindo as personalidades.

Uma das imagens que mais encantou a festa foi a da cantora japonesa Misia usando um vestido assinado pelo conterrâneo Tomo Koizumi. O modelo ultra volumoso, como é típico do trabalho do designer, tinha as cores dos anéis olímpicos na barra da saia, com os tons desaparecendo até ficarem brancos na parte de cima do vestido.

Já no famoso desfile das nações também rolou muita grife conhecida. Ralph Lauren vestiu a comissão estadunidense. Já é praticamente uma tradição, uma vez que a marca faz isso desde 2008. A Giorgio Armani desenhou os trajes da delegação italiana, uma colaboração que existe desde 2012. E a França contou com a Lacoste vestindo a comissão do país. A marca é a responsável pelos uniformes franceses desde 2016.

Rolou mais uma vez a aparição de Pita Taufatofua, o praticante de taekwondo e esqui do país Tonga, um arquipélago localizado na Oceania. Mais uma vez porque na abertura das Olimpíadas do Rio, em 2016, este atleta já ficou famoso por usar um traje que chama bastante atenção. Trata-se de uma veste tradicional tonganesa que consiste em uma saia de couro e apenas isso. De resto, o corpo nu fica coberto por um óleo. E aí já viu né? A imagem de Taufatofua rodou pelas redes mais uma vez.

Já a Libéria, como a gente havia cantado a bola, foi o país que levou ouro no quesito moda nessa edição dos jogos olímpicos. Foram apenas três atletas competindo pelo país da África Ocidental. E apesar de participar desde 1956 a delegação nunca abocanhou uma medalha. Mas o responsável por jogar a agremiação para o pódio fashionista, dessa vez, foi o designer Telfar Clemens.

O mundo da moda conhece Telfar Clemens como um estilista nova iorquino em ascensão. Mas, na verdade, ele também tem ascendência liberiana. Clemens mantém a sua marca homônima desde 2004, uma grife voltada para as subculturas marginalizadas e que levanta as bandeiras da fluidez de gênero e da equidade racial. Nos looks da Libéria, a assimetria chamou a atenção, transformando esse uniforme em um dos mais desejados dos últimos tempos.

Diz a boca miúda que o Comitê Olímpico Internacional não é nem um pouco chegado em statements políticos feitos pelos atletas. Rolou até um bafafá antes desses jogos, que foi o fato de o COI banir o uso de roupas que contivessem mensagens sobre o movimento Black Lives Matter.

De acordo com a organização, a decisão é para que os jogos destaquem o empenho dos atletas e que as declarações políticas fiquem reservadas às entrevistas que os competidores dão à imprensa, se assim desejarem. Mas não em cima do pódio!

Só que isso não foi nenhum impeditivo para que os ativismos rolassem. E eles foram feitos por meio das roupas.

O estopim dessa temporada foi um episódio anterior às Olimpíadas. Jogadoras norueguesas de handebol de praia foram multadas por usarem shorts no lugar de uma calcinha de biquíni no Campeonato Europeu. A multa veio da própria Federação Europeia de Handebol, que considerou o traje das competidoras indevido e em desacordo com o regulamento de uniformes da instituição.

O handebol de praia nem faz parte das Olímpiadas, mas o episódio inflamou um assunto antigo, que é o policiamento sobre os corpos, principalmente de mulheres, nos esportes.

As ginastas alemãs, por exemplo, deram uma boa resposta na competição japonesa. Elas decidiram usar um macacão de corpo inteiro, no lugar do tradicional modelo cavado, com as pernas à mostra. Elas não chegaram a ganhar uma medalha, não passaram pelas eliminatórias, mas deram um recado poderoso com o look.

Acontece que ainda que as regras de vestimenta sejam ajustadas com o tempo existe ainda muita hesitação em colocá-las em prática. As ginastas estadunidenses, por exemplo, podem desde a metade deste ano, usar shorts por cima do body, tal qual os ginastas homens. Mas não é o que acontece por ora. O movimento das alemãs é para que isso mude e os atletas se sintam mais confortáveis com os trajes que preferirem.

Roupas que exibem mais o corpo estão vinculadas historicamente às mulheres dentro das competições esportivas. No caso do vôlei de praia, por exemplo, ainda que homens e mulheres possam usar camisetas e shorts, as opções para elas são as mais justas e coladas no corpo.

No tênis, por exemplo, a cartilha sobre o vestuário feminino é uma polêmica centenária. Em 1919, Suzanne Lenglen foi considerada indecente por usar uma saia até a panturrilha e sem anágua ou espartilho, o que lhe garantia maior conforto. Já na década de 1940, Gertrude Moran foi chamada de vulgar por usar um vestido que terminava no meio da coxa e lhe facilitava a movimentação.

Em 1955, a atleta de apenas 12 anos de idade, Billie Jean King, foi impedida de participar de uma foto em grupo por vestir shorts em vez de uma saia curta. E até mesmo em 2018 Serena Williams irritou os conservadores ao vestir um macacão no lugar de uma mini saia.

Um dos argumentos de defesa para esses trajes é que se trata da cultura do esporte. Mas isso é facilmente refutado, porque os uniformes sempre evoluíram com o passar dos tempos e poderiam tranquilamente se adaptar a uma cartilha menos machista.

Em 2011, a Federação Mundial de Badminton tentou fazer com que as jogadoras usassem minivestidos. E, em 2012, antes das Olimpíadas de Londres, a Associação Internacional de Boxe propôs que as boxeadoras usassem saias no lugar de shorts. Essas ideias só não foram pra frente porque rolou briga, petição e confronto por parte das atletas. Ou seja, a gente espera que esse jeito mais combativo das atletas tenham respostas positivas no futuro.

E, agora, a gente fala dos momentinhos mais fashionistas dessa temporada. Você acabou de ouvir aí o Baile de favela que foi remixado com Bach, a trilha que a ginasta brasileiríssima Rebeca Andrade usou para conquistar a primeira medalha feminina nessa modalidade para o Brasil… Ou melhor, Rebeca levou duas!

A atleta conquistou o coração dos brasileiros nessas últimas semanas, mas o time estadunidense de ginasta também não saiu das manchetes.

Já era muito esperado que Simone Biles chamasse a atenção por sua performance em Tóquio, mas a ginasta foi uma das protagonistas pelo que ela fez além das quadras: a atleta desistiu de competir de algumas provas, falou abertamente da pressão que estava sofrendo e levantou a discussão sobre saúde mental no universo esportivo.

Ah! Mas ela fez isso com um look nada do caído, viu! O seu collant com mais de 6 400 cristaizinhos de Swarovski vai ficar aí pra eternidade como parte desse momento histórico.

Já o britânico Tom Daley chegou em Tóquio e ganhou logo de cara uma medalha de ouro na prova em dupla. Mas aí veio um intervalo de doze dias para a prova individual. E ele não teve dúvidas: sacou as agulhas e o novelo da bolsa e começou a tricotar na arquibancada.

A imagem do atleta fazendo vários acessórios manuais rodou a internet, a ponto de revelar que ele não é só um dos melhores saltadores do mundo, como também um ótimo tricoteiro. Para se ter uma ideia, ele chegou a fazer um casaquinho para o próprio cachorro, um suéter branco com o logo das Olimpíadas e até um saquinho para guardar a sua medalha, nesses dias enquanto esperou para competir no Japão.

De acordo com Daley, ele aprendeu a tricotar e a fazer crochê na quarentena, enquanto ficou isolado em sua casa com a mãe, Debbie, o marido, Dustin Lance Black, e o seu filho, o pequeno Robbie. “Foi assim que eu preservei a minha saúde mental”, disse o atleta.

Quem quiser mergulhar (com todo perdão ao trocadilho) no trabalho de Daley é só acessar a página do Instagram @madewithlovebytomdaley.

E a gente pode falar com a boca cheia porque foi unânime. O skate foi um acontecimento, fez uma baita estreia como nova modalidade olímpica e com direito a alguns dos atletas mais jovens a participar do evento até então. E não foram só as manobras que encantaram. A moda da Geração Z skatista também acumulou fãs.

A finlandesa Lizzie Armanto, por exemplo, competiu com um macacão que ela mesma desenhou. A filipina Margielyn Didal, por sua vez, conquistou as redes sociais com a sua simpatia e por enriquecer o seu uniforme com vários acessórios dourados. Uma correntinha no pescoço e muitos anéis nos dedos, tudo, combinado com o boné virado para trás, mostrou uma malandragem encantadora.

Para os sneakerheads esse esporte serviu quase como um desfile de moda. Vários modelos de tênis subiram no ranking do desejo, como o Converse Jack Purcell, usado por Alexis Sablone, ou o Nike SB, do japonês medalhista de ouro Yuto Horigome.

Para completar o lookinho skatista olímpica, destaque para a polo usada pela belga Lore Bruggeman e o top da britânica Sky Brown. Grudado no corpo, ele encontrou um equilíbrio perfeito com a calça mais soltinha que é o hit entre todas as skatistas.

Falando em calça… O prêmio de melhor look da temporada foi com toda certeza para Rayssa Leal, a fadinha, brasileira prata no skate com apenas 13 anos. Como bem avisou o site estadunidense WWD, todo mundo quer ser tão cool, agora, como Rayssa. De calça cargo na cor camelo da Nike e um tênis Nike SB Shane T a maranhense apresentou um dos visuais mais desejáveis dessas competições.

Vale dizer que cada atleta levou o seu patrocinador pra pista, mas a Nike engoliu no quesito emplacar um hit. Trata-se de um tiro bastante certeiro da etiqueta esportiva em se juntar com o artista holandês Piet Parra para criar uma camisa com grafismos que remetem a diferentes países e que vestiu os competidores dos Estados Unidos, Japão, França e Brasil. Ou seja, os melhores.

E você quer se vestir como as skatistas? Bem, esse é o título da matéria completíssima da nossa repórter Lele Santhana, que está em nosso site. Lá em elle.com.br você encontra a reportagem que explica como nos últimos 50 anos essa modalidade esportiva grudou com a moda e nunca mais se separou.

Kanye West colabora com Demna Gvasalia em lançamento de Donda

E na última quinta-feira, dia 5 de agosto, Kanye West fez o que a gente pode chamar aqui de iniciação ao lançamento de seu décimo álbum, Donda. Isso, porque até o fechamento desse episódio o álbum em si não havia sido lançado de fato.

Mas em um palco dentro do estádio Mercedes-Benz, em Atlanta, o músico apareceu como fez no desfile de alta-costura da Balenciaga, com o rosto coberto por uma máscara, e vestindo um colete à prova de balas. Ele se posicionou em um cenário no meio do estádio que parecia ser um quarto, mas estava mais próximo das dependências de um presídio. E, dizem, ele viveu por ali durante alguns dias enquanto lambeu a nova cria, que é esse seu novo álbum.

Ao redor de um colchão estavam dois pares de sapato e uma jaqueta com formato de porco-espinho, parte da coleção de inverno 2020 da Balenciaga. West depois apareceu também com uma jaqueta puffer preta alongada que, alguns suspeitam, pode ser uma peça da coleção Yeezy Gap, a parceria entre a marca do rapper e a empresa estadunidense Gap.

À meia-noite desta quinta-feira, o site de Yeezy Gap lançou um formulário de pré-encomenda para uma versão vermelha da jaqueta que ele havia divulgado um tempo atrás, como o primeiro produto da colaboração. O lançamento da Yeezy Gap está programado para o começo do ano que vem.

Esse show de lançamento, na verdade, como você pode perceber pelas informações que trazemos aqui, foi bastante enigmático, muito mais próximo de uma performance artística. Ele circulava o colchão ou ficava parado, sentado em cima dele, por alguns minutos. E em alguns momentos fazia flexões, enquanto quase 5 mil dançarinos o cercaram no estádio. No final, o músico foi suspenso por cabos de aço como se estivesse sendo sugado pelo céu.

Mas o foco aqui, por enquanto, é que, além de criar o look usado por West, Demna Gvasalia, o diretor criativo da Balenciaga, foi convidado pelo artista para assinar também toda a cenografia dessa performance, bem como as artes visuais que passaram no telão de led.

Para gente, aqui, das modas fica esse alerta para essa parceria que anda cada vez mais forte. Trata-se de dois grandes nomes da moda contemporânea, famosos por suas abordagens incomuns, muitas vezes criticadas, mas que sem sombra de dúvidas impactam a indústria da moda de uma maneira geral.

Bem, a gente segue de olho no que esses dois ainda podem aprontar juntos e contaremos tudo por aqui.

Frank Ocean lança marca própria: Homer

Notícia fresquinha para os fãs de Frank Ocean: tem lançamento do cantor no mercado. Mas dessa vez não se trata de nenhum novo álbum. O músico estadunidense acaba de lançar sua marca própria.

Batizada de Homer, a empresa é definida como uma companhia americana independente de luxo e estreia com uma coleção de jóias. As joias são feitas à mão na Itália, com ouro 18 quilates, prata esterlina reciclada e diamantes produzidos em laboratório. Há ainda peças esmaltadas e pintadas à mão e lenços estampados

De acordo com o material de divulgação da marca, as peças são inspiradas em “obsessões da infância” e em “herança como fantasia”. Por enquanto, a coleção só pode ser comprada na loja física da marca, que atende com hora marcada e está sendo inaugurada nesta segunda-feira em Nova York.

Ah, e uma informação pra atiçar ainda mais os fãs: o catálogo da Homer traz um detalhe que levantou especulações sobre uma provável collab entre o cantor e a Prada. As páginas trazem detalhes de duas bolsas da Prada, além do próprio Ocean vestindo uma jaqueta anorak da grife italiana.

Amaro compra CO2 e vira primeira empresa brasileira com saldo positivo

No ano passado, a empresa brasileira Amaro foi eleita uma das companhias mais inovadoras da América Latina pela Fast Company, a plataforma de mídia especializada em tecnologia, negócios e inovação.

E não é só por causa das suas iniciativas no meio digital que ela se destaca. Nesta segunda-feira, dia 9, a Amaro divulga um relatório em que detalha os esforços que vem fazendo há três anos, com o objetivo de reduzir o seu impacto ambiental.

Entre as iniciativas, estão medidas como a diminuição do tamanho das embalagens, a eliminação do uso do plástico virgem em sua cadeia produtiva e a adoção das entregas por bicicleta.

Mas uma das ações mais inovadoras foi em relação à compra de créditos de carbono pela empresa. A Amaro comprou o dobro da quantidade de créditos que ela precisaria adquirir para compensar suas emissões de CO2. Só que ela não pretende usar esses créditos. Ela simplesmente vai tirar esses créditos do mercado. Em entrevista ao jornalista Pedro Diniz para o site da ELLE, o co-fundador da Amaro e CEO da empresa, Dominique Oliver, explicou melhor o que isso significa:

“Tudo que a gente não está conseguindo reduzir – que pra Amaro vai ser 15 mil toneladas de CO2 em 2021 – nós vamos não simplesmente offsetar ou neutralizar essas 15 mil toneladas. A gente vai fazer o dobro disso. Ou seja, a gente está comprando no mercado créditos que nos dão ‘o direito para poluir’ 30 mil toneladas de CO2. Em vez de fazer isso, a gente simplesmente tira esses créditos e aposenta eles. Ou seja, a gente tira essa quantidade do mercado. Significa que a Amaro é a primeira empresa de consumo no Brasil que se torna positivo no saldo do planeta e, tecnicamente, reverte mudanças climáticas. A gente devolve mais saldo do que a gente polui. Acho que isso no Brasil isso é algo pouco entendido, mas, no final, eu acredito muito que nossos funcionários, os founders e nossos consumidores, eles acreditam que o luxo do futuro é o de consumir um produto que tem um impacto positivo no planeta.”

Para saber mais sobre essa iniciativa e a visão da empresa sobre moda e sustentabilidade, confira a entrevista exclusiva com o CEO da Amaro, Dominique Oliver, no nosso site: elle.com.br.

Steve Madden transfere produção da China para o Brasil

Você curte os sapatos e tênis do designer estadunidense Steve Madden? Pois saiba que se comprar algum par da marca nos próximos meses, há uma grande probabilidade dele ter sido produzido no Brasil.

Na última conferência com investidores, o CEO da grife, Edward Rosenfeld, informou que a empresa transferiu cerca de metade da produção, que era alocada na China, para o México e o Brasil.

Há poucos anos, quase 90% dos produtos da Steve Madden eram manufaturados na China. Essa porcentagem vem caindo desde que a guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos se acirrou, aumentando os impostos sobre os calçados produzidos na China.

A transferência da produção para o Brasil e para o México foi motivada agora, em parte, pelas dificuldades que as fábricas estão enfrentando na cadeia de produção asiática. Mas no evento com os acionistas, Edward Rosenfeld ponderou que, mesmo com a mudança, os desafios vão continuar. Entre as dificuldades que a empresa ainda vai enfrentar, o executivo citou a situação crítica da pandemia de Covid-19 no Brasil.

E enquanto Steve Madden põe um pé pra fora da China, quem volta com tudo para lá é a Forever 21. Em 2019, a varejista fechou todas as lojas no país, depois de oito anos tentando se estabelecer no mercado chinês. Nesse mesmo ano, a Forever 21 entrou com pedido de recuperação judicial e, em fevereiro de 2020, foi comprada pelos grupos Simon Property, Authentic Brands e Brookfield Property Partners.

Nesse retorno à China, a Forever 21 funcionará com um modelo de licenciamento. As operações locais serão tocadas pela empresa Lasonic Limited Xusheng.

Semana de Nova York avisa: só participará do evento quem estiver vacinado

Falta exatamente um mês para o início da Semana de Moda de Nova York e o CFDA já avisou: só vai participar do evento quem estiver devidamente vacinado.

Na terça-feira passada, dia 3, o Conselho de Designers de Moda da América publicou no seu Instagram o aviso de que será exigida prova de vacinação de todos os convidados e profissionais que comparecerem às apresentações.

A restrição segue as diretrizes da cidade de Nova York, que será a primeira metrópole estadunidense a adotar a obrigatoriedade do comprovante de vacinação para atividades em ambientes fechados, como restaurantes, cinemas, teatros e academias de ginástica. A medida vem na esteira do aumento de casos de Covid causados pela variante Delta. Atualmente, cerca de 66% dos habitantes de Nova York estão completamente vacinados.

A exigência do comprovante de vacinação vai ser gradualmente implementada a partir de 16 de agosto e estará oficialmente valendo a partir de 13 de setembro. A Semana de Moda de Nova York termina antes do endurecimento da fiscalização – vai do dia 8 ao dia 12 de setembro –, mas o CFDA já tratou de deixar claro que o evento vai cumprir a recomendação oficial.

Também na semana passada o Conselho confirmou a realização do CFDA Fashion Awards em formato presencial. O evento de premiação está programado para o dia 10 de novembro e será realizado no espaço de eventos The Pool and The Grill, localizados no histórico arranha-céu Seagram Building, na Park Avenue.

E agora é a hora do Pedro Camargo vir com a sua pílula de beauté. E, dessa vez, o nosso editor de beleza, fala de uma estrela que é figurinha carimbada do ELLE News. Conta mais, Pedro!

“Gente, e não é que a Rihanna tá bilionária? Bom, já era de se esperar, fala sério… A história da Fenty Beauty foge muito à regra da maioria das marcas no mercado de beleza. Primeiro, vale lembrar que trata-se de um mercado que consegue ser a um tempo saturado e concentrado. São 5 grandes grupos que detém metade dessas milhares de marcas, não é um negócio fácil! Ainda assim, enxergando um gap de mercado absurdo deixado pelo racismo dessas marcas a Fenty entrou no jogo para transformá-lo por dentro. Era um argumento forte, na hora certa e com uma figura pop por trás para sustentá-lo: todo mundo merece uma base da sua cor. Eu, hein, que porre! Bom, deu no que deu e deu certo demais! Como se não bastasse, a Fenty é uma marca BOA de produto BOM, coisa BOA, boneca. Não que ter mais gente bilionária no mundo seja bom, mas antes a Riri do que o Elon Musk. Beijossssssss”

E, para finalizar o episódio de hoje, a nossa dica cultural da semana, apresentada por C6 Bank & Mastercard. Dessa vez, nossa editora de cultura, Bruna Bittencourt, dá aquela listinha do streaming que a gente ama e dessa vez com temática mais do que especial: representatividade trans. Conta mais, Bruna!

“MJ Rodriguez tornou-se recentemente a primeira mulher transgênero a ser indicada em uma categoria principal de atuação do Emmy por Pose. Na série, ela vive Blanca, também trans e figura materna de um grupo de jovens na cena ballroom da Nova York dos anos 1980 e 1990. A gente pegou carona nessa indicação tão importante para discutir, em uma matéria publicada no site da ELLE, a representatividade trans nas séries desde Orange is the new black até Manhãs de setembro, produção nacional, protagonizada pela cantora Liniker. Nosso colaborador Caio Delcolli entrevistou Alex Schmider, diretor-adjunto do departamento de representatividade trans da GLAAD, ONG americana que monitora a visibilidade de pessoas LGBTQIA+ na mídia. Para ele, houve uma melhoria significativa desde a estreia de Orange is the new black, em 2013, com a atriz trans Laverne Cox em uma papel coadjuvante da série. De acordo com Alex, isso se deve ao fato de pessoas trans passarem a ocupar posições criativas, como a de roteiristas, diretores e produtores, e a mudança de percepção da sociedade sobre a transgeneridade, o que, por sua vez, é reflexo de anos de ativismo. Confira esse papo completo e uma lista de séries que contam com personagens trans e atrizes no site da ELLE. Por aqui, a gente fica com “I’m coming out”, de Diana Ross, trilha de Pose.”

Este episódio usou trechos das músicas Nobody, de Mitski; Rebel Girl, de Bikini Kill; Remix de Bach com Baile de Favela, da apresentacão de Rebeca Andrade nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021; Sk8er Boi, de Avril Lavigne; Lost, de Frank Ocean; Mine, de Gustaf; e The Cure, de Lady Gaga.

E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou o Gabriel Monteiro.

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Até semana que vem!

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