Por: Chames Oliveira Foto: Getty Images
Quem viveu a moda dos anos 2010 deve lembrar do vestido bandage, usado por Beyoncé, Britney e Kim, famoso por realçar a silhueta com tiras elásticas.
O modelo justo, que define o corpo, fez sucesso no começo do milênio, mas sua criação é anterior: surgiu nos anos 1980, pelas mãos de Alaïa.
Inspirado em múmias e ritos egípcios, o estilista tunisiano lançou o vestido como resposta aos volumes extravagantes da moda da época.
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Quase uma década depois, Hervé Léger criou sua versão do vestido, mais elástica e compressiva, lembrando as ataduras médicas e realçando o corpo.
Por que o vestido bandage está de volta? Em setembro de 2024, Kaia Gerber apareceu com um vestido branco, parecido com o usado por Cindy Crawford em 1993.
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Em abril, Hailey Bieber comentou no Instagram acreditar na volta do vestido de Hervé Léger. Ela usou uma versão Saint Laurent no evento Fashion Trust.
O último auge do vestido bandage foi há cerca de 18 anos, em 2008, quando Max Azria, da BCBG, assumiu a marca Léger e trouxe os designs de volta às passarelas.
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Sob direção criativa de Azria, a marca voltou ao radar. Celebridades como Rihanna e Victoria Beckham adotaram os bandages, destacando seus corpos tonificados.
É importante ressaltar que o vestido bandage surgiu em 1990, pós-surto da Aids, quando a sociedade valorizava parecer saudável, com corpo em forma e culto à musculação e aeróbica.
A silhueta colada exaltava a forma física. Após um período de diversidade, o retorno da magreza traz de volta o bandage, símbolo dessa busca pelo corpo ideal.
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Mas essa é apenas uma forma de entender o apelo do vestido bandage. Também destaca-se a originalidade do modelo, feito sem moldes e com costura manual fita a fita.
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Preservar a herança de Hervé Léger é meta da Authentic Brands Group, que quer aproximar a marca da mulher jovem, multifacetada e que valoriza conforto e significado.