Já fez o download do seu look hoje?
Os games ficam fashionistas e a moda encontra uma sobrevida no digital, principalmente em tempos de pouco contato. E, sim, hoje em dia já existe marca fazendo roupa sem costureiro, mas com expert em realidade aumentada e virtual.
Design 3D existe e é aperfeiçoado há décadas. Mais do que uma novidade, o que acontece, agora, é um reconhecimento das possibilidades da ferramenta e dos profissionais que a dominam. Isso rola em parte porque a quarentena acendeu o interesse por jogos de simulação social, como o Animal Crossing e o The Sims. Eles não só permitem a vida que gostaríamos de ter como também emulam a que estávamos acostumados. Os gráficos são realistas, os avatares interagem entre si e, inclusive, expressam identidades por meio de roupas. É aí que a moda entra. Trata-se de um território grande para grifes desbravarem: uma forma de marcas oferecerem parte da experiência do luxo e também de espalharem os seus nomes, fazerem o marketing girar. E, assim, os games andam cada vez mais fashionistas.
No Animal Crossing, por exemplo, você pode pescar, coletar nabo, balançar uma árvore para ver o que cai e fazer tudo isso de suéter Dior, boné Burberry e óculos Balenciaga. O closet pode ter Gucci, Prada, Raf Simons, Rick Owens e até etiquetas novas como Ludovic de Saint Sernin e Vaquera. O avatar no The Sims pode ser construído à moda do jogador, e ter da aparência visual às relações sociais (profissionais e até sexuais) customizadas pelo gamer. Com o auxílio de conteúdos personalizados, feitos geralmente por Simfluencers, as criaturas digitais vestem um Dior vintage ou um look de passarela Richard Quinn. E, se ao longo de duas décadas, as peças digitais de grifes no The Sims só rolava na clandestinidade, hoje elas são impulsionadas pelo próprio game e pelas próprias marcas. E é desta maneira que surgem parcerias como a com a Moschino, em 2019.
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