O mar profundo de Flávio Canto
O judoca e filantropo é quem apresenta ao Brasil o novo Acqua de Giò Profondo Lights, de Giorgio Armani. Em conversa com a ELLE, ele fala sobre como o comprometimento e a perseverança são fundamentais àqueles que querem transformar o mundo, ainda que aos poucos.
Profundidade é a palavra-chave para entender quem é Flávio Canto. Nascido em Oxford, na Inglaterra, mas radicado no Brasil, o judoca começou a vida nos tatames aos 14 anos. Seus adversários, em sua maioria, treinavam desde os 5 ou 6 anos de idade. Mesmo com o início tardio para os padrões do esporte, ele conseguiu, aos 19, uma vaga na seleção brasileira de judô. “Eu me obrigava a treinar mais do que todo mundo. Era o meu parâmetro. É uma escolha que você tem que fazer todos os dias: entre a preguiça e a vontade de conquistar algo maior”, relembra. “Para mim, os dias em que fazia mais frio, os dias que você não está nem um pouco afim de sair da cama, esses são os dias que contam de verdade. Fazer o que quer na hora que quer é fácil. O duro é persistir.
Foi essa persistência, inclusive, que o levou a vitórias históricas. Ele ganhou o bronze dos Jogos Pan-americanos, em 1995, prata, em 1999, e ouro, em 2003. Nas Olimpíadas, Flávio foi bronze, em 2004 e entre 2006 e 2007 chegou ao primeiro lugar no ranking mundial. Antes disso, contudo, no ano 2000, quando ele “tinha tudo para vencer” a Olimpíada de Sydney, na Austrália, o esporte veio com uma de suas lições incontornáveis. “Foi um tombo grande quando perdi as seletivas na época. Mas o importante da derrota é você poder olhar para trás e sentir orgulho daquele momento, por ter transformado a derrota em algo que te fortalece, que te ensina. Se as Olimpíadas não tivessem me dito ‘não’, talvez o Instituto Reação não teria nascido.”
O Instituto Reação surgiu em 2003 com o intuito de promover a integração social por meio do esporte e da educação, tendo o judô, é claro, como fio condutor dessas aprendizagens. “O Rio de Janeiro tem essa peculiaridade geográfica da montanha que expõe a desigualdade social à vista. Não dá para ignorar. Por isso, fiquei motivado a fazer algo para combater isso de alguma forma”, diz. “Acho que o mais crucial para a gente é entender que estamos falando de integração, e não só de inclusão. Quando se fala em inclusão, em geral, fala-se da perspectiva elitista de que é preciso incluir os pobres no ambiente dos ricos, quando, na verdade, há muita riqueza nas favelas e nas periferias. É uma troca constante. Estou aprendendo sempre.”
“O esporte ensina a gente a cair, mas a levantar sempre e a aprender com cada queda. A derrota ensina muito mais do que a vitória”, dispara, antes de começar a falar sobre mais uma de suas paixões: o mar. “Se pudesse escolher, teria virado surfista profissional. Amo o mar. Para mim, ele traz uma sensação de liberdade, de amplitude… É de onde vêm as melhores ideias, é minha terapia, sabe?” Não à toa, assim que a Olimpíada de Tóquio acabar, ele volta para atravessar do Ceará até os Lençóis Maranhenses de kite surf, como já fez no ano passado. “Acho que é para esse lugar que esse perfume me leva, para o mar. De quebra, sinto que estou me conectando cada vez mais com ele por causa do storytelling. Ele fala de profundidade, de verdade, de vontade de viver e de transformar a vida das pessoas. Tem tudo a ver comigo.”
Edição de moda: Thiago Ferraz
Produção de moda: Gabriela Fabosa
Foto: Pedro Pedreira
Assistente de fotografia: Luan Eduardo
Beleza: Teodoro Jr
Produção executiva: Isabela de Paula
Produção: Izabela Ribeiro
Assistente de beleza: Marcos Weverthon
Camareira: Damiana Pereira
O que você sente quando mergulha no mar?
Essa foi a pergunta que motivou a Giorgio Armani a expandir a sua linha de perfumaria clássica Acqua de Giò. A versão original, criada em 1996, pelo genial perfumista Alberto Morillas, está ganhando uma releitura também assinada por ele. Dessa vez, a ideia é trazer o fundo do mar, quando tudo em volta é só o azul, para a experiência olfativa. Conheça Acqua di Giò Profondo Lights: uma sensação de frescor revigorante e explosiva como um mergulho nas profundas águas do oceano, abraçando o inesperado. Lavanda, alecrim, cipreste, vetiver, patchouli e cedro são algumas das notas que participam deste eau de parfum encapsulado no icônico vidro de Acqua di Giò, em versão com degradê de azul marinho com efeito fotoluminescente como o fundo do mar. A edição limitada Acqua di Giò Profondo Lights está disponível em 75 ml. Se dê ao luxo deste mergulho.
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