Suave coisa nenhuma

Com ajuda das artes e do pensamento crítico, a escritora Joice Berth traz em sua coluna um novo olhar para a pauta do dia.


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Eu sou Joice Berth, arquiteta/urbanista, escritora, mãe, feminista e apaixonada por muita coisa. Entre elas, o direito à liberdade responsável e à existência plena de beleza e sabedoria. Não sei se concorda comigo, mas vejo que o mundo anda pesado, denso, agudo e turvo. Sempre foi e continua sendo difícil de entender. Mas sem entender, como resolver? Como existir e se fortalecer para tentar recriar e transformar realidades desgastantes em possibilidades produtivas? Muitas vezes o entendimento depende única e exclusivamente do exercício do pensar crítico. Muitas vezes o entendimento vem com a ação de viver cada momento com o mínimo de atenção e consciência. Mas as duas coisas, em geral, andam juntas.

Para o exercício do pensar, temos a arte, a cultura, a educação nos fornecendo materiais preciosos que nos tiram do óbvio, conduzindo nosso olhar para lugares inéditos e expressivos, que passam despercebidos em meio aos ruídos e desencontros da sociedade do cansaço.

Então, ao aceitar este espaço privilegiado, onde mentes pensantes e efervescentes circulam e existem em diversas linguagens e expressões da criatividade, o desafio é trazer, como diz a escritora pernambucana Micheliny Verunschk, “o profundo das coisas para pauta do dia”. Evocando as artes, o cinema, o teatro, a fotografia, a música e todas as expressões artísticas para exercer sua função de farol de uma nova consciência e juventude (no sentido atemporal da existência!).

Para ser leve, como na canção dos Secos e Molhados “Amor”, que fala das simples e suave coisas. Mas, em um mundo confuso, sabemos que tudo é SUAVE COISA NENHUMA.

Joice Berth é arquiteta, urbanista, escritora, feminista e apaixonada por uma boa série. É autora do livro
O que é empoderamento, da coleção Femininos Plurais.

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