12 restaurantes de São Paulo com bares de respeito

Coquetelaria e gastronomia andam cada vez mais em harmonia. Conheça lugares com balcões gostosos para quem quer beber um drink ou fazer a refeição ali mesmo.


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Bar do restaurante Ella | Fitz, na Rua dos Pinheiros. Foto: Gabriella Dell'Aquila.



Deu a louca em Eduardo Ortiz: quebrou o bar que ficava no fundo de seu restaurante e montou outro, logo na entrada. Antes de ser capricho ou adaptação em busca de funcionalidade, a mudança do balcão do Metzi partiu de um conceito estratégico: “Queremos que o nosso restaurante seja reconhecido por oferecer comida e coquetelaria no mesmo nível, que não haja distinção entre os dois serviços”, diz o chef mexicano, companheiro de vida e de cozinha de Luana Sabino.

É tendência. Em restaurantes de São Paulo, cada vez mais a mixologia ganha visibilidade e dialoga de igual para igual com a gastronomia. Em alguns, é capaz de pintar a dúvida: “Ué, aqui é bar ou restaurante?” Em muitos – essa é a glória –, o balcão foi pensado para ser um lugar confortável, que permita ver, ser visto e onde até se possa fazer uma refeição inteira, do coquetel e da entrada até o doce e o café (ou um Espresso Martini para fechar).

“Hoje não dá pra pensar isoladamente em bebida ou comida dentro de um restaurante. Já tive a decepção de ir a lugares em que a gastronomia é upscale, mas o programa de bebidas, não só a coquetelaria, é largado. Não digo simples, porque também não é fácil fazer o simples bem feito”, diz o chef Thiago Bañares, proprietário de dois lugares, Tan Tan Bar e Kotori, em que a proposta do bar está em sintonia fina com a cozinha.

Para nosso prazer, o cenário tem mudado e cocktail geeks descobrem outras belezas nesse tipo de casamento, especialmente quando bartenders criativos cuidam da festa. “Para desenvolver uma carta de coquetéis de alto padrão, tenho a cozinha à minha disposição. Uso a habilidade dos chefs a meu favor”, diz Kevin Cavalcante, chefe de bar do japonês Imakay. Ele já fez Martini temperado com ostra e, volta e meia, “rouba” pimentas, algas, peixes secos e defumados dos cozinheiros para compor coquetéis. “Posso ter guarnições comestíveis ou uma pequena sobremesa que harmonize com o drink.”

Para quem ama uma barra e tem os cotovelos marcados de tanto apoiá-los nos balcões da vida, a tendência é alvissareira. Você pode ir ao bar do restaurante para encontrar alguém, beber um drink, pedir uma comidinha ligeira ali mesmo e, se der na telha e o sistema de reservas da casa permitir, pensar se vai ocupar uma mesa ou não. (Perfeito para dates em que não se sabe se haverá futuro.)

Para facilitar a escolha, fizemos uma lista de 12 restaurantes de São Paulo bons de prato e de taça. Você também pode passar a chamá-los de “meu bar favorito” – com resenha de balcão incluída.

Tan Tan

O Tan Tan, do chef Thiago Bañares, é o exemplo bem acabado de bar que é restaurante e de restaurante que é bar. Há quem vá para beber, há quem vá pela comida, há quem apareça pelas duas coisas. A carta de drinks, de autoria de Thiago e Caio Carvalhaes, divide as receitas em famílias, dos leves e refrescantes highballs a aperitivos potentes com notas amargas, herbáceas, vínicas e outras mumunhas mais. A comida mistura elementos de diferentes culturas asiáticas com toques pessoais do chef. É tudo vibrante. Como o ambiente sacudido, sempre cheio de gente e animação.

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Mr. Igarashi e wontons. Fotos: Tati Frisson.

O balcão: acomoda 8 pessoas, em frente a uma das mais estilosas estações de bar da cidade, fabricada pela empresa norueguesa Behind Bars. Lugar privilegiado para quem gosta de apreciar o trabalho dos bartenders e também confortável para jantar. Tem balcão do outro lado também, dando para a turma da cozinha.

Um drink curto e seco: Mr. Igarashi, com shochu de trigo, vodca, vermute seco, licor de flor de sabugueiro e caju.

Outro longo e frutado: Ortiz, com tequila branca, cachaça branca, acerola, dill e limão-taiti.

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Macarrão frito cantonês o e drink Ortiz. Fotos: Tati Frisson.

Uma entrada: os crocantes wontons recheados com camarão e carne de porco, servidos com molho chili crunch, shoyu e gergelim.

Um prato: macarrão frito cantonês com molho de cogumelos e brócolis.

Tan Tan Bar: Rua Fradique Coutinho, 153, Pinheiros, tel. (11) 2373-3587.

 

Cozinha 212

O lugar é aconchegante e boa parte do charme vem da grelha, no fundo do salão, que aquece e ilumina o ambiente. O bar está do lado oposto e conversa não apenas arquitetonicamente com o fogo. A bartender Vera El Id sugere harmonizações de coquetéis com as carnes e vegetais preparados pela equipe do chef Stefan Weitbrecht. Nada ali é óbvio. Vera pesquisa clássicos esquecidos da coquetelaria, muitos dos quais provavelmente você nunca ouviu falar, e os prepara com perfeição comovente. Com vegetais colhidos no sítio de Stefan e do sócio Victor Collor, a cozinha é sazonal, do tipo em que nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.

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Drink Remember the Maine e polvo na brasa. Fotos: Victor Collor (drink) e divulgação

O balcão: é quadradão. Cabem quatro pessoas de um lado, quatro de outro e mais duas nas banquetas em frente à janela que dá para a calçada. É um pouco alto para uma refeição completa, precisa ter um certo jogo de cotovelo. Funciona bem para quem vai lá beber e compartilhar comidas. Ou paquerar quem está do outro lado.

Um clássico levinho: Frisco Sour, com bourbon, licor Bénédictine, limão e açúcar.

Um clássico pancadão: Remember the Maine, com bourbon, absinto, vermute tinto e licor de cereja.

Uma entrada: cogumelos portobello grelhados com tahine e espinafre.

Um prato: polvo na brasa com batatas, aïoli, gremolata e páprica.

Cozinha 212: Rua dos Pinheiros, 174, tel. (11) 2478-6612.

 

Metzi

O Metzi é poesia em forma de comida – e de bebida também. Luana Sabino e Eduardo Ortiz fazem culinária mexicana raiz, com toques de brasilidade e sutilezas de emocionar. Pode-se optar pelo menu degustação ou por pratos menores para compartilhar. O bar acompanha a pegada, com muitos coquetéis suaves (outros mais potentes) de autoria de Allan Suarez e do chefe de bar, Mauro Melo. Para aventureiros de novos sabores, há uma coleção de tequila e mezcal com perfis distintos, que podem entrar em receitas que não estão na carta. Às quintas, sextas e sábados, o bar funciona das 23h às 2h, com tortillas preparadas na própria barra e tragos típicos como a michelada. 

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Negroni Romeu e Julieta e lula com molho veracruzano. Fotos: Nani Rodrigues

O balcão: fica logo à direita de quem entra e já convida a uma paradinha. Cabem oito pessoas e é bem confortável para quem vai beber e pedir comidinhas ligeiras. Voyeurs têm dali um bom visual de quem está no salão. E de quem entra e sai.

Um drink com tequila: Açaí Guardiã, com Cointreau, agave, limão e açaí salgado.

Outro com mezcal: Negroni & Julieta, com Campari, vermute tinto, queijo e goiabada.

Uma entrada: tostada de atum com avocado e molho macha (amendoim, dedo-de-moça, castanhas brasileiras).

Um prato: lula com molho veracruzano, mozarela de búfala e pão de fubá de milho crioulo.

Metzi: Rua João Moura, 861, Pinheiros, tel. (11) 97604-4920.

 

Le Bulô

Com ambiente clean, todo em tons claros, Le Bulô é a nova brasserie do mar de São Paulo. É o lugar em que você entra e logo fala: “Ai, que gostoso aqui”. As aparências não enganam. A cozinha do chef Ricardo Lapeyre, baseada em peixes e frutos do mar, é delicadíssima, saborosa, surpreendente. Tudo é fresco e, portanto, o cardápio sofre mudanças a cada puxada de rede. Jéssica Sanchez e Jonny Paes, autores da carta de drinks, levam essa leveza às taças. Há coquetéis florais, doce-azedos e uma seção dedicada aos tragos salinos, com elementos do mar em sua composição. Estes, perfeitos para harmonizar com a comida. Tem Dirty Martini com água de ostra, para se ter uma ideia.

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Drink Synesthésie e o plateau do chef. Fotos: Duda Gulman.

O balcão: é pequetito, cabem quatro pessoas. Fica meio afastado do salão central, o que pode ser até bom para bater um papo mais íntimo ou esconder o date da plateia. Legal para pedir um coquetel e uma entrada, mas um pouco apertado para jantar. Se bem que tem gente que não liga.

Uma receita cítrica e salina: Synesthésie, com gim, cordial de pepino, limão-siciliano, licor Chartreuse verde e flor de sal.

Outra cítrica e floral: Elle, com gim, licor de flor de sabugueiro, cordial de abacaxi, solução cítrica e bitters.

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Drink Elle e strudel de pirarucu. Fotos: Duda Gulman.

Uma entrada: plateau do chef, que reúne pescados e frutos do mar da estação em forma de ceviches, tartares, saladinhas, tudo guarnecido com molhos gostosos, chantilly de wasabi, ponzu, tucupi e por aí vai. Para duas ou quatro pessoas.

Um prato: o hit da casa é o strudel de pirarucu. O peixe é envolto em massa folhada e assado. Tipo um “fish wellington”, se preferir.

Le Bulô: Rua Manuel Guedes, 233, Itaim, tel. (11) 3079-4040.

 

Imakay

O japonês modernão e espaçoso do Itaim tem aquele clima de “Nova York é aqui”, com gente arrumada ocupando mesas e o imponente balcão, logo na entrada. Ali pode começar sua viagem de sabores com o bartender Kevin Cavalcante. A carta atual traz coquetéis com base em destilados japoneses, como o shochu e o awamori, e delicadas invenções com saquê e umeshu, licor de ameixa nipônico. A sintonia entre bar e cozinha é fina e são várias as sugestões de harmonização de coquetéis com entradas e pratos, preparados pela equipe do chef Gabriel Rodrigues.

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Drink Hana e sonho de polvo. Fotos: Tales Hidequi (drink) e divulgação

O balcão: é grande e lindão, cabem nove pessoas. Se houvesse um prêmio para as banquetas de bar mais confortáveis, as do Imakay estariam no topo do ranking. A iluminação é agradável e você pode fazer a linha “primeiro um coquetel e uma entradinha no bar e depois o jantar”. Ou ficar por ali mesmo, bebericando e petiscando enquanto vê o povo passar.

Um drink delicadinho: Hana, com saquê, vodca, redução de lichia, limão-siciliano e licor de flor de sabugueiro.

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Drink Kintaro e pancetta glaceada. Fotos: Tales Hidequi (drink) e divulgação

Outro bem encorpado: Kintaro, com bourbon, brandy de Jerez, awamori, caramelo de missô e limão, tudo clarificado no leite.

Uma entrada: sonho de polvo, massa leve recheada com polvo e frita, temperada com maionese picante, alga nori e katsuobushi.

Um prato: pancetta glaceada com arroz de kimchi levemente apimentado, nabo, nirá e algas.

Imakay: Rua Urussuí, 330, Itaim, tel. (11) 4750-2727.

 

Aiô

O Aiô é outro afago de criatividade, sabores e delicadezas. A casa de Duilio Lin traz a cozinha taiwanesa para o roteiro de restaurantes de São Paulo, com os chefs Caio Yokota e Victor Valadão à frente da brigada. O bar está a cargo do mixologista Mauricio Barbosa, um dos mais criativos da cidade, ousado na escolha de ingredientes e técnicas de preparo, equilibrado na hora de empregá-las. A casa é um desdobramento do Mapu, lugar dedicado aos baos, pães fofinhos recheados com gostosuras. Tem clima light, é acolhedora, faz com que tenhamos vontade de ir ficando, ficando…

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Pratos frios e drink Crisântemo. Fotos: Nani Rodrigues

O balcão: com oito lugares, logo na entrada, é o lugar para observar o trabalho das equipes de bar e cozinha, que agem integradas. A altura é de mesa, portanto bem cômoda para refeições longas. Pedir uma comidinha, um drink, depois mais uma delícia, outro trago – assim é gostoso curtir o Aiô.

Coquetel fresquinho: Crisântemo, com pisco com crisântemos, xarope de goma, limão-siciliano, melão cantaloupe, Angostura e guarnição de merengue seco.

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Drink Tostado e pratos quentes. Fotos: Nani Rodrigues

Coquetel defumado: Tostado, com bourbon, manteiga noisette, vinho da Madeira, xarope salgado, bitter umami japonês e uma bolha de fumaça que estoura na hora em que o drink é servido.

Alguns frios: crudo de peixe (com ponzu taiwanês, molho la you de gergelim e pimenta, arroz negro), salada de tomates (com vinagre escuro, garum, óleo de pimenta, moyashi) e ostras Aiô (com ponzu, óleo de pimenta, poba, pimenta defumada e pipoca de arroz negro).

Alguns quentes: míni bao de peixe frito (com pimenta de cheiro, pepino, salsão), cogumelos no vapor (com pupunha, macarrão frito, molho de alho) e char siu de copa lombo (com panqueca, pepino, arroz vermelho, mel).

Aiô: Rua Áurea, 307, Vila Mariana, tel. (11) 5083-4778.

 

Quincho

O Quincho é agradável em vários sentidos. Bonito, amplo, arejado, a decoração é uma graça, cheia de cor e conforto. Dá vontade de ficar ali um tempinho maior do que o normal, batendo papo no sofá ou bebendo drinks no bar. A coisa fica mais especial se você pensar que a comida vegana e vegetariana da chef Mari Sciotti é cheia de levezas, temperos diferentes, perfumes, preparos cuidadosos e muito sabor. Os coquetéis de Andrea Ambrosano estão na mesma vibe, chegam com ondas de frescor, perfumes de ervas, sumos de frutas, texturas sedosas. Para quem gosta de tragos mais encorpados, a equipe é bamba no preparo de clássicos.

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Nhoque de batata e drink Sutileza. Fotos: Divulgação

O balcão: cabem cinco pessoas, em banquetas bonitas e com encosto gostoso. É agradável para jantar ou, pelo menos, pedir as entradas. O lugar é tão charmoso que você não vai parar num lugar só, vai querer dar ao menos uma desfiladinha do balcão à mesa. 

Um drink perfumadinho: Sutileza, com gim, graviola, creme de capim-santo, bitter de lavanda e jasmim.

Outro perfumadão: Labuta, com uísque single malt, licor Bénédictine, Campari, vermute tinto e xarope de café.

Uma entrada: cogumelos enoki empanados na massa de tempura, servido com enoki em natura e em conserva, purê de couve flor, couve flor em conserva e vinagrete de avelã.

Um prato: nhoque de batata com creme de limão, cogumelos, queijo tulha da Fazenda Atalaia e ervas frescas.

Quincho: Rua Mourato Coelho, 1447, Vila Madalena, tel. (11) 3034-5559.

 

Kotori

O outro restaurante de Thiago Bañares é especializado na culinária japonesa quente, que foi se formando com influências portuguesas, italianas, francesas. O lugar é cool, clean e grande, porém bastante aconchegante, por causa do resvestimento de madeira que lembra uma cabana. Há dois coquetéis de sotaque oriental, um com shochu e outro com umeshu feito na casa. De resto, a carta vai na linha cosmopolita, com muitas receitas clássicas e bases de gim, rum, tequila, brandy, uísques e cachaça. Como no Tan Tan, a lista de drinks sai da cachola de Thiago e Caio Carvalhaes.

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Drink Meron Chu Hai e yakitori. Fotos: Tati Frisson

O balcão: cabem dez pessoas enfileiradas e mais duas no cantinho. Tem altura de mesa e cadeiras largas e bem confortáveis. Janta-se muito bem ali. Como boa parte dos pratos é compartilhável, é mais agradável ficar no balcão mesmo, cada um com seus palitinhos, provando uma gostosura aqui e ali.

Um para refrescar: Meron Chu Hai, com shochu de cevada, melão e soda.

Outro para esquentar: Cuban Manhattan, com rum envelhecido, vermute tinto e Amaro di Angostura.

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Cuban Manhattan e maze soba. Fotos: Tati Frisson

Uma entrada: yakitori, espetinhos variados, pedidos por unidade. Há cortes diferentes de frango (asinha, ostra, sambiquira), fígado e carne bovina.

Um prato: maze soba, lámen sem caldo com carne de porco e de frango moídas, cebola, alho, coentro, pepino e outros verdinhos, molho de shoyu e togarashi, mix japonês de pimentas e especiarias. Uma gema curada vai por cima.

Kotori: R. Cônego Eugênio Leite, 639, tel. (11) 3891-0043.

 

Banana Verde

O endereço vegetariano e vegano da chef Priscilla Herrera, há 18 anos na Vila Madalena, entrou recentemente para a lista dos bons restaurantes de São Paulo com bar bacana. Ele foi construído na entrada, como um grande quiosque, e recebe uma família especial de ingredientes. A especialista em bebidas Isadora Fornari criou uma carta com os borbulhantes de frutas e vermutes de bases diferentonas da Companhia dos Fermentados, de Fernando Goldstein e Leonardo Andrade. É tudo sutil, com muito aroma e sabor, e casa com a comida leve e bem temperada de Priscilla.

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Bobó de shimeji e o drink Puxa Saco. Fotos: Divulgação

O balcão: é grande e faz vista, bem na entrada do salão, mas cabem só três pessoas nas banquetas. Talvez seja um pouco espremido para uma refeição. Para quem quiser fazer o clima boteco, há mesas próximas à barra e, no cantinho, uma área pet friendly.

Menos álcool: Caiu Cacau, com borbulhante de cacau, vermute de caju, graviola e jambu.

Mais pancadinha: Puxa Saco, com bourbon, vermute de jabuticaba, sidra de maçã, pera e manjericão.

Uma entrada: flor de abobrinha recheada com mussarela vegana, empanada e frita. Acompanha molhos de pimenta biquinho e de alho negro e tucupi preto.

Um prato principal: bobó de shimeji, servido dentro de uma minimoranga, acompanhado de purê de cará, farofa crocante no dendê e arroz cateto com brócolis e alho.

Banana Verde: R. Harmonia, 278, Vila Madalena, tel. (11) 3814-4828.

 

Ella | Fitz

Nos dias mais disputados, a entrada do Ella Fitz mais parece porta de baladinha ou congresso de influencers. Amplo, de pé direito altíssimo, é lugar para ver e se fazer notar, fazer selfie e, de quebra, comer e beber bem. O bar é chefiado por Marcinha Martins, veterana na coquetelaria de São Paulo. Há muitas receitas frutadas e florais e algumas mais encorpadinhas, com toques amargos e defumados. A culinária da chef Ana Cremonezi tem pegada italiana, servida em pratos coloridos e bem decorados – instagramáveis.

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Bocadillo e o drink Vórtice. Fotos: Rodolfo Regini

O balcão: cabem 12 pessoas numa das barras mais bonitas da cidade, com uma grande tela ao fundo. É um lugar espaçoso, confortável e animado. Vale ficar um tempo por ali, papeando e curtindo o trabalho frenético da equipe de bar, que não para de preparar drinks.

Um trago herbal: Vórtice, com tequila branca, xarope de amêndoas, redução de damasco com pimenta calabresa, cítricos, tomilho, manjericão roxo, hortelã e espumante.

Outro amadeirado: Névoas em Manhattan, com bourbon, vermute tinto, vermute seco, bitters e cereja, finalizado com defumação de chips de macieira.

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Nhoque de sofrito com mexilhões e drink Névoas em Manhattan. Fotos: Rodolfo Regini

Uma entrada: bocadillo de lula crocante com brioche negro, maçã, aïoli de gengibre e salada de ervas.

Um prato: nhoque de sofrito com mexilhões na cerveja, camarão e espuma de cerveja.

Ella | Fitz: R. dos Pinheiros, 332, tel. (11) 93083-8387.

 

Atlântico 212

Dos mesmos sócios do Cozinha 212 – e bem pertinho da casa inaugural –, o Atlântico foca nos pescados e frutos do mar, frescos ou preparados na brasa e no fogo, em noodles, arrozes e outras modas. A carta de coquetéis é assinada por Chula Barmaid e conversa com o cardápio em receitas cítricas, salinas e de outros estilos. A arquitetura é despojada, deixa o concreto da estrutura aparente e nivela o chão do restaurante com o da calçada. Bem cool – em mais de uma acepção. Não é um lugar exatamente próprio para as noites mais frias, pois é todo aberto. Se sofre com a brisa, procure conhecê-lo em noites de temperaturas mais altas.

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Crudo de atum e Avellana. Fotos: Victor Collor

O balcão: é feito de pedra radica, que tem visual e textura de metal envelhecido pela maresia. Cabem 5 pessoas, três à frente e duas atrás de uma pilastra (bom para quem quer se esconder). É largo, e o pessoal do bar fica um pouco mais afastado do público do que o normal. Confortável para beber e petiscar.

Um drink para o frio: Avellana, com bourbon, creme de avelã e bitter de cacau.

Outro para o calor: Santiago, com pisco, xarope de pimenta cambuci, sal e suco de limão.

Da terra: o que houver de fresco da horta da casa – acelga bok choy com missô, brócolis com tamarindo, quiabo ao alho.

Do mar: o que também houver de fresco – crudos de lagostim ou atum, ostras, vieiras ou peixes da estação na grelha. 

Atlântico 212: R. dos Pinheiros, 70, Pinheiros.

 

Domo Bar

O Domo é o listening bar paulistano que mais parece restaurante. Calminho, fica todo mundo sentado, ouvindo as pérolas sonoras que os DJs convidados tocam em vinil. Dependendo da música, até dá vontade de dar uma dançadinha, mas aquiete-se com as opções do cardápio e da carta de drinks. A barista e mixologista Mari Mesquita criou misturas minimalistas, sem superlotação de ingredientes, mas muito sabor. A cozinha está a cargo da chef Gabriela Rodrigues. O cardápio musical pode trazer jazz, brasilidades, piscodelia, reggae das antigas e outras surpresas. A casa funciona em dois turnos e, por isso, é primordial fazer reserva.

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Arroz de pato e Cachaça/Acerola. Fotos: Divulgação

O balcão: cabem 11 pessoas no melhor lugar da casa para tudo: beber drinks, jantar e curtir o trabalho dos DJs virando as bolachas. Às vezes, a gente fica cara a cara com o povo do som, pois a cabine é extensão do bar. 

Levíssimo: Saquê/Umê/Lavanda, com saquê, licor de umê, aperitivo rosado, lavanda e suco de limão.

Carregadinho: Cachaça/Acerola, com cachaça, vermute branco e conserva de acerola.

Uma entrada: trouxinhas de kenip – folha de gergelim com ssamjang (molho coreano de soja, gergelim e gochujang), arroz, bananinha de contrafilé na brasa, cebolinha e alga nori. A versão vegana vem com cogumelo eryngui no lugar da carne.

Um prato: arroz de pato com mexilhões, kimchi e gema curada.

Domo Bar: R. Major Sertório, 452, Vila Buarque.

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