Protetor solar natural: o que é, como usar e por que ele está em alta

Nos últimos anos, a preocupação com fórmulas mais limpas e sustentáveis ganhou espaço no skincare — e com o protetor solar não poderia ser diferente. Se antes a discussão se limitava a encontrar o FPS adequado ou a fórmula ideal para cada tipo de pele, hoje o consumidor também quer entender a detalhes do que está presente na composição do produto e até o impacto que ele pode causar no meio ambiente. Nesse cenário, cresce o interesse pelo chamado “protetor solar natural“, que promete unir eficácia contra os raios solares a ingredientes menos agressivos, reduzindo riscos de toxinas, alergias e danos à natureza.

Para esclarecer o que realmente define um protetor solar natural, como ele funciona e quais cuidados devem ser observados na hora da escolha, conversamos com a dermatologista Aline Vieira.

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O que é um protetor solar natural?

“Chamamos de protetor solar natural as fórmulas que priorizam filtros minerais, como o dióxido de titânio e o óxido de zinco, além de ativos de origem vegetal que ajudam na proteção antioxidante”, explica a médica. Segundo ela, esses filtros são os mesmos que compõem os chamados protetores físicos ou minerais, criando uma barreira sobre a pele que reflete e dispersa a radiação ultravioleta, ao invés de absorvê-la, como ocorre com os filtros químicos.

Ou seja, o termo “natural” não é apenas uma jogada de marketing, mas está ligado à escolha por ingredientes mais limpos, menos sintéticos e com menor impacto para a pele e o meio ambiente.

Eficácia comprovada

Um dos mitos mais comuns sobre o protetor solar natural é que ele oferece uma proteção inferior à dos produtos convencionais. Aline é categórica ao desmentir: “Desde que o produto tenha sido testado e aprovado pela Anvisa, os protetores minerais têm FPS tão confiável quanto os químicos. O que pode mudar é a textura, muitas vezes mais espessa ou com acabamento esbranquiçado, mas não a eficácia”.

Além disso, a presença de ativos vegetais como chá verde e resveratrol adiciona uma camada extra de defesa contra os radicais livres, ajudando a prevenir o envelhecimento precoce e os danos causados pela poluição.

Para quem é indicado?

Embora possam ser usados por qualquer pessoa, os protetores solares naturais são especialmente indicados para peles sensíveis, com rosácea, dermatite atópica ou tendência a alergias. “Eles têm menor risco de irritação, são mais seguros para gestantes, lactantes e crianças, e não contêm ingredientes potencialmente tóxicos ou alergênicos”, detalha a especialista.

Como escolher um protetor solar natural?

A orientação é clara: verifique sempre se o produto tem registro na Anvisa, se apresenta FPS e PPD (Persistent Pigment Darkening, proteção contra a radiação UVA, responsável pelo fotoenvelhecimento) testados em laboratório, e busque marcas que ofereçam certificações de sustentabilidade e testes dermatológicos. Conversar com um dermatologista também é essencial para adaptar a escolha ao seu tipo de pele.

Entre as opções disponíveis no mercado nacional, a dermatologista destaca algumas fórmulas que unem proteção eficaz e apelo sustentável:

Protetor Solar Fluid Mineral FPS 50, ADCOS, R$ 179
Photoderm Nude Touch Mineral FPS 50+, Bioderma, R$ 125,90
Photoage Mineral Fluido FPS 50, Dermage, R$ 134,99

Além disso, marcas como Simple Organic e Biossance vêm investindo em fórmulas minerais com foco em ingredientes naturais e embalagens sustentáveis, tendência cada vez mais presente no setor de beleza limpa.

O protetor ideal para uma nova geração de cuidados

A popularização do protetor solar natural acompanha um movimento mais amplo: o de consumidores que não apenas buscam produtos eficazes, mas que também questionam suas composições, origens e impactos. Em tempos de incerteza e escândalos envolvendo grandes marcas, optar por fórmulas minerais, seguras e ambientalmente responsáveis é uma decisão de autocuidado.

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