Ídola, no feminino
Parceira de Lancôme no Brasil, Priscilla Alcantara fala sobre o valor de um futuro inclusivo, emocionante e dominado por mulheres.
“Seja a sua própria ídola”: o mantra anuncia imediatamente de qual lançamento se trata. Se em 2021, a francesa Lancôme apresentou as primeiras ações com a linha Idôle, agora, em 2022, ela expande o seu portfólio com o delineador Idôle Liner e a máscara de cílios à prova d’água Lash Idôle Waterproof. Os produtos seguem a ideia evocada pela fragrância Idôle Aura. Desenvolvido por um trio exclusivamente feminino, o perfume apresenta um aroma floral luminoso, revelando a ídola existente em cada mulher.
A cantora e apresentadora Priscilla Alcantara simboliza a autoconfiança de uma jovem que provou seu valor e inspirou uma comunidade feminina poderosa. Em conversa com ELLE, Priscilla, parceira de Lancôme no Brasil, fala sobre beleza, carreira e o movimento geracional que sonha com um mundo em que toda mulher seja uma ídola – que admira e é admirada, que brilha e compartilha seu brilho com as outras.
Você já esteve em alguma situação que a fizeram pensar que “mulher” e “poder” seriam conceitos incompatíveis?
Por mais que uma situação específica não aconteça com a gente, é algo comum. Às vezes, só de pisar em um lugar, a gente já sente na atmosfera. Eu cresci no meio do showbusiness. Experimentei muitos ambientes em que a mulher parecia não ser bem-vinda ou que ela não poderia crescer dentro daquele lugar. Na nossa trajetória, é quase inevitável não se sentir assim. Infelizmente, a gente fica suscetível a isso. Nos cabe abrir os olhos e seguir adiante para nadar contra essa maré, porque é justamente o contrário: mulher e poder combinam. E combinam muito.
Para você, o que é uma mulher poderosa?
É uma mulher segura de si e cheia de autoconhecimento. Essa é a maior fonte de poder que a gente pode ter na nossa vida. Quando nos conhecemos e sabemos o que nascemos para fazer, já estamos à frente. Uma mulher poderosa se apropria do seu autoconhecimento e vive a partir dele.
Durante sua vida e carreira, qual mulher ajudou você a vencer?
Foram muitas, desde a minha psicóloga até as mulheres da minha casa. A minha mãe e a minha irmã sempre foram grandes referências para mim. No meio do caminho, principalmente na minha vida profissional, as pessoas que me deram suporte nos momentos mais cruciais foram mulheres. Quando eu era criança, lá pelos 7 anos, meu sonho já era ser cantora. Uma vez eu me apresentei em um show da minha cidade e a dona de uma escola de música me assistiu. Ela nem me conhecia, mas olhou para mim e falou: “Você tem talento”. Acreditou e me deu uma bolsa de estudos. O nome dela é Cátia. Nós nos tornamos amigas e, hoje, vejo como foi especial o que ela fez por mim.
Esse apoio mútuo entre as mulheres é o tema da música e do clipe que você está lançando em parceria com Lancôme. Como foi o processo criativo?
Me senti desafiada enquanto artista. O briefing era fazer uma música e confesso que não me considero tão compositora. Me sinto mais cantora e apresentadora. Então, o projeto me tirou da zona de conforto, mas, para minha surpresa, essa foi uma das canções mais fáceis que já escrevi na vida. Acho que saiu rápido porque o discurso já estava dentro de mim. Na hora de compor, a primeira imagem que vinha à minha mente era um espelho e, quando eu me olhava nele, não via apenas o meu próprio reflexo. Eu via o meu e o de outras mulheres. A partir disso, fiz um trocadilho: “sou ela”, no sentido do pronome que eu me identifico, mas também “sou ela” no sentido de ser a outra, de ter um pouco de várias mulheres em mim. Acredito que isso vai fazer sentido para muitas.
Lancôme faz parte da história de muitas mulheres. Como você se conecta com os valores de felicidade e generosidade impulsionados pela marca?
Todas as vezes em que a gente externaliza a generosidade, a gente internaliza toda a felicidade de volta. São valores essenciais para mim e, também por isso, essa é uma marca que eu admiro. Faz toda a diferença quando consigo trabalhar com quem me identifico e criar essa conexão com a empresa. Ultrapassa a linha da venda de um produto e passa a ser sobre criar experiências, compartilhar ideias. Eu fico feliz que Lancôme enxergou em mim essa capacidade.
Você também faz parte da história de muitas pessoas. A sua carreira começou cedo, crescendo junto com seus fãs. Como observa essa trajetória?
Quando eu era criança, não conseguia ter dimensão de que fazia parte da vida de tanta gente nem de que havia me tornado uma referência para as pessoas. Esse entendimento veio conforme fui amadurecendo. É um desafio, mas é muito especial. Isso me dá um propósito de querer sempre evoluir. É interessante ver como a gente consegue fazer parte da vida do outro de uma forma tão profunda sem nem mesmo se conhecer pessoalmente. Isso mostra como as conexões humanas são poderosas.
Recentemente, o The Masked Singer se tornou um marco na sua carreira. Como lida com a superexposição em tempos de mídias sociais?
Quando eu comecei na televisão, ainda não havia redes sociais. Era outro momento do mundo e da mídia. As coisas funcionavam de uma forma completamente diferente. Foi bom eu não ter nascido na internet enquanto personalidade. De início, pude observar esse fenômeno um pouco de longe e isso me deu muitas ferramentas para lidar com a internet de uma forma saudável. A minha interação acabou sendo gradativa e sinto que hoje consigo ter a base para ter uma presença online que seja positiva para o meu trabalho e público, mas também para a minha saúde mental.
Diante de uma rotina tão corrida, você consegue manter seus cuidados de beleza?
Eu aprendi a colocá-los como prioridade. Entendo que uma rotina de beleza diz respeito ao autocuidado. É uma questão de dentro para fora. Não é só sobre estética, mas é sobre tomar um tempo para si. A partir do momento que internalizei isso, fui adaptando os meus hábitos. Não fico sem a máscara Lash Idôle Waterproof, de Lancôme. Sempre que tenho pouco tempo para me arrumar, é o que não pode faltar. Viajo e trabalho bastante, não costumo ter horário, mas levo os meus cuidados onde quer que eu vá. Isso sempre me faz sentir em casa, mesmo que na verdade eu esteja em um quarto de hotel.
Como é a sua relação com os aromas? Você tem alguma memória olfativa especial?
Cheiro é algo que eu relaciono a momentos, a viagens, a épocas. Lembrar como era o meu cheiro ou o de alguém que eu amo, me transporta. A minha memória não é muito forte, mas eu conto com esse elemento olfativo para lembrar de coisas. Também amo que as pessoas se lembrem de mim pelo meu aroma. Passo muito perfume e a cada vez que alguém fala “esse é o cheiro da Priscilla” ou “peguei uma blusa e tinha o cheiro da Priscilla”, eu fico feliz. No momento, o meu cheiro é o Idôle Aura, de Lancôme.
O que beleza significa para você?
A humanidade representa melhor a beleza do que a estética. A beleza significa alegria. Quando você está feliz, o seu rosto automaticamente fica mais bonito. É impossível uma beleza interna não se manifestar no exterior. Beleza é representatividade, individualidade. Beleza é eu ser eu e você poder ser você com dignidade. É ser livre para ser quem se é. A beleza está no indivíduo ser o que nasceu para ser e poder admirar isso também nos outros.
Já teve medo de ficar refém dela?
No meio do entretenimento, é algo quase inevitável. Em algum momento, a gente vai usar da comparação. Pensamos: “Está todo mundo fazendo isso, será que devo fazer também?” Existe muita tentação. Mas sempre trabalhei meu autoconhecimento para nunca ser refém disso. Na verdade, detesto ser refém de qualquer coisa. Sou uma pessoa muito livre, então, corro de tudo que pode me prender. Faço o que estou com vontade e não dou a mínima para o que falem, contanto que eu me sinta fiel ao que eu considero que sou.
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