O ESG está na moda – e não é modismo

O jeito de fazer moda, ou melhor, de participar de qualquer atividade econômica atualmente, pede responsabilidade social, com o meio ambiente e com o jeito de gerir a empresa. Entenda como aplicar boas práticas desde cedo.


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CONTEÚDO APRESENTADO POR SANTANDER

Transparência e responsabilidade tornaram-se tão importantes no mundo do empreendedorismo que existe até uma maneira de medir o quanto uma empresa mostra envolvimento com esses fatores. A métrica ESG é a sigla para environmental, social and governance, ou ASG em Português: ambiental, social e governança. Apesar de ter sido criado há quase duas décadas, o termo ganhou força e popularidade só nos últimos anos, quando as notícias sobre o aquecimento global e a necessidade de reduzir o uso do plástico também passaram a ser consideradas pautas urgentes.

O ESG vem sendo adotado por grandes companhias, o que geralmente implica em transformações profundas. E o que elas precisam fazer para se provarem responsáveis? No quesito ambiental, conta pontos quando, entre outras ações, reduzem o uso de plástico e da pegada de carbono, ou descartam resíduos corretamente. No âmbito social, devem garantir a diversidade e a inclusão; respeitar os direitos humanos e os direitos do consumidor; combater os maus tratos em animais. No que diz respeito à governança, devem administrar a empresa preocupando-se em estabelecer relações justas e boas condições de trabalho, investindo em capital humano.

Há motivos para adotar essa agenda com urgência. Os consumidores, cada vez mais bem informados, estão de olho nas questões de sustentabilidade e vêm procurando fazer melhores escolhas. Segundo uma pesquisa mundial do Instituto Ipsos revelada em abril e incluindo participantes brasileiros, 7 entre cada 10 pessoas (69%) afirmam entender quais ações precisam tomar para desempenhar seu papel no combate às mudanças climáticas. De acordo com uma outra pesquisa mais recente, feita pela McKinsey, o público já está mapeado: as mulheres, a geração Z e as pessoas mais ricas são as que mais se preocupam com o assunto.

“Quando falamos em ESG, estamos olhando para os riscos de impacto. Essa agenda é de longo prazo e deve constar já no plano de negócio, mesmo em empresas pequenas”, diz Vanessa Pinsky, consultora e especialista em sustentabilidade, inovação e ESG. O cuidado com esses três pilares traz resultados econômicos: empresas com alta pontuação ESG são mais respeitadas, têm mais sucesso financeiro e, consequentemente, adquirem muito mais valor para o mercado. Em uma concorrência, por exemplo, terão preferência.

Será que não é muito cedo para pensar em ESG?

Você pode se perguntar o que um estilista ou empreendedor novato de moda, mesmo um que vá abrir um ateliê na sala de casa ou uma lojinha de roupas usadas no Instagram, tem a ver com tudo isso. Bem, tem bastante, pois é possível fazer a diferença mesmo quando se trabalha com um produto de nicho específico e um material de origem animal como o couro.

Dona de uma marca de botinas de couro há seis anos, Luiza Navarro aplica conceitos de sustentabilidade desde a origem da produção – fazendo o rastreamento dos fornecedores do material – até o pós-venda – ensinando como cuidar do calçado para que ele dure mais tempo. De fato, o couro é um material bastante resistente, além de ser abundante no País. Escrito em letras garrafais no site da marca, a João de Barro Botinas, as frases “cuide mais – compre menos – faça durar” incentivam o consumo consciente, além de incluir o cliente na parte de responsabilidade que lhe cabe. “Muita gente fala em couro vegano hoje em dia, mas ele não é sinônimo de material sustentável, principalmente se o descarte não for feito corretamente”, explica Luiza – que também criou uma linha vegana para atender a essa demanda dos clientes.

Não é novidade dizer que a moda é um setor pouco amigável com a natureza. Há agrotóxicos na plantação de algodão, os microplásticos presentes em tecidos sintéticos poluem o meio ambiente, o uso excessivo de água é um problema para, por exemplo, a confecção do jeans – e a lista continua, saindo do meio ambiente e entrando na seara dos direitos humanos, vide os escândalos que envolvem confecções que usam trabalho infantil ou análogo à escravidão. “Não olhar para essas questões pode custar a reputação da marca”, alerta Vanessa Pinksy. Por todos esses motivos, vale começar desde cedo. Mas nunca é tarde para fazer a coisa certa.

Em 2015, dez anos depois de ter fundado o Moeê Atelier, em São Paulo, Daniela Teixeira promoveu uma grande virada na sua marca de roupas ao optar por trabalhar só com tecidos de fibras naturais, como o linho. Outras ações foram introduzidas ao longo desse tempo: comprar apenas de fornecedores brasileiros, preferencialmente no mesmo Estado, e adotar o Selo Eu Reciclo, que garante a reciclagem de embalagens correspondente ao que a marca consome. “As clientes dão cada vez mais valor a esse posicionamento e se sentem mais seguras com a compra”, conta Daniela, que ainda deixa uma dica de ouro: “Se fosse começar em 2021, teria outra percepção. É mais fácil fazer do jeito certo antes, do que quebrar padrões depois”. Fica a dica.

Impacto positivo já!

Preparamos uma lista de boas práticas ESG que podem ser implementadas em qualquer empresa, mesmo as iniciantes. Vale divulgar as ações nas redes sociais da empresa, como forma de inspirar e educar clientes e mercado.

  • Que tal começar eliminando ou reduzindo o plástico? Sacolas de papel e copos de vidro no ponto de venda são bons começos;
  • Contratar serviços de entrega de bicicleta nas regiões próximas;
  • Reaproveitar sobras de tecidos já cortados, e sobras de aviamentos, construindo com eles novos produtos com valor agregado;
  • Planejar uma pequena linha exclusiva, feita só com tecidos reciclados, ou de fibras naturais, ou de algodão orgânico;
  • Contratar funcionários e colaboradores respeitando a inclusão de gênero, de raça, de orientação sexual e também geracional (empregando pessoas acima de 50 anos, por exemplo);
  • Contratar terceirizados socialmente responsáveis;
  • Promover um sistema de moda circular – uma ideia é começar elegendo um dia para organizar uma feira de troca para as clientes.
Santander + ELLE Consulting

Um dos propósitos da plataforma Santander + ELLE Consulting é jogar luz sobre o empreendedorismo de moda, inspirando e orientando quem sonha em começar um novo negócio, ou já tem um plano em andamento e precisa de suporte para prosperar.

O Santander Brasil é o Banco da Moda porque investe no desenvolvimento e na democratização de soluções financeiras para apoiar o segmento, um dos maiores empregadores do país. O Banco atua na realização dos negócios em toda a cadeia produtiva, desde costureiras, designers e estilistas, até as grandes marcas da indústria e comércios de vendas de roupas, calçados e acessórios como mostramos no #Movimento. As ações em relação à Moda e os patrocínios evidenciam, ainda, valores fundamentais para a instituição, como inclusão, diversidade, sustentabilidade e também empreendedorismo como nos cursos do Santander + ELLE Consulting.

A segunda edição do projeto traz uma série de três masterclasses exclusivas, com nomes fortes do mercado. Dominique Oliver (CEO da Amaro) vai falar de estratégias centradas no consumidor e expansão de negócios. A estilista Flavia Aranha retoma sua trajetória para ensinar como criar um ecossistema de impacto positivo na moda. O consultor de negócios Felipe Albuquerque (Santander) mostra as oportunidades do universo digital ao empreendedorismo. Além dos cursos completos, há três palestras gratuitas programadas e reportagens sobre o tema aqui no site da ELLE.

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