Kering bane o uso de pele em todas suas marcas
Grupo segue a tendência global do mercado de luxo ao proibir a utilização do material.
O grupo Kering, que administra as grifes Gucci, Bottega Veneta, Alexander McQueen, Balenciaga, Saint Laurent e Brioni, baniu o uso de pele animal em todos os seus produtos. A decisão acompanha uma tendência global das etiquetas de luxo. Prada, Versace, Burberry e Chanel são outras que já anunciaram o abandono do couro nos últimos anos. Segundo o presidente-executivo do conglomerado, François-Henri Pinault, “ficar sem pele é um bom sinal de que as coisas estão mudando seriamente neste setor de diferentes maneiras rumo à sustentabilidade.”
A carência desses itens nos catálogos das marcas não representa uma grande perda de receita. Em 2017, ano em que a Gucci baniu o material, os produtos de pele representavam cerca de 10 milhões de euros (cerca de 11,7 milhões de dólares) em vendas na grife italiana – menos de 0,2% de sua receita integral (vale lembrar que isso não inclui itens de couro). A Kering não disponibilizou informações sobre seu volume atual de peças de pele, ou ainda sua representação no orçamento.
“Jovens consumidores também esperam que as empresas prestem atenção a esses valores”, disse a chefe de sustentabilidade da Kering, Marie-Claire Daveu, sinalizando a realidade da crise climática como um motivador para a ação da companhia. “Veja o que aconteceu neste verão. Como você pode dizer que eu não me importo? E se você tem o poder, como você pode dizer que é terrível, mas não agir?”, questiona.
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