Beautyletter: Spas na cidade, mudanças de hábito e produtinhos show!

Pedro Camargo, editor de beleza da ELLE Brasil, aproveitou suas férias para cuidar de si e conta tudo aqui.


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Hello, hello, hello!

E aí, pessoal? Tudo bem? Por aqui, as coisas vão deliciosamente bem. Primeiro, porque estou muito, muito, muito feliz com a resposta de vocês para a primeira newsletter. Ter tirado esse projeto do papel foi, com certeza, um dos melhores presentes de 2022 na minha vida. Depois porque estou de férias! Essa edição da beautyletter, inclusive, é 100% dedicada a esse tópico: farra, diversão, relaxamento, renovação e, claro, autocuidado.

Tenho refletido muito sobre esse assunto porque, diferentemente de outras férias da minha vida – em que eu sempre corri para arranjar alguma viagem ou algum agito para não ficar em casa – decidi ficar por aqui, bem tranquilo, “fazendo nada”. Acho que optei por isso porque o meu corpo estava pedindo arrego. Estava me alimentando mal, andava muito sedentário nos últimos meses, a coisa estava feia… 

Com a ajuda de uma nutricionista e de um preparador físico, prometi para mim mesmo que aproveitaria esses dias longe do trabalho para virar esse jogo. Mas, tive que tomar muito cuidado com essa promessa por uma série de fatores:

Quando criança, visitei um monte de nutricionistas por estar “acima do peso” e, nossa, como a nutrição era diferente naquela época. O tratamento era sempre muito tóxico, quase pelo caminho da humilhação. Fazia você se sentir culpado por não ser disciplinado quando, na verdade, as dietas eram restritivas e malucas – quase que pré-programadas para não funcionarem.

Já sobre o ambiente de academia e de exercício físico, vocês sabem: ele não é nada convidativo para quem não está com o corpo encaixado no padrão. Some isso ao fato de eu (e aí isso é coisa minha, fazer o quê?) detesto o começo de novas atividades em que eu não tenho destreza alguma. É um encontro muito frequente com a falha, com o erro. Tem um exercício muscular, físico, mas também tem outro mental de ficar desviando desses sentimentos de fracasso.

Então, como seguir com essa promessa levando tudo isso em consideração? Bom, para mim, contar com profissionais inteligentes e atualizados a respeito dos debates sobre imagem do corpo, gordofobia e inclusão no universo do exercício físico fizeram toda a diferença.

Eu e minha nutricionista, por exemplo, não falamos em “dieta”. Essa palavra não existe no nosso vocabulário porque não é isso que estamos fazendo. No lugar disso, falamos em “planejamento alimentar”. Um mapa que você pode seguir, mas pode também fazer outros caminhos. Às vezes melhores, às vezes piores. Mas, caminhos verdadeiros, que têm muito mais chances de se tornarem hábitos do que qualquer outra tentativa que eu tenha feito anteriormente. Me abri para as sementes de chia, as castanhas de caju, aos folhosos no almoço e no jantar e até ao whey protein (risos), mas não abri mão de bons restaurantes, de drinks com amigos, de viver a minha vida como eu gosto de vivê-la.

Na academia, não tem jeito: ainda que o meu treino seja muito bem pensado para ser o mais eficiente possível, a primeira semana é dolorida. A vida sedentária cobra seu preço, mas ele não demora a ser pago. Na segunda semana, já estava muito melhor. Como estou de férias, aproveitei para voltar para a natação e esse combo me fez muito bem. O que se contrai puxando ferro, solta na água da natação.

Estou muito orgulhoso de fazer tudo isso por mim. O Pedro do passado, muito provavelmente, não se acharia nem merecedor, nem capaz de realizar uma missão como essa para si mesmo. De todo modo, vale lembrar que, não fosse esse novo momento da minha vida em que a saúde mental parece estar em dia, muito provavelmente nada disso estaria acontecendo. Ou, se estivesse, viria pelo viés da “muleta”, ou da obsessão e não pelo da mudança de hábito, pelo autoamor. Como é bom poder fruir disso hoje em dia… Por isso, digo e repito: terapia neles! Não é para todo mundo, eu sei, mas para mim funcionou brilhantemente. Indico!

Por aí…

Dessa vez, o “Por aí” chega bem diferente. Como estive de férias, não frequentei os badalados eventos de beleza deste mês. No entanto, aproveitei o período de descanso para conhecer os melhores spas de São Paulo. Aqui, compartilho com vocês minha experiência em cada um deles.

The Spa, Renaissance

Conheço o Renaissance primeiro porque é pertinho aqui de casa e também porque sou fã do brunch que eles servem aos finais de semana (R$ 139, com direito até a espumante). Uma delícia! Isso posto, já imaginava que o spa da casa faria jus a qualidade de seus outros produtos. E, de fato, não me decepcionei. O The Spa at Renaissance tem um diferencial bem legal: logo ao chegar, eles te apresentam 3 combinações olfativas que podem guiar a sua experiência em aromaterapia na massagem (R$ 300, 50 minutos). Eu, por exemplo, escolhi a versão “relaxante”, uma mistura de laranja com lavanda e alecrim. Depois da massagem (você pode escolher o nível de pressão e se quer extras à parte como reflexologia, máscara de argila branca no rosto, etc.), ainda fica livre o acesso à jacuzzi, às saunas (seca e a vapor).

Spa by JW, JW Marriott

O JW Marriott chegou em São Paulo ainda neste ano com a missão de oferecer uma experiência de bem-estar 360º. E é claro que o spa cumpre um papel fundamental nesse sentido. Para começo de conversa, eles oferecem uma carta de massagem que se adapta ao seu mood no dia. Está mais cansado? Tem uma experiência energizante para você. Precisa relaxar? Então, faça como eu e selecione a massagem antiestresse de 90 minutos (R$ 440, reservas são feitas por telefone: 11 2526 0100). Tudo começa com um escalda-pés com sais de banho e durante a próxima 1h30, todos os nós das suas costas serão devidamente cuidados. Destaque para o vestiário ultra-equipado e extremamente confortável do hotel. A sauna a vapor fica por ali e, no teto, mini luminárias imitam um céu estrelado. Chic! 

Sala Spa, Unique

No Unique, o design sempre fala mais alto. Logo no lobby você já tem a sensação de estar entrando em uma obra de arte. Como se não bastasse a primeira impressão majestosa da arquitetura de Ruy Ohtake, eles ainda servem uma taça de espumante para te receber antes da massagem. No primeiro andar, o spa da casa é modesto em tamanho, mas gigante em qualidade: todos os produtos usados são da marca francesa Caudalie, especialista em fórmulas rejuvenescedoras à base de uva. Por R$ 395, você garante 50 minutos de uma massagem corporal deliciosa e tem acesso à piscina interna do hotel. Vale a pena visitá-la: metade amarela, metade azul, ela tem tobogã, cadeiras de hidromassagem acopladas à parede e a música ambiente toca até debaixo d’água (literalmente, são caixas de som subaquáticas!).

Flower Day Spa, Palácio Tangará

Além do spa, o Palácio Tangará também oferece pacotes em que você passa o dia no hotel. Chegando de manhã, você pode pegar sol na piscina externa e pedir algum drink no Pool Bar, por exemplo. Depois, segui para o spa onde estavam inclusos um escalda-pés esfoliante, uma sessão de reflexologia, uma massagem à sua escolha (eu fui na “Deep Tissue”, com alta pressão, contra dores musculares). Ao todo, são 2h de profundo relaxamento. Na sequência, um almoço leve é servido no restaurante Pateo. No meu caso, escolhi uma salada caesar e frutas da estação com sorbet de manga para a sobremesa. Ainda deu para curtir, sauna, piscina interna (aquecida) e jacuzzi antes de voltar 100% relax para minha casa. Um Day Spa como este, para uma pessoa, sai por R$ 1635 (agendamentos por telefone: 11 4904-4040).

Anantara Spa, Tivoli Mofarrej

Olha só essa sequência: escalda-pés com esfoliação, esfoliação corporal completa, ducha poderosa, massagem com óleo aquecido e, fechando com chave de ouro, banho de espuma com hidromassagem. Esses são os componentes da Experiência Tropical (R$ 680, 2h), do Anantara Spa, que fica no quarto andar do Tivoli Mofarrej, no bairro dos Jardins, aqui em São Paulo. Faltam palavras para descrever o estado de relaxamento em que eu me encontrava depois desse combo. Isso sem contar na pele supermacia depois desse tratamento que ainda tem ótimos benefícios de skincare.

Na estante

Os produtos que, de fato, ganharam um espaço na minha estante de skincare neste mês e as razões pelas quais os amei.

Gel de limpeza e demaquilante Beste Nº9 (R$ 141, 60ml; R$ 279, 150 ml), Drunk Elephant

Se no mês passado minha estante de skincare já estava bem minimal, agora ela está radicalmente simples. A verdade é que, nas férias, eu estou me dedicando a tantos outros tipos de autocuidado que não tem sobrado espaço para uma rotina de pele muito longa. Por isso, sigo com novos clássicos que conheço bem e amo. O primeiro deles é esse gel de limpeza da Drunk Elephant. Sua fórmula é supersimples (não tem óleos essenciais, silicones ou fragrâncias) e conta com surfactantes leves para limpar a pele sem agredi-la.

Antioxidante hidratante com FPS 30 (R$ 99), Sallve

Tem poucos produtos no mundo que eu considero serem tão completos como o antioxidante hidratante com FPS da Sallve. Veja bem: o ácido hialurônico hidrata, a vitamina C tem poder antioxidante, o resveratrol estimula a renovação celular e funciona bem para a área dos olhos, a niacinamida estimula a uniformização do tom da pele, a cafeína ajuda a dar aquela “acordada” e, de quebra, já tem uma proteção solar embutida… Parece bruxaria, mas é nanotecnologia. É por causa desse tipo de encapsulamento que esses ativos conseguem estar todos juntos dentro de uma só fórmula sem brigar um com o outro. A versão sem FPS já era o grande hit da marca de Julia Petit, mas para quem (como ela e como eu) não está com muita paciência para uma longuíssima rotina de skincare, essa novidade funciona como uma rotina completa em um só produto. Um sucesso!

Vela para massagem Calor do Pago (R$ 159), Feito Brasil

Confesso: não gosto muito dessas velas para massagem. Sempre fico morrendo de medo de me queimar. No entanto, adoro a Feito Brasil e decidi dar uma chance para a versão deles do produto. Intitulada vela “Calor do Pago”, ela vem em uma peça de cerâmica que facilita na hora de depositar o óleo sobre a pele (tem um biquinho e um segurador, ou seja, o produto é derramado de um jeito organizado sobre a pele, sem sujeira e com menos chance de se queimar). Com extrato de butiá e manteiga de ucuuba, a vela promete hidratação profunda e poder antioxidante. Vale experimentar nos dias mais inspirados para um momentinho spa caseiro.

Bruma perfumada revitalizante L’Eau Rouge, da linha Nº1 de Chanel (R$ 940), Chanel

Não é segredo para ninguém que eu adoro a nova linha Nº1 de Chanel, mas, nas férias, um produto que não ganhava tanto destaque no meu dia a dia passou a fazer mais sentido. A bruma perfumada revitalizante dessa linha chama-se L’Eau Rouge e, ao mesmo tempo em que não abre mão do floral tão característico do universo olfativo da Chanel, ele tem algo de revigorante e refrescante que parece tirar o frasco do óbvio. Aliás, não se trata de um perfume, viu? O L’Eau Rouge pode ser aplicado em qualquer lugar do corpo, inclusive no rosto, onde eu mais usei. Algo como uma mini-experiência de aromaterapia para dar um boost na animação e levantar o astral dentro de casa.

Gel de definição Gelée Curl, da linha Curl Manifesto, Kérastase (R$ 279)

Nessas visitas a diferentes spas durante as férias, tive que eleger um produto de finalização de cachos para manter sempre na bolsa. Eu sou muito fã da linha Curl Manifesto, da Kérastase. São os primeiros produtos da marca para cabelos crespos e cacheados, mas, enriquecidos com mel de manouka, eles funcionam brilhantemente para meus fios superfinos e escassos. O Gelée Curl, em especial, é um creme ultraleve na aparência, mas, no cabelo, ele funciona como um gel de definição também bastante delicado, perfeito para mim. Saindo do banho, apostava nele e saía para a vida. Boa dica: depois de secar naturalmente, dê uma mexida sutil no cabelo para tirar o aspecto “durinho” dos cachos.

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