Arrependida? Veja como remover a micropigmentação das sobrancelhas
Saiba que é possível, sim, remover a micropigmentação das sobrancelhas. Contamos quais são e como funcionam os principais procedimentos utilizados pelos especialistas.
Alguns anos atrás, um método definitivo que prometia facilitar a rotina de beleza – e, às vezes, potencializar os traços de um rosto – ganhava a internet. A partir de um simples ajuste nas sobrancelhas, com a implementação de traços finos que imitam os fios naturais, era possível dizer adeus às falhas chatas, e, assim, economizar tempo em frente ao espelho e dinheiro com maquiagens. Passado-se um tempo, no entanto, o final não parece ter sido tão feliz para algumas pessoas que, hoje, desejam remover a micropigmentação.
famosas como Kylie Jenner também apostaram na micropigmentação. Foto: Instagram/@kyliejenner
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“Na maioria das vezes, os pacientes se arrependem pela mudança na coloração que ocorre com o passar do tempo ou por uma insatisfação com design realizadido”, comenta a dermatologista Bianca Schorn, de Porto Alegre. “Quando a micropigmentação é feita com traços brutos, que fogem do formato natural, ela fica artificial e isso leva ao arrependimenta”, complementa Kelly Vial, especialista em beleza e CEO da clínica Entre Beauty.
Se identificou com algum desses casos? Saiba que, apesar de definitivo (ou seja, se nada você fizer, ele deve continuará na pele permanentemente), existem algumas maneiras de atenuar o resultado e até eliminá-lo por completo.
Afinal, o que é a micropigmentação?
Você sabe como funciona a micropigmentação? Foto: Getty Images
Para entender como remover a micropigmentação, por outro lado, é preciso entender como ela funciona. Ao contrário do que escutamos nas redes sociais, ela não é exatamente uma tatuagem. “Este procedimento faz uma lesão com o intuito de depositar o pigmento na epiderme, a camada mais superficial da pele, e atinge no máximo a derme papilar, diferentemente da tatuagem, onde pigmento costuma ser inserido na derme reticular, que é uma parte mais profunda”.
A consequência disso é que por o pigmento estar mais próximo à superfície, ele está mais suscetível às influências externas e à degradação, ocasionando, por exemplo, num desbotamento mais rápido comparado às tattoos. Por outro lado, isso também significa menos esforço para retirar o pigmento do organismo. Ao menos em teoria.
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Como remover a micropigmentação?
“Se sua micropigmentação atingiu uma camada mais profunda, a remoção total necessitará de uma combinação de técnicas”, alerta a esteticista Emônica Giovana, da rede Walter’s Coiffeur. Entre as mais utilizadas estão o laser e o peeling químico.
“Em minha prática, uso o laser como a primeira opção porque é possível obtermos uma remoção bastante satisfatória, a depender do pigmento realizado, já na primeira sessão”, explica a dermatologista Bianca. “Por aqui, utilizamos o laser Q-Switched Nd-YAG, que fragmenta o pigmento e m micropartículas. Posteriormente, estes fragmentos são eliminados do organismo através das células de defesa”, continua ela.
A especialista em beleza Kelly Vial adianta que o procedimento não é indolor, e, por isso, algumas clínicas optam pela aplicação de uma anestesia tópica na região. Após o procedimento, é preciso evitar ao máximo a exposição ao sol (nada de ir à praia ou à piscina, viu?) e também coçar, arranhar ou manipular a região das sobrancelhas de qualquer.
A partir do segundo dia, para aliviar o desconforto e recuperar a pele, é possível lançar mão de cremes reparadores ou até mesmo da vaselina.
Despigmentação química
A despigmentação química é uma outra maneira de remover a micropigmentação das sobrancelhas. Neste caso, uma alta concentração de ácidos (em geral, o glicólico) é inserida na pele através do mesmo aparelho utilizado para fazer o desenho dos fios. Tais substâncias reagem com o pigmento e levam à sua fragmentação.
A mesma caneta utilizada para fazer a micropigmentação pode ser usada para removê-la. Foto: Getty Images
Como no laser, estas partículas são eliminadas naturalmente pelo organismo. No entanto, este procedimento pode ter uma tempo de resposta mais demorado. “Há também uma maior chance de complicações, como queimaduras ou cicatrizes, caso não seja realizado por um profissional experiente”, alerta Bianca Schorn.
“Por esta razão, sempre o indicamos em conjunto com o laser, e não de maneira isolada”, acrescenta Emônica Geovana. “Como os lasers estão avançados, só fazemos esta combinação quando resta um pigmento alaranjado, que não consegue ser captado pelas ponteiras”, finaliza.
O intervalo mínimo entre cada sessão, seja ela de laser ou química, é 30 dias corridos. A quantidade total de sessões – e isto é unanimidade entre todas as entrevistadas – só pode ser definida numa avaliação com o paciente, variando de caso a caso. Anotado? Agora é só encontrar um profissional de sua confiança e começar sua jornada de volta às sobrancelhas naturais!
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