É possível dizer sim, sem culpa?

Junto da O.U.i Paris, marca de alta perfumaria criada na França, convidamos um time de artistas e influenciadores para responder essa pergunta e mostrar que é possível romper padrões e dizer sim para si mesmo.


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CONTEÚDO APRESENTADO POR O.U.i PARIS

Como já havíamos revelado por aqui, o Grupo Boticário lançou O.U.i Paris (sim, em francês, e acrônimo de Original. Unique. Individuel), uma marca de alta perfumaria criada na França que também conta com produtos para corpo e banho, que possui o savoir-faire parisiense (alta qualidade na produção) e é inspirada no savoir-vivre, o estilo de vida descomplicado e sem culpa dos franceses. Uma marca cruelty-free, vegana e com opções de refil para seus produtos.

Sob o comando do renomado diretor olfativo Pierre Aulas – que já desenvolveu perfumes para marcas icônicas como Thierry Mugler, Azzaro, Chloé, Marc Jacobs e Lacoste -, cada item foi cuidadosamente desenvolvido por um dream team de perfumistas franceses e todos têm o mesmo ingrediente especial na composição: L’Essence de Grasse, um óleo essencial exclusivo, produzido a partir das 5 colheitas excepcionais de Grasse, região berço da alta perfumaria mundial, localizada no Sul da França.

Para trazer a inspiração do savoir-vivre, ELLE convidou um time de artistas e influenciadores cheio de atitude para experimentar as fragrâncias e revelar como se libertam da culpa para viver uma vida com mais liberdade e autopriorização.

Confira a seguir:

Mônica Martelli – “Sem culpa de dizer não”

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Foto: Bob Wolfenson

Mônica Martelli é o tipo da mulher forte, que desempenha esse papel com louvor. Quem vê a personalidade poderosa da atriz e apresentadora que esbanja autoconfiança talvez não pense que ela já tenha deixado de se priorizar. “Todo mundo se sente culpado e cobrado o tempo todo, as mulheres vivem sobrecarregadas e sempre achando que não estão fazendo o suficiente”, diz ela, que chegou a ser internada recentemente com quadro de gastroenterite. “Isso aconteceu por um motivo, então é fundamental se cuidar”.

Para ela, o equilíbrio é um eterno aprendizado. “A gente vai aprendendo a fazer escolhas e a dizer não, o que é muito difícil. Acho que gerenciar o tempo é um dos maiores desafios”. Por isso, o autocuidado é cada vez mais presente em sua vida, além da terapia. “Abro espaços do meu dia para me cuidar, a hora do banho é sagrada, meu tempo, só meu”, conta. “Tenho a consciência de que investir no meu bem-estar é qualidade de vida”, completa. Outra ferramenta importante é o humor que vem de seu trabalho autoral. “É o que me permite colocar os sentimentos e minha visão de mundo pra fora. É a forma mais eficaz de lidar com as dificuldades”.

La Robertita – “Sem culpa de assumir todas as minhas versões”

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Foto: Bob Wolfenson

Laís Roberta da Silva, mais conhecida como La Robertita, é historiadora, professora, apresentadora, modelo e criadora de conteúdo. Antes de estourar nas redes sociais e se tornar uma fonte de inspiração para diversas mulheres pretas, gordas e periféricas, ela enfrentou desafios, inclusive uma depressão após a morte de sua mãe. “Também sofri muito bullying na escola e meus professores eram um referencial de acolhimento, então queria ser igual a eles, por isso segui esse caminho e, pela minha curiosidade e subversão extremas, foquei na História”.

Para ela, viver sem culpa é existir e transitar com liberdade. “É sobre estar feliz nesse lugar de autonomia e independência”. Isso também significa assumir todas as suas versões: “Tem dia em que eu quero, tem dia em que eu não quero, tem dia em que eu quero ser exuberante, e tem dia em que eu quero só existir com meu cabelo solto, com a minha pele limpa.” Sua próxima parada é a Semana de Moda de Paris, em setembro. “Sinto que será um marco não só pessoal, mas para várias semelhantes a mim”.

Maria Ribeiro – “Sem culpa de assumir minhas próprias escolhas”

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Foto: Bob Wolfenson

As primeiras cenas de Maria Ribeiro foram criadas na infância, no closet da mãe, onde costumava brincar com as roupas e maquiagens. “Ficava um tempão ali, como uma maneira de tê-la perto de mim”. Desde pequena, a atriz, escritora e diretora gostava dos holofotes. “Participava do teatro e grêmio da escola, depois entrei na redação, pois era uma criança angustiada e escrever organizava a minha cabeça”. De lá pra cá, a expressão por meio da arte se tornou fundamental na sua vida e, se pudesse ter um superpoder, seria o de estar em vários lugares ao mesmo tempo. “Porque amo trabalhar, é algo que me alimenta muito, não tenho divisão entre profissional e pessoal. Mesmo quando estou de férias, fico pensando nos projetos que quero fazer e isso me dá uma alegria imensa”.

Por um tempo, porém, isso causou culpa, especialmente quando os filhos eram pequenos. “Eu trabalhava muito e queria ser boa mãe, então me deixei de lado. Mas, ao mesmo tempo, sempre tive a impressão de que trabalhando eu estava descansando da maternidade, nunca fui aquela mãe que queria parar tudo para cuidar das crianças e me julgava um pouco por isso”. Com a psicanálise, aprendeu a lidar com isso, sem culpa. “Hoje eles sabem que podem contar comigo sempre, mas presto muita atenção em mim e na minha liberdade, pois isso também os ajuda a criar autonomia e independência”. Com dois filmes e um livro no forno, ela segue apaixonada pelo que faz. “Gosto muito de escrever, é um momento terapêutico, mas também amo estar com pessoas, trocar e crescer a partir disso”.

Camila Faus – “Sem culpa de passar tempo comigo mesma”

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Foto: Bob Wolfenson

Camila Faus tem 49 anos, é diretora de cena e uma das criadoras do SHEt, uma plataforma de conteúdo feita para mulheres 40+. “Tenho uma mente louca que não para e por isso me arrisquei na comunicação”, conta ela. Por um bom tempo, sua vida era totalmente dedicada ao trabalho. “Venho de uma geração onde ser bem-sucedida é ganhar dinheiro e ter cargo de liderança, então passei muito tempo vivendo para a profissão”.

Com o passar do tempo, vieram mudanças e muito amadurecimento. “Você vai aprendendo a desapegar da culpa e priorizar seus momentos sozinha e de liberdade. Até porque, se você não estiver bem, não vai conseguir cuidar do outro”. A partir daí, se libertou de qualquer peso e passou a priorizar seus momentos de solidão. “O que mais gosto é ficar sozinha, não no sentido solitário, mas no meu mundinho. Moro num lugar que é muito meu mundo, onde me sinto acolhida e tenho minhas manias, o espaço que gosto de sentar pra ler, amo montar quebra cabeça, estou com um de 2 mil peças agora; amo praticar yoga, fazer isso no tempo livre não é um exercício, é onde me aprimoro, gosto de fazer isso”

Tudo isso é muito bem equilibrado com os compromissos profissionais e, também, sem a menor culpa. “Coloco meus limites e não sinto peso algum em, por exemplo, não responder mensagens de trabalho à noite”. Movida pela curiosidade, os tempos para si também são dedicados às viagens. “Tenho uma rodinha louca no pé, se não estou no ninho, gosto de me jogar na estrada e sentir que ainda há tanto para descobrir e viver”.

Stella Chidozie – “Sem culpa de estar off-line”

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Foto: Bob Wolfenson

Filha de mãe brasileira e pai nigeriano, Stella atua como modelo e influenciadora digital, produzindo conteúdos de moda e beleza. “Amo me comunicar, cantar e dançar”. A música é uma de suas maiores paixões, assim como a natureza. “Moro em frente a um parque, então gosto de passear por ali, dançar ao ar livre, correr e cantar pra mim mesma”. Suas principais referências vêm da cultura africana, como afrobeats, jazz e hip hop, e ela tem planos de se lançar nessa área também. Enquanto isso, segue engajando nas redes sociais, um ambiente nem sempre fácil de navegar e que muitas vezes requer uma manutenção constante da imagem.

Por isso, passar algum tempo off-line e praticar o autocuidado são importantes aliados na hora de equilibrar essas tensões. “Às vezes vem uma pressão de não conseguir estar sempre presente online, porque sou muito comunicativa e introspectiva ao mesmo tempo, sou geminiana, mas tenho aprendido a contornar isso. Tenho feito terapia, voltei a escrever e me mudei recentemente para morar sozinha com a minha cachorrinha maravilhosa a Zara, um pit bull”. O afeto é outra maneira de se preservar. “Isso reflete na maneira como me visto, sempre mais confortável e despojada e buscando estar com a minha família e meus amigos, principalmente cozinhando receitas nigerianas com o meu pai, sem telefones por perto”.

Gabi Magrani – “Sem culpa de ser plural”

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Foto: Bob Wolfenson

Gabi Magrani queria ser veterinária, mas quando sua mãe a ensinou a costurar, aos seis anos, passou a se interessar por moda, especialmente pela área de criação. Seu maior sonho é ser estilista e atualmente ela se divide entre diferentes paixões: está desenvolvendo uma marca própria, atua como modelo, faz curadoria de moda para um centro cultural e trabalha na cozinha de um restaurante em Petrópolis, onde vive. “Quero quebrar os padrões impostos pela moda, não tenho interesse em ser uma coisa só ou apenas mais um nome, mas sim a pessoa plural que vai mudar o roteiro”.

A mesma pluralidade que a permite não seguir uma única carreira também é exercitada também é exercitada no vestir, e Gabi sempre monta seus looks de acordo com as músicas que está ouvindo ou como está se sentindo no momento. “Guio minha atitude por isso e vou desdobrando em estéticas diversas, sempre tentando transmitir o meu mood para as pessoas”. Entre as favoritas do momento estão Beyoncé, Adele, Black Alien, Crioulo, Karol Conká, entre outras. “Amo ficar sozinha no quarto com uma boa garrafa de vinho, dançando muito. Nesses momentos eu me olho no espelho e sou a Shakira”. Não à toa, sua maior felicidade no trabalho é causar impacto. “Seja conversando, desfilando, criando ou fazendo fotos, quero gerar uma reação e que as pessoas reflitam sobre o que estou entregando”.

Dan Ferreira – “Sem culpa de reconhecer minhas conquistas”

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Foto: Bob Wolfenson

Dan Ferreira sempre esteve ligado à criação. “Amava fotografia, moda e arte de maneira geral. Com uns cinco anos já inventava minhas próprias histórias, então sinto que exercer o ofício que tenho hoje tem muito a ver com essa criança.” Como ator, ele não para. Entre as filmagens e gravações do seu primeiro álbum musical, ele se aprofunda nos estudos, escuta discos e curte com amigos e família. “Acho que me equilibro nisso tudo porque viver faz parte do que faço, e essa é uma profissão generosa, pois ela nos faz evoluir com o tempo”.

Parte dessa evolução é também reconhecer as próprias conquistas. “Durante muito tempo me sentia culpado por realizar algumas coisas, não só em termos materiais, mas trabalhar com certas pessoas, conquistando o que eu imaginava, indo a lugares que só sonhava, achava que tudo isso estava longe de mim, então hoje tenho trabalhado isso na terapia, para não sentir mais culpa de prosperar”. Esse sentimento está ligado à sociedade e ao racismo estrutural, que geram pressão e sensação de não pertencimento e não merecimento. “Vivemos num país onde uma pessoa negra morre a cada 23 minutos e isso é um fator crucial na realização plena das nossas conquistas, mas seguimos realizando nossos sonhos para que, no futuro, os meus filhos e os filhos deles vivam num país onde eles não sintam culpa em prosperar”.

Dos muitos projetos que estão por vir, inclusive um documentário dirigido pelo próprio sobre a história das suas avós, a paternidade certamente é um dos mais especiais. “Me sinto pronto, acho que serei babão e maneiro, porque meus pais são muito maravilhosos, então quero ser ainda mais para o meu filho”.

Sérgio Malheiros – “Sem culpa de me conectar com as minhas emoções”

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Foto: Bob Wolfenson

Aos cinco anos, Sergio Malheiros fez sua primeira aparição na mídia, após uma experiência de quase morte. “Levei um choque de 500 volts no píer da Barra, no Rio de Janeiro, fui internado e me chamaram para fazer uma matéria para o RJ TV recriando a situação”, lembra o ator. “Assim que a câmera ligou, comecei a dirigir o repórter e adorei essa experiência, foi a primeira vez que me vi atuando”. A partir daí ele não parou mais: a carreira tomou conta. Com o aumento das responsabilidades e da visibilidade, vieram também os estereótipos de masculinidade e o sentimento de culpa. “Nós fomos treinados desde cedo para viver com uma máscara da masculinidade. Do homem protetor, do homem provedor. E isso causa uma pressão muito grande: de ter de ser forte, de não poder demonstrar nenhuma fraqueza. Isso vai criando uma casca em nós e é muito difícil nos desvencilharmos dela ao longo dos anos”.

Na arte, Sérgio encontrou a melhor forma de quebrar a casca.”Ela me ajuda a romper essas barreiras que pareciam intransponíveis e que às vezes me paralisam. A arte me ajuda a me colocar em contato com partes de mim mesmo que eu nem conhecia e a estar mais aberto às minhas emoções.” Aprofundando-se cada vez mais na arte, ele recentemente descobriu no grafite uma nova paixão, e, na direção, mais uma forma de se conectar com os sentimentos e com pautas que considera mais importantes. Seu primeiro curta-metragem, Única Saída, estreou recentemente no Cine Búzios e conta a história de dois atores que, cansados com as perspectivas de carreira, começam a aplicar golpes para sobreviver. “Sempre me preocupei em construir uma obra da qual tivesse orgulho, onde pudesse dialogar na arte com os problemas da vida que me incomodam de verdade”.

Descubra o seu “Sim, sem culpa”

Enquanto você descobre o seu “Sim, sem culpa” tomando inspiração nas conversas que tivemos, conheça a primeira coleção já disponível no e-commerce da marca. Composta por sete fragrâncias do tipo eau de parfum (quatro femininos e três masculinos), uma linha chamada Jardin de Grasse (que aparece nas versões eau de parfum com acorde cologne, sabonete líquido e em barra e creme para mãos), um batom vermelho (o favorito das francesas) e uma linha de cremes e loções para o corpo.

Créditos:

Depoimentos: @monicamartelli @sergio_malheiros @larobertita @odanferreira @mariaaribeiro @magranigab @stellachidozie @she______t

Foto: @bobwolfenson

Assistentes de foto: @flaviafaustino @augustojordao @______felipecampos @amandascattolini

Styling: @flaviapommianosky e @chapeusdaviramos

Assistente de styling: @fazziolijohn

Camareiras: @laranjasereia e @simoneregarieri

Beleza:@danielhernandez e @bobestvo

Assistentes de beleza: @cristian.dalle @grazimaga @milenagarciabeauty @carlosrosa @robernardo

Manicure: @thaynadandara

Arte: @andersonrodriguez

Assitente de arte: @lecorezende

Vídeo: @fabricio.barreto

Assistente de vídeo: @isabellasbarreto @andersonxicara @danielalvesrasta @leosombra05 @erickdinizmobile @_jansey @quaresma_max

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