Tudo o que você precisa saber sobre o conceito clean beauty

Explicamos o que está por trás do termo clean beauty, movimento que valoriza práticas mais sustentáveis na beleza.


clean beauty
Foto: Instagram/@xoxotsumi



Mais do que uma tendência passageira, o conceito da clean beauty, ou beleza limpa, se consolidou como um movimento duradouro na indústria de cosméticos, estabelecendo uma mudança na forma como se pensa e consome produtos de beleza. Nos últimos anos, o número cada vez maior de marcas com pilares de sustentabilidade e transparência tem refletido também um desejo do consumidor de fazer escolhas melhores — para si mesmo e para o planeta. 

Os números provam a solidez do movimento: neste ano, a projeção é que o mercado global de beleza natural chegue a 17 bilhões de libras (cerca de 110 bilhões de reais), segundo relatório do British Beauty Council. No Brasil, o mercado de clean beauty já movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano.

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Mas, afinal, o que é clean beauty?

O termo clean beauty foi criado para identificar produtos de beleza que são feitos sem ingredientes considerados tóxicos ou potencialmente prejudiciais, que vão desde conservantes sintéticos até fragrâncias artificiais, que podem causar irritações, alergias ou problemas de saúde a longo prazo.

Para o meio ambiente, o uso de ingredientes naturais e práticas sustentáveis pode reduzir a poluição e a pegada de carbono da indústria, além de estimular melhores práticas em toda a cadeia de produção. 

A definição de “clean” pode variar entre as marcas e a regulamentação de cada país, o que causar certa confusão ao consumidor — e, consequente, viabilizar a prática de greenwashing, em que produtos são divulgados como “limpos” e “verdes” de maneira superficial e muitas vezes enganosa, sem disponibilizar informações com transparência.  

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Foto: Instagram/@roseinc

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Como saber se um produto é clean beauty?

Para encontrar bons itens de clean beauty, o primeiro passo é ler os rótulos. É importante estar familiarizado com os ingredientes considerados prejudiciais e procurar por certificações de organizações confiáveis, como a Ecocert e a IBD.

Estas são algumas das substâncias que geralmente ficam fora das fórmulas limpas:

  • Parabenos: conservantes que podem afetar a saúde do sistema endócrino;
  • Sulfatos: agentes de limpeza que podem sensibilizar a pele e o couro cabeludo;
  • Ftalatos: usados para fixar fragrâncias, podem agravar problemas hormonais;
  • Fragrâncias sintéticas: que podem causar alergias;
  • Óleo mineral: subproduto do petróleo que pode obstruir os poros e impedir a respiração natural da pele.
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Vale lembrar também que um produto de clean beauty não necessariamente é orgânico ou natural. Para um cosmético ser considerado natural, ele precisa conter, pelo menos, 95% de matérias-primas naturais na composição – os outros 5% podem ser se substâncias sintéticas permitidas. Já os orgânicos, além de serem naturais, devem possuir também certificação de que seus ingredientes são provenientes de cultivo sem o uso de agrotóxicos e outros agentes químicos.

Fórmulas orgânicas e naturais também nem sempre são veganas. Para ser considerado vegano, o produto também não pode conter componentes de origem animal, como mel, colágeno, albumina e gelatina, por exemplo. Os cosméticos veganos, por sua vez, também não podem ser sempre considerados naturais, já que podem trazer substâncias químicas, como petróleo e silicones, na composição. 

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