Um museu para David Bowie

Com mais de 90 mil objetos de arquivo, o David Bowie Centre abre as portas em Londres, examinando o impacto do artista na cultura pop e na masculinidade moderna.


David Bowie
Bowie vestindo macacão criado por Kansai Yamamoto para a turnê de Alladin Sane (1973) Foto: Masayoshi Sukita © Sukita The David Bowie Archive 2012



Em uma única semana de janeiro de 2016, David Bowie lançou seu derradeiro álbum, Blackstar, completou 69 anos e se despediu deste mundo após uma batalha privada contra o câncer. Na ocasião, não se falava em outra coisa a não ser seu indelével legado artístico e cultural. Mas discutir essa herança parecia pouco para o efeito transformador de suas músicas, ideias e persona.

Desde 13 de setembro, quase dez anos depois de sua morte, mais de 90 mil peças dão conta de documentar, ilustrar e contextualizar as muitas vidas e universos do britânico no novíssimo David Bowie Centre, em Londres. Parte da recém-inaugurada V&A East Storehouse, um galpão com espaço superior a 30 quadras de basquete (destinado a abrigar o arquivo do museu), o núcleo dedicado ao roqueiro reúne uma mistura de displays, instalações audiovisuais e áreas de estudo.

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Items from the David Bowie Archive are prepared ahead of the David Bowie Centre opening at VA East Storehouse on 13 September 2025 © Victoria and Albert Museum London

Item do novo museu Foto: © Victoria and Albert Museum, London

A proposta é que os visitantes possam explorar a história do cantor por meio de instrumentos musicais, notas pessoais, letras de música, figurinos, esboços de maquiagem e mais. Para completar, I can’t give everything away (2002-2016), um box com versões remasterizadas dos seus discos, além de raridades e gravações ao vivo, será lançado na mesma semana da abertura.

“Bowie se movimentava com fluidez por diversas expressões artísticas. O arquivo oferece um insight raro sobre seu processo criativo por meio de fotografias, transcrições de entrevistas, desenhos e técnicas que ele usava para se inspirar”, conta a curadora do centro, Madeleine Haddon, à ELLE Men. Se existe um denominador comum, é a metamorfose – um traço constante ao longo de suas seis décadas de carreira e de sua identidade.

Um bom exemplo dessa multidisciplinaridade são os registros de projetos inacabados, como conceitos iniciais para uma adaptação de 1984, o clássico de George Orwell, e ideias para filmes relacionados aos discos Diamond dogs (1974) e Young americans (1975). “Seu legado é de coragem criativa, provando que a transformação não é algo a ser temido, mas aproveitado como uma fonte de renovação, possibilidade e profundo impacto artístico”, defende Madeleine.

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