36ª Bienal de São Paulo se inspira em poema de Conceição Evaristo e estende período expositivo

Mostra “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática” ocorrerá entre 6 de setembro de 2025 e 11 de janeiro de 2026.


Bienal de São Paulo: equipe de curadores
36ª Bienal de São Paulo, equipe conceitual: da esq. para a dir.: Keyna Eleison, Alya Sebti, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, Henriette Gallus, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza. Foto: João Medeiros - Fundação Bienal de São Paulo



 Principal mostra de artes do país, a 36ª Bienal de São Paulo ganhou título inspirado no poema Da calma e do silêncio, da escritora Conceição Evaristo. O nome Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática foi anunciado em coletiva para imprensa no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, na manhã desta quinta (24.10). 

A próxima edição terá como proposta central repensar a humanidade, como explicou o curador geral Bonaventure Soh Bejeng Ndikung. Ele trabalha ao lado dos cocuradores Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison. “A proposta da Bienal vem de um lugar de não aceitar o desespero”, explica Ndikung.

LEIA TAMBÉM: 5 CASAS DE ARQUITETOS RENOMADOS PARA CONHECER EM SÃO PAULO

A Bienal ganhou mais quatro semanas em cartaz e será realizada entre 6 de setembro de 2025 e 11 de janeiro de 2026. O objetivo é atrair mais pessoas no período de férias escolares. Em outros anos, o evento terminava em dezembro e tinha como público médio 700 mil visitantes.

A mostra será distribuída em três eixos, ou fragmentos, como explicaram os curadores. O primeiro, apoiado no poema Da calma e do silêncio, evoca a importância de explorar mundos submersos, acolher as diferenças e sugerir uma reconexão com a natureza.

O segundo, baseado no poema Une conscience en fleur pour autrui, do poeta haitiano René Depestre, explora a interconectividade das experiências e propõe uma coexistência mais atenta às necessidades coletivas. Já o terceiro é sobre os espaços de encontros, colonialidade, estruturas de poder e ramificações na sociedade. Essa reflexão é baseada no movimento manguebeat. 

LEIA TAMBÉM: INHOTIM INAUGURA 3 EXPOSIÇÕES DE LONGA DURAÇÃO

A Bienal também estenderá a programação para o Marrocos e Guadalupe, ainda neste ano, com encontros de poesia, música, performance e debates. Ano que vem realizará eventos na Tanzânia e no Japão. A primeira “Invocação” – como foram chamados esses encontros – , será Souffles: On Deep Listening and Active Reception [Souffles: Sobre escuta profunda e recepção ativa], realizada em 14 e 15 de novembro, em Marrakech.


36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas / Da humanidade como prática: de 6 de setembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, na avenida. Pedro Álvares Cabral, s/n, na Vila Mariana, São Paulo. Entrada gratuita. Mais informações no site do evento. 

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes