Conheça a Casa Bontempo, espaço que une design, arte, moda e gastronomia
Inaugurada em São Paulo, a Casa Bontempo promove a conexão entre marcas, pessoas, histórias e diferentes expressões artísticas.

CONTEÚDO APRESENTADO POR BONTEMPO
Quem passa pela Avenida Rebouças, uma das mais movimentadas de São Paulo, dificilmente deixa de notar uma edificação de formas singulares que se destaca na paisagem urbana. Trata-se da Casa Bontempo, criada pela fabricante de móveis planejados de luxo como uma celebração de sua trajetória e identidade – uma história que começou em 1978,
em São Marcos, no Rio Grande do Sul.
O espaço foi inaugurado em março, em um evento que reuniu figuras importantes do cenário cultural brasileiro, como Paola Carosella, Tiago Iorc e Marcelo Rosenbaum, além dos fundadores da marca, Rudimar, Rudinei e Rosmar Stedile.
Na Casa Bontempo, a proposta vai além do design e da decoração, promovendo o diálogo entre diferentes manifestações criativas, como moda, arte, música e gastronomia. Embora também funcione como showroom, a Casa não é uma loja. No endereço, não há equipe de vendas, mas sim consultores de experiências, que são os guias em cada visita. O objetivo maior é ser um lugar que estimule conexões significativas entre pessoas, marcas e histórias.
“Queríamos abrir espaço para o encontro e a troca – um ambiente multicultural que nos aproximasse de outras áreas que fazem parte do nosso universo. A ideia era permitir que diversas formas de expressão coexistissem”, afirma Rafaela Stedile, gerente executiva da Bontempo. “Desde a inauguração, temos visto o espaço ser ocupado de formas que nem imaginávamos. É gratificante perceber como as pessoas se apropriam da Casa e descobrem diferentes maneiras de vivenciá-la”, conta ela.
A arquitetura foi essencial para dar vida a essa visão. O desafio era criar um ambiente que expressasse a fluidez da marca, com espaços versáteis, capazes de receber desde exposições e palestras até eventos gastronômicos. Para isso, a integração entre áreas internas e externas, bem como o diálogo com a cidade, foi considerada indispensável, como destaca Rafaela.
Com 1.500 m² de área construída, o projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo escritório paulistano FGMF. “Trabalhamos com planos assimétricos e fragmentados em diferentes alturas – superfícies que parecem ligeiramente desencontradas, como se estivessem soltas”, explica Fernando Forte, arquiteto e sócio do FGMF. A circulação acontece por meio de passarelas, que interligam os diferentes níveis. “Esse traçado gera uma experiência visual instigante. Quem está em um andar consegue ver o que acontece nos outros, despertando a curiosidade. É quase um conceito museológico, que convida à exploração”, acrescenta.
Essa fluidez espacial também favorece a conexão com os ambientes externos e com a paisagem ao redor. “A casa tem amplas áreas envidraçadas, que permitem a entrada de luz natural – que muda ao longo do dia – e favorecem o paisagismo, que se infiltra no interior de diferentes formas”, observa Fernando. Apesar disso, o ambiente preserva a sensação de refúgio no meio urbano. “A entrada acontece por um túnel que bloqueia o som da rua, então quem entra não imagina o que encontrará. Ao atravessá-lo, a casa se revela aos poucos, inundada por luz. Ela tem uma atmosfera quase de catedral, com uma grandiosidade inesperada”, descreve o arquiteto.
Outro ponto fundamental na concepção do espaço foi a integração dos móveis planejados da Bontempo. “Desde o início, não queríamos pensar em cada ambiente de forma isolada. A ideia era criar uma harmonia entre o mobiliário e a arquitetura. Exploramos cada ângulo da Casa para descobrir essa fusão entre o espaço e o design de interiores”, explica Grasiela Valezi, gerente de pesquisa e desenvolvimento da empresa.
Ao mesmo tempo, buscava-se criar uma atmosfera acolhedora, que transmitisse a sensação de lar e despertasse o desejo de morar ali. “Para isso, apostamos em combinações variadas de cores, materiais e texturas, destacando também as possibilidades de personalização oferecidas pela Bontempo. É um lugar com personalidade, que vai além de qualquer tendência passageira”, completa Grasiela. Os móveis soltos, da Coleção Casa 001/25, o novo segmento de atuação da Bontempo, foram apresentados em primeira mão na Casa e também ajudam a compor essa identidade única.
Como não poderia faltar em um espaço multicultural, a arte tem presença marcante por meio de uma curadoria cuidadosa. “Inicialmente, pensamos em trabalhar com galerias parceiras para exposições temporárias. Mas, com o amadurecimento do projeto, percebemos a importância de formar um acervo próprio, que refletisse a visão da Bontempo sobre a arte e valorizasse a diversidade do Brasil”, relata Grasiela. A curadora e pesquisadora Ana Carolina Ralston foi convidada para essa missão e trouxe obras de artistas das cinco regiões do país. Hoje, o espaço abriga o trabalho de nomes consagrados, como Vik Muniz e Tomie Ohtake.
“Temos um calendário cheio de eventos para os próximos meses, com parcerias diversas e ativações culturais. Queremos que a Casa seja sempre um ponto de encontro, pulsante e vivo”, finaliza Rafaela.
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