Movimentos políticos

Dos clipes de tributo ao movimento #blacklivesmatter às aulas de zumba nas academias, a dança é sempre um ato político – mesmo que muitas vezes a gente nem perceba isso.

Você certamente já experimentou essa sensação pelo menos uma vez na vida: na pista de dança — ou em estádios ou até na rua em um bloquinho de Carnaval —, a batida da música nos une e a multidão começa a se mover como um só organismo vivo. As pessoas ao lado, completamente desconhecidas, transformam-se em amigos de infância. E esse pessoal nem precisa falar português, porque os movimentos, os sorrisos, os olhares dialogam perfeitamente. Essa empatia também não depende de um talento nato para o balé clássico, a dança moderna, o jazz, o sapateado ou um gingado Globeleza. Os corpos, de alguma forma natural e espontânea, entendem-se e comunicam uma mesma intenção: seja curtir uma festa ou comemorar um campeonato, protestar contra algum partido, apoiar uma causa…