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Estar online não significa deixar a rotina de skincare de lado.

Muitas coisas mudaram em nossa vida no ano de 2020, principalmente no mundo digital. De acordo com um estudo publicado pela empresa McKinsey & Co., a pandemia da Covid-19 acelerou várias transformações: processos digitais que levariam cinco anos para acontecer foram concluídos em até oito semanas. À medida que o distanciamento social virou uma prática fundamental, recorrer à internet para aprender mais sobre cuidados com a pele foi a saída para consultas médicas em suspensão. Mas isso não significa necessariamente cair no erro das informações não oficiais. “A telemedicina cresceu, assim como a teledermatologia”, afirma Hilary Coles, cofundadora e vice-presidente de merchandising da Hers, uma plataforma que permite aos usuários adquirir produtos antienvelhecimento e antiacne online. “E esse formato deve crescer mesmo em um pós-pandemia”, ela continua. Aqui, nós separamos três técnicas para cuidar da pele sem ao menos ter que sair do sofá.

Baixe aplicativos!

O Skinary ajuda a descobrir condições como acne, rosácea e rugas por meio de uploads diários de selfies do usuário. As mudanças são ainda analisadas em conjunto com hábitos diários, como dietas, o uso de produtos e até mesmo quantas vezes você lava a fronha do seu travesseiro. O Good Face Project usa a inteligência artificial para auxiliar na compra de produtos de limpeza para a pele. “São mais de 45 mil produtos e 80 mil ingredientes em nossos bancos de dados”, afirma a CEO da empresa, Iva Teixeira. “Ao fazer o seu teste de pele, conseguimos informar a receita de um produto ideal para você, com a porcentagem para cada item de acordo com o que a sua pele precisa.” Outro aplicativo, o Miiskin, ajuda a detectar sinais de melanoma ainda no início, podendo checar verrugas com a realidade aumentada, identificar as novas que forem surgindo e monitorar mudanças nelas ao longo do tempo.

“Receita na palma da mão”

Antes do lockdown, em 2020, a clínica estadunidense de saúde feminina Rory focava exclusivamente os cuidados relacionados à menopausa. Com a pandemia, no entanto, passou a contar também com serviços de cuidados com a pele, tratando de problemas como manchas escuras, acne e linhas finas. Dessa maneira, a Rory passou a preencher e entregar receitas de produtos manipulados, como a tretinoína e o ácido azelaico, em apenas três dias. Em julho, as consultas de pele já haviam crescido mais de 250%. As informações de cuidado com a pele também decolaram no canal de prescrição da marca, a saída preferida dos millennials. Os pacientes podem conversar por vídeo ou telefone com um profissional de saúde, de acordo com a clínica – este realmente promete ser um mercado em ascensão. O site Apostrophe também nasceu com a missão de acelerar prescrições de forma online. Pagando a taxa de US$ 20 você garante um plano de tratamento personalizado. De janeiro a julho, a plataforma teve o aumento de 127% nas visitas de retorno.

Dermatologista via zoom

Nos Estados Unidos, vários seguros de saúde passaram a incluir as consultas digitais. É dessa maneira que algumas consultas têm sido feitas em bate-papos, que incluem formulários, fotos e vídeos. Ou seja, tudo o que não requer a presença física. A telemedicina não só promete chegar mais perto de pessoas que não têm uma opção tão grande de profissionais em sua região como também os próprios médicos estão percebendo que condições como acne, rosácea e eczema podem ser avaliadas via webcam. “Nunca fui fã de pacientes faltarem ao trabalho ou à escola por causa de algo como o acompanhamento de acne”, afirma o dermatologista Dhaval G. Bhanusali. “Fomos capazes de adotar a teledermatologia durante a pandemia, e o lado bom é que talvez isso faça avançar a medicina no futuro.”