Ser uma mulher sáfica sempre foi legal. Agora a cultura entendeu isso

Com o poder de autoexpressão recuperado, lésbicas e bissexuais tomaram para elas as telas de cinema, as páginas de livros e, sobretudo, as playlists de música pop.

Foi no verão de 1980, em Nova Jérsei, Estados Unidos, que Whitney Houston conheceu o seu primeiro amor, a então estudante Robyn Crawford. “Nós nunca falamos sobre rótulos, como lésbica ou bissexual. Nós estávamos apenas vivendo a vida juntas, e eu esperava que continuássemos assim para sempre”, escreveu Robyn no livro de memórias A song for you, lançado em 2019. A amizade entre elas perdurou por mais de 20 anos. O namoro, porém, não resistiu muito tempo ー e não por falta de amor.

Logo após Whitney assinar o seu primeiro contrato com uma gravadora, em 1982, e ser pressionada por sua mãe, a cantora gospel Cissy Houston, a terminar o relacionamento, a artista foi até a casa da namorada, lhe entregou uma bíblia e disse que não poderiam mais ser um casal. “Ela me falou que, se descobrissem sobre nós, usariam isso contra a carreira dela”, lembrou Crawford em um relato doloroso. “A sensação era a de que nunca nos deixariam em paz se soubessem a verdade.” 

O presságio não era à toa. Diante da rejeição do público e do desencorajamento da indústria, era difícil mapear cantoras abertamente sáficas na história da música. Elas existiam, claro. Ma Rainey, por exemplo, já cantava sobre o amor entre mulheres lá nos anos 1920. Nas décadas de 1970 e 80, também surgiram as estadunidenses Indigo Girls, a canadense K. D. Lang e a britânica Joan Armatrading. No entanto, ignoradas pela mídia tradicional e perseguidas pela LGBT-fobia, elas não chegaram nem perto de experimentar o estrelato global que Whitney viveu.

Quando o assunto é representação lésbica e bissexual na cultura, os avanços são bem recentes. Acredite se quiser, a primeira vez que uma música explicitamente sáfica chegou ao topo das paradas foi só este ano. Trata-se de “Lunch”, lançada por Billie Eilish em maio. “Eu poderia comer aquela garota no almoço”, canta ela logo no primeiro verso do hit. Um mês antes, em conversa com a Rolling Stone, a jovem, de 22 anos, falou sem remorsos: “Eu fui apaixonada por garotas durante toda a minha vida, mas não entendia. Até que no ano passado percebi que queria meu rosto em uma vagina”. 

Quem vê Billie assim não imagina que nem sempre ela esteve à vontade para falar sobre isso. Desde o início de sua carreira, a sua sexualidade é motivo de discussões acaloradas por aí ー de uma maneira bastante invasiva, aliás. O debate chegou ao apogeu quando a cantora teve a sua orientação questionada durante a premiação Hitmakers, em dezembro de 2023. “Obrigada, Variety, por me expor, em vez de me perguntar sobre coisas que importam de verdade. Eu gosto de meninos e meninas. Me deixem em paz, por favor”, escreveu ela no mesmo dia, em um post no Instagram.

Depois de ter sido arrancada do armário e, por razões óbvias, sofrido com isso, Billie agora parece confiante para expressar sua bisexualidade. O momento não poderia ser mais propício. Chegando a meados dos anos 2020 ー sim, estamos quase lá ー,  as artistas sáficas se multiplicam na música pop. Ao cantar sobre seus amores, transas, mágoas e brigas, elas não escondem que as suas canções são dedicadas a outras mulheres. Ou seja, o que antes seria um problema dos grandes para suas carreiras agora pode não ser mais um.

Chappel Roan é prova disso. Já em seu primeiro álbum, The rise and fall of a midwest princess, lançado em setembro de 2023, a estrela, de 26 anos, compartilha suas experiências enquanto uma mulher lésbica. O sexo é um tema central nas letras. Na faixa “Red wine supernova”, por exemplo, ela canta: “Baby, vamos enlouquecer, ficar bem safadas/ vamos fazer essa cama ranger”. Em “Femininomenon”, ela questiona: “Por que nenhum homem consegue/ mandar ver, deixar as coisas quentes/ fazer uma garota sentir prazer?” 

Desprendida dos resquícios de moralismo que poderiam ter sido deixados por uma infância vivida na igreja, Chappel não higieniza as letras de suas canções. E isso não foi um impeditivo para que ela alcançasse o mainstream. No início de agosto, a cantora atraiu uma multidão no Lollapalooza de Chicago. Embora os números não tenham sido divulgados, acredita-se que esse tenha sido o maior público na história do festival. O plot twist? De início, ela se apresentaria em um palco menor, mas a demanda foi tanta que a estadunidense precisou ser transferida para o principal.

“Nós somos as fãs mais obcecadas, intensas e passionais que há. Se eu sei que uma artista ama mulheres, assim como eu, isso já é o suficiente para querer acompanhá-la.”
Maria Clara Góes

Casos como esse constatam o que as mulheres lésbicas e bissexuais sempre souberam: o mercado para essa música não só existe, como é efervescente. “Nós somos as fãs mais obcecadas, intensas e passionais que há”, opina Maria Clara Góes, 21 anos, ouvinte assídua de cantoras sáficas e estudante de publicidade, em conversa com a ELLE. “Se eu sei que uma artista ama mulheres, assim como eu, isso já é o suficiente para querer acompanhá-la.” O nível de lealdade às estrelas não é em vão. 

“A representatividade funciona como um espelho”, explica a psicóloga clínica e estudiosa da lesbianidade Lígia Quintas. A profissional conta à ELLE que, para mulheres sáficas, o estado de vulnerabilidade vem de uma dupla discriminação: “A influência da heteronormatividade, somada ao machismo, dificulta a aceitação da sexualidade, o que pode levar ao sentimento de culpa e vergonha”. Daí a importância das figuras de referência. “É preciso visualizar o modelo com o qual se reconhece”, diz ela. 

Hoje, felizmente, há muitas artistas lésbicas e bissexuais por aí para se inspirar. Além de Billie e Chappel, há a norueguesa Girl in Red, 25 anos, declarando na faixa “Girls” que o seu interesse por mulheres não é só uma fase e nunca irá mudar. Somam-se a elas as estadunidenses Kehlani e Victoria Monét, revelando que mantêm as unhas curtas para que não haja incidentes no sexo no remix de “Touch me”. E ainda há Janelle Monáe, em “Lipstick lover, dizendo que gosta quando a sua namorada deixa marcas de batom na sua pele.

Outro nome favorito é Reneé Rapp. A estrela, de 24 anos, conquistou as garotas sáficas quando interpretou uma patricinha lésbica na série Sex lives of college girls, iniciada em 2021. Mas é na música que ela tem deslanchado. O seu show no Coachella, em abril deste ano, foi uma celebração à lesbianidade. Anunciada pelo elenco de The L word, sucesso sáfico dos anos 2000, Reneé subiu ao palco, que tinha tesouras nos telões em referência à posição sexual, e cantou o hit “Not my fault”, em que pergunta: “As lésbicas podem receber um amém?” Da plateia, a multidão gritou: “Amém!” 

Você pode argumentar que nada disso é uma novidade na cena do pop. Afinal, décadas antes de Reneé e companhia surgirem, Britney Spears e Madonna haviam se beijado no palco do VMA, lá em 2003. Katy Perry também já tinha lançado a música “I kissed a girl”, em 2008, assim como Shakira e Rihanna encenaram um casal no videoclipe de “Can’t remember to forget you”, em 2014. Acontece que, com a exceção de Madonna, nenhuma delas é declaradamente sáfica. 

De certa maneira, a cultura musical dos anos 2000 e 2010 sugeria que o amor entre mulheres só existia para o entretenimento, como se fosse uma espécie de estética a ser explorada em produções audiovisuais. Então, enquanto as artistas lésbicas e bissexuais da época, como a dupla canadense Tegan and Sara e a britânica Shura, eram desprezadas, as heterossexuais eram celebradas ao insinuar vivências sáficas em performances e músicas fetichistas. Para elas, a intenção era chocar, gerar manchetes. 

“Reproduzi alguns estereótipos. Se eu escrevesse a letra hoje, seria diferente”, confessou Katy à imprensa, em 2018, sobre “I kissed a girl”. A cantora não chegou a recriar a canção, mas concedeu a autorização para que outra artista fizesse isso. Trata-se de Fletcher. Em 2021, ela usou o sample do hit na faixa “Girls girls girls”, mantendo a ideia original da composição, mas tirando todas as partes em que Katy citava o interesse por mulheres como algo meramente experimental, além das menções ao namorado. 

Em terras brasileiras

“Fletcher é a rainha, é a Taylor Swift das sáficas”, diz Day Limns em entrevista à ELLE. A cantora, de 29 anos, foi a responsável por abrir o show que a estadunidense fez em São Paulo, em março deste ano. “Foi uma escolha dela. Ela pediu para que eu fosse o ato de abertura”, revela Day, acrescentando que elas já trocavam mensagens no Instagram desde 2019. A preferência não é por acaso. A goiana é uma das jovens artistas sáficas que têm liderado as coisas por aqui.

Viajando o país com a turnê de seu último álbum, Vênus Netuno, a ex-participante do The Voice Brasil chama a atenção para um ponto fundamental dessa conversa. “Lembro que, antes de lançar o meu primeiro single, a label me perguntou se eu realmente gostaria de deixar tão escancarado”, conta ela. É que a primeira palavra da composição deTanto faz” é “mina”. Day explica que o medo da gravadora era de que ela ficasse restrita a um único público. “Na minha cabeça, isso não tinha nada a ver. Achei que estava só fazendo música, igual o homem faz para a mulher, igual a mulher faz para o homem.” 

“Fletcher é a rainha, é a Taylor Swift das sáficas.”
Day Limns

A realidade, porém, foi diferente da que a cantora havia imaginado. “Eles estavam certos. Acabei me nichando”, confessa ela. Day conta que, em seus shows, 90% do público é feminino, sendo 80% formado por mulheres lésbicas ou bissexuais. “Eu quase não tenho fãs homens.” Isso significa que, além de não ter o apoio da audiência heterossexual, as outras letras da sigla LGBTQIAPN+ também não costumam ouvi-la. E ela está longe de ser a única a passar por isso. 

Ao longo de toda a história, ao juntar a homofobia à misoginia, as mulheres lésbicas e bissexuais dificilmente foram posicionadas no centro dos holofotes. Lá atrás, para escapar da rejeição, artistas brasileiras, como Ângela Ro Ro, Simone, Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan e Ana Carolina, mantiveram neutros os pronomes e artigos na maior parte de suas composições. Só assim, sem deixar explícito que suas canções eram dedicadas a outras mulheres, elas puderam chegar às rádios. 

Também é válido notar que, para essas cantoras, a época ainda era outra. Diante de discussões limitadas e pouco esclarecidas, elas mesmas acabavam reproduzindo preconceitos. “Eu era lesbofóbica. Tinha pavor de quem eu era”, lembrou Zélia Duncan em entrevista à TV Cultura, em 2023. A homofobia internalizada é um termo que tem sido bastante investigado cientificamente. A psicóloga Lígia Quintas explica: “Nesse caso, a mulher pode negar a sexualidade, ter repulsa contra o próprio grupo social e buscar esconder a sua orientação”.

O tempo, porém, salvou Zélia. “As meninas de hoje me devolveram o orgulho de ser sapatão. Graças a elas, essa palavra agora pertence a mim e nunca mais ninguém me ofenderá com ela”, disse ao jornal O Globo, em 2021. Assim como ela, Marina Lima tem olhado para a juventude. Em agosto deste ano, estreou a turnê Rota 69. Dirigido por Candé Salles, o show, que tem na setlist uma versão de “Lunch”, de Billie Eilish, foi pensado para as garotas que estão descobrindo o trabalho da carioca agora. 

“Vários DJs fizeram remixes de ‘Fullgás’, ‘Mesmo que seja eu’ e ‘Pra começar’. Tem uma garotada de 20 e poucos anos dançando na noite músicas que Marina lançou décadas atrás”, conta Candé. Embora as veteranas sejam generosas em reconhecer as contribuições da nova geração, foram elas e suas contemporâneas que pavimentaram o caminho para que hoje haja, por exemplo, “Maldivas”, de Ludmilla, tocando em todos os cantos do país. “É a minha de fé, minha preferida/ eu caso com essa mulher, vou parar lá em Maldivas”, canta Lud. 

“Ludmilla é um puta exemplo”, opina Day Limns. A goiana acredita que Lud e todas as novas divas internacionais, como Billie e Chappel, trazem força ao movimento. “Isso reverbera em mim. Dá mais coragem e vontade de fazer o bagulho acontecer, de mudar as coisas.” 

Quem chega agora parece adicionar a própria sexualidade à música de um jeito bem espontâneo, assim como deve ser. “Estou beijando mulher nos clipes porque, na vida real, eu beijo mulher”, afirma Melly, entre risadas, como quem dissesse que não tem como ser diferente. A baiana, de 23 anos, acaba de lançar seu primeiro álbum, Amaríssima. O disco ganhou um curta, publicado no canal do YouTube da cantora, em que ela surge retratando as dores e os amores de um relacionamento. 

Na faixa “Cacau”, Melly canta: “Ela tem cheiro de cacau/ mas se queimou comigo/ meu doce perigo, que amargou tão rápido”.  Quanto aos pronomes femininos nas composições, a cantora diz não se podar: “Eu entendo que há muitas pessoas como eu. E, se não como eu, similares. E, se não similares, compreensivas”. É assim que a baiana atesta que, ao menos para ela, se esconder não é uma opção. “É preciso ter coragem de ser o que se é”, finaliza.

Nas telas e nos livros

Essa coragem tomou conta da música pop, e não só. Nas telas de cinema e nas plataformas de streaming, a representação sáfica também tem escalado em uma ascensão meteórica. 

Em 2023, a sensação foi Clube da luta para meninas. O longa inverte a lógica tradicional dos clichês colegiais ao retratar duas amigas lésbicas, interpretadas por Rachel Sennott e Ayo Edebiri, tentando conquistar as líderes de torcida mais populares da escola. Em março deste ano, Kristen Stewart e Katy M. O’Brian estrelaram um casal em Love lies bleeding: o amor sangra, suspense repleto de cenas de sexo e mortes. Três meses depois, estreou Está tudo bem comigo? Protagonizado por Dakota Johnson, o filme acompanha Lucy, que está vivendo uma crise interna ao se descobrir lésbica depois dos 30 anos.

Quando o assunto é série, as vivências sáficas chegam pelos episódios mais recentes de dois fenômenos de audiência. Atenção ao spoiler: na terceira temporada de Bridgerton, lançada em maio, o último capítulo adianta que o interesse amoroso de Francesca (Hannah Dodd) não será um rapaz, como é mostrado no livro. Na adaptação da Netflix, Michael será Michaela (Masali Baduza). Na segunda temporada de A casa do dragão, iniciada em junho, Rhaenyra (Emma D’Arcy) e Mysaria (Sonoya Mizuno) surpreenderam os fãs da saga com um beijo que também não está na obra original.

“O mercado já deixou a gente fazer a narrativa do final feliz. Mas também quero fazer a lésbica vilã, a lésbica trambiqueira, a lésbica ladra.”
Elayne Baeta

As modificações que estão sendo feitas para as telas dividem opiniões. Enquanto um lado argumenta que está perdendo as histórias que tanto amou ler, o outro celebra que finalmente está podendo se ver em suas produções favoritas. No fim das contas, as mudanças denunciam que, em um passado não muito distante, a literatura costumava ser inteiramente heterossexual. “Durante toda a minha adolescência, eu troquei os gêneros dos personagens masculinos. Precisava fingir que o homem era uma mulher porque não existiam romances lésbicos”, conta Elayne Baeta, baiana de 26 anos, que se tornou escritora para mudar isso. 

A coisa tomou forma de um jeito despretensioso. Foi no Wattpad, aquela plataforma de leitura repleta de fanfics, que Elayne começou a escrever O amor não é óbvio (2019). A história conquistou uma legião de leitoras online e não demorou para que as editoras se interessassem em publicá-la. Acontece que, na primeira proposta, ela já se deparou com uma tentativa de contenção. “Eles queriam tirar todas as cenas em que as personagens tinham interações muito românticas”, lembra.

Foi só depois que veio a proposta da Galera Record. Com contrato fechado e livro publicado, Elayne se tornou dona do primeiro best-seller lésbico do Brasil. A autora conta que, embora o romance seja sobre duas adolescentes, o público abrange todas as faixas etárias: “Recebo mensagens de meninas de 14 anos que estão se descobrindo, mas também de senhoras de 60 que nunca tiveram a chance de se assumir”. Ainda assim, ela não está livre da lesbofobia. “Já cuspiram em mim em evento, fui ameaçada. Já me mandaram foto do meu livro queimado”, relata. 

Nada disso, ainda bem, é capaz de pará-la. “A coragem que eu tenho para ser uma escritora lésbica no nosso país não é só minha. Vem de todas as outras mulheres que se sentem salvas, representadas e felizes”, diz Elayne. Além dela, há por aqui a escritora Clara Alves, responsável pelo sucesso juvenil Conectadas (2019). Na gringa, o hit maior é o romance Os sete maridos de Evelyn Hugo (2017), de Taylor Jenkins Reid. Outro é Girls like girls: uma história de amor entre garotas (2023), de Hayley Kiyoko 一 ela, aliás, vem ao Brasil para a Bienal do Livro de São Paulo, em setembro. 

Elayne Baeta enxerga os avanços da representatividade sáfica com otimismo. “A gente ainda está muito longe, mas a expansão tem sido rápida. Estamos com fome e com pressa”, diz ela. Justificar as razões da pressa é fácil. Depois das tantas décadas em que a indústria não considerou as suas histórias como dignas de atenção, as mulheres lésbicas e bissexuais, finalmente, podem falar por si mesmas, tomar as rédeas.  

“O mercado já deixou a gente fazer a narrativa do final feliz. Mas também quero fazer a lésbica vilã, a lésbica trambiqueira, a lésbica ladra. A gente também merece histórias complexas, com camadas”, fala Elayne. Embora estivesse se referindo à literatura, o mesmo vale para as outras frentes da cultura. É que, em 2024, convencer as pessoas de que amor é amor já parece pouco. Agora a escritora está mais interessada em contar a história de anti-heroínas, Kristen prefere interpretar assassinas tomadas por tesão e Billie escolhe cantar sobre comer mulheres no almoço. 

Com menos vergonha e mais orgulho, as artistas não se preocupam em amenizar, regular ou justificar suas produções. Seguindo os termos definidos por elas, a indústria, enfim, concede cadeiras às mulheres sáficas. Caso contrário, elas mesmas as pegariam. 

Para ouvir:

Lunch (2024), de Billie Eilish

Good luck, babe! (2024), de Chappel Roan

Bandida (2024), de Melly

Pretty girls (2023), de Reneé Rapp

Beck’s so hot (2022), de Fletcher

212 (2012), de Ludmilla

You stupid bitch (2021), de Girl in Red

The way that we live (2004), de Betty

Gatas extraordinárias (1999), de Cássia Eller

Mesmo que seja eu (1984), de Marina Lima

Para assistir:

Está tudo bem comigo? (2024)

Love lies bleeding: o amor sangra (2024)

Clube da luta para meninas (2023)

Crush: amor colorido (2022)

Alguém avisa? (2020)

Você nem imagina (2020)

Retrato de uma jovem em chamas (2019)

Carol (2015)

Imagine eu e você (2005)

Nunca fui santa (1999)

Para ler:

Girls like girls: uma história de amor entre garotas (2023), de Hayley Kiyoko

O amor não é óbvio (2019), de Elayne Baeta

Conectadas (2019), de Clara Alves

Os sete maridos de Evelyn Hugo (2017), de Taylor Jenkins Reid

O pensamento hétero e outros ensaios (1980), de Monique Wittig 

Orlando (1928), de Virginia Woolf