Um clássico eletrizante

Ícone do design made in Italy, o Fiat 500e inaugura a terceira geração do modelo com shape retrô inconfundível – e com espaço para o motor elétrico que conversa com os ideais de sustentabilidade do futuro.


r4dmjFur origin 20



CONTEÚDO PUBLICITÁRIO APRESENTADO POR FIAT

O que o jeans, a camisa branca, o trench coat e um colar de pérolas têm em comum? Além de ficarem ótimos quando unidos no mesmo look, eles são todos considerados clássicos. Ou seja, não importa a época, essas peças se mantêm na moda.

E o que uma peça de design precisa ter para alcançar o posto de clássico? Beleza, em primeiro lugar. Utilidade, boa aceitação, fácil assimilação. O trench coat, por exemplo, nasceu como uniforme do exército na Primeira Guerra Mundial e se mostrou um excelente casaco para além das trincheiras. O jeans, patenteado em 1873, era a roupa de trabalho dos mineradores, e continua caindo muito bem fora das minas.

Nada do que é produzido hoje em dia imita exatamente os seus exemplares originais. A força do clássico é esta: a capacidade de se atualizar sem perder a essência. O Fiat 500e, que chega ao Brasil neste início de mês, segue a mesma trajetória. A terceira geração do modelo clássico é tão atraente quanto a sua original, dos anos 1950, mas não mora no passado. Ao contrário, propõe uma revolução na mobilidade com seu motor elétrico de zero emissão de CO2 no meio ambiente, além de inovações tecnológicas que posicionam o automóvel na vanguarda.

Quilômetros de história

O novo Fiat 500e.

O novo Fiat 500e.

Parafraseando uma expressão bem brasileira, é preciso comer muita pasta e fagioli para alcançar o posto de ícone. E isso o compacto da montadora italiana já fez. Nascido em 1957, o modelo foi encomendado pelo então diretor da marca para atender ao chamado do período do pós-guerra: um carro acessível e utilitário, que faria todo sentido para um país que celebrava seu renascimento econômico, que exalava otimismo e aspirava liberdade e progresso social.

Lançado no verão daquele ano com uma pequena capota de lona – para economizar ferro, material caro na época –, o Cinquecento era puro charme. O carro foi um sucesso avassalador que, em pouco tempo, tornou-se símbolo da dolce vita. Assim como a famosa cafeteira Bialetti e a motoca Vespa, a Fiat cravou com o 500 mais um clássico do design nacional, que extrapolou as fronteiras da Itália para conquistar toda a Europa – e em seguida, o mundo.

Em 2007, a segunda geração foi lançada, novamente com sucesso. Maior e mais alto, o carro modernizado não deixava de conversar com as linhas originais, mas sem deixar dúvidas sobre o momento em que vinha ao mundo: no meio da primeira década dos anos 2000, com design arrojado, motor esperto e acabamentos de luxo acessível. “O fio condutor entre os modelos não é a nostalgia, é a invenção”, declarou na época Roberto Giolito, responsável pelo redesenho. Em 2019, o modelo alcançou a marca de 3 milhões de unidades vendidas.

Se originalmente a demanda por um carro pequeno, bonito e funcional era para aumentar a mobilidade, agora é por sustentabilidade. Em 2020, depois de um período de teste em um modelo híbrido, o 500 chegou ao mercado europeu 100% elétrico – e eletrizante: as linhas lembram formas esculpidas em um túnel de vento, o que dá ao carro um ar retrofuturista. O fator desejo vai além das formas, já que o automóvel não depende de combustível derivado de petróleo, sem, com isso, perder em desempenho. Vai de 0 a 100 km/h em 9 segundos e tem autonomia de 460 km com carga completa. Em até 35 minutos é possível fazer uma recarga de emergência de 80% da bateria.

Os detalhes que fazem a diferença – uma marca do Fiat 500 – também aparecem em versão 2021: agora a abertura das portas se dá por apenas um toque; a central tem painel de 10,25 polegadas; há interação via comando de voz e assistentes virtuais com sugestão de rotas para pontos de carregamento, além de conforto acústico e agilidade. Assim como o jeans com a modelagem certa é capaz de atualizar o visual, o Fiat 500e não deixa dúvidas: é close certo.

Mais do que donos, fãs

data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/CR1aKzJLG3N/" data-instgrm-captioned data-instgrm-version="4" style="background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:658px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);">

“Qual é o apelido do seu Cinquecento?”, diz a pergunta num fórum online brasileiro. Valentino, Tchi, Bambino e Luigi são algumas das respostas. O fórum é um bom exemplo do tipo de relação que os donos do Fiat 500 constroem com o carro: mais do que um utilitário, e muito mais do que um meio de transporte, o modelo é uma compra à qual os donos se afeiçoam.

No Instagram, pipocam perfis dedicados ao carro, criados e seguidos por fãs declarados. Na hashtag #keepcalmanddrivea500, o carro é cenário para selfies e fotos de moda, é flagrado embelezando paisagens já naturalmente belas, e ganha até vela de aniversário de 5 anos.

Por ali estão perfis como o @fiat500lovers, que reposta fotos do carro em todos os cantos do mundo, ou o @500clube, que reúne fãs brasileiros do modelo. Em tempo: como se não bastasse o próprio carro, é comum ter uma miniatura do modelo em casa. That’s amore!

Ícone que é ícone…

– Em 2017, um exemplar de 1968 do Fiat 500 foi adicionado ao catálogo do Museu de Arte Moderna de Nova York.

– Bvlgari, Giorgio Armani, Kartell, Riva e Gucci são algumas marcas italianas que já assinaram customizações luxuosas do compacto.

– No filme Carros, da Disney, o borracheiro Luigi é um clássico Cinquecento amarelo.

– Quantas pessoas cabem num Fiat 500? Resposta: 14 pessoas. O feito de estudantes franceses, num modelo 1972, foi parar no Guinness World Records.

– Em 1959, Dante Giacosa ganhou o Compasso d’Oro pelo desenho do Fiat 500. Foi a primeira vez que o prestigiado prêmio de design industrial foi entregue a um designer automotivo.

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes