Os destaques da primeira coleção de Daniel Lee para a Burberry
Em sua estreia na Burberry, Daniel Lee lembra a tradição da marca britânica de desbravar territórios para desenhar o futuro da casa.
Conteúdo apresentado por Burberry
Em fevereiro de 2023, artistas, imprensa e compradores estavam reunidos para o desfile sob uma tenda no meio do Kennington Park, em Londres. Daniel Lee estreava na Burberry e a expectativa era alta.
O estilista havia chegado à casa em outubro de 2022, após uma escalada de quase cinco anos ganhando destaque por seu design e reconhecimento da crítica especializada na forma de quatro British Fashion Awards.
Nascido em Yorkshire, Inglaterra, ele cresceu perto da fábrica de trench coat da Burberry, estudou na prestigiada Central Saint Martins e passou por grifes como Maison Margiela, Bottega Veneta e Celine (da era Phoebe Philo).
Os seus modelos do inverno 2024 avançaram na passarela como jovens exploradores – mas, vale dizer, carregando apenas peles falsas. Um spoiler havia sido dado: assim que chegou, Lee redesenhou o Equestrian Knight Design (EKD), logotipo da Burberry criado por volta de 1901, em que um cavaleiro segura um estandarte com a palavra Prorsum, que em latim significa “para a frente”.
A Burberry, afinal, é a marca do trench coat que protege da chuva. Trata-se da roupa usada para sair de casa, explorar o mundo de fora, para além das portas. A expedição nem sempre é selvagem, às vezes é urbana, e nem sempre é literal, mas aponta para o novo, o desconhecido, o futuro.
O trench ganhou um corte oversized, garantindo maior liberdade. As tradições adquirem outra roupagem nessa nova viagem de Lee, mas sempre com uma ode a elementos britânicos. É o caso da imagem da rosa inglesa e de xadrezes do tipo tartan e argyle.
O bom humor, que as redes sociais pedem, fica a cargo do pato. Repetido, o animal cria um padrão gráfico, mas também vira um gorro para usar no pub ou fazer graça no TikTok. De acordo com Lee, não é necessário filosofar muito. O bicho é bem britânico, ponto final. E um pouco de graça faz bem.
O sotaque britânico também está nos kilts, em detalhes como os tassels e o aran, aquele zigue-zague presente em suéteres, além do leve aceno ao punk, principalmente nas camisetas estampadas com os dizeres “the winds of change”.
Esses ventos de mudança, com a chegada do estilista, ficam evidentes nas cores vibrantes. Púrpura, vermelho, amarelo, verde e a nova cor da marca, o Knight Blue, chegam para dar um pouco de descanso ao bege.
Destaque também para os acessórios, pelos quais Daniel Lee é famoso. As clutches de couro maleável em espiral, lembrando as pétalas de uma rosa, assim como as shield e knight bags inspiradas no EKD, prometem virar um hit.
Os sapatos vão de mules com detalhes peludos a botas de borracha. A variedade de itens ainda conta com maxigorros, para tampar as orelhas, meias-calças coloridas, para cobrir as pernas, e cachecóis que envelopam o corpo todo.
Existe todo um mundo de possibilidades lá fora, Daniel Lee nos lembra. E ele está determinado a nos vestir para essa aventura. Prorsum, ou melhor, em frente!
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