Pequeno Glossário da moda sustentável

Empreender sem levar em conta o cuidado com o meio ambiente está fora de questão nos dias de hoje, certo? Confira se você está atualizado com nomes, termos e iniciativas ligadas à sustentabilidade na moda.


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CONTEÚDO APRESENTADO POR SANTANDER

Se por um lado os novos tempos nos serviram memes e piadas mil via rede mundial de computadores, por outro, o da vida real, exigiu responsabilidade. Atualmente, essa é a palavra-chave para falar de negócios e empreendedorismo.

Mas, em 2021, a palavra responsabilidade compreende muito além do cuidado com as finanças. Encontrar soluções para fazer da indústria da moda um setor menos poluente e com relações de trabalho mais justas é questão de primeira importância para empresas de quaisquer tamanhos. Por isso, preparamos um guia iniciante, com os nomes, palavras, termos, instituições e certificações que fazem parte desse universo.

Ajudar a trilhar o caminho que leva ao sucesso é o objetivo do Santander + ELLE Consulting, uma jornada de conhecimento feita sob medida pelo Santander, o banco que incentiva o empreendedorismo desde os primeiros passos, e a ELLE, o veículo de moda que é ligado em inovação e novos talentos. Confira a seguir a quantas anda o seu vocabulário de moda e sustentabilidade.

Moda circular

Quando uma peça é criada, transportada, vendida, usada e descartada, está obedecendo um esquema de produção linear. A moda circular – parte da economia circular – olha para o ciclo da produção desde a criação (origem dos materiais, mão de obra), até a condução do descarte, buscando sempre o reaproveitamento. A ideia é ser o mais transparente e ético possível com as relações sociais e com o meio ambiente, de modo a diminuir a extração de recursos, a poluição, a exploração no trabalho e o consumo desenfreado.

Upcycling

Recurso da moda circular, o upcycling agrega novo valor às matérias primas em bom estado, mas vistas como rejeitos pela indústria. Construir uma nova peça de roupa a partir de uma já existente era coisa de gente “criativa demais” até não muito tempo atrás. Hoje, já se entendeu que é coisa de gente inteligente e visionária, capaz de produzir moda com baixo impacto para o meio ambiente, criando alternativas para o descarte de tecidos e aviamentos.

Second hand

O nome em bom Português é “de segunda mão”, conhece? A atividade de vender e comprar peças usadas também é parte da solução proposta pela economia circular. As bolsas de grife são um clássico do setor. Além de brechós bem organizados, com pegada de curadoria (cada vez mais comuns), marcas de luxo passaram a apostar no mercado, revendendo as peças usadas de sua própria etiqueta.

Tecido sustentável

Os tecidos e materiais sustentáveis são obtidos de algum reaproveitamento de resíduos (soja, casca de laranja, casca de abacaxi), ou a partir de alguma tecnologia que consiga diminuir o tempo de degradação na natureza, ou de uso de água para a sua produção. Modal e Liocel sustentáveis, feitos a partir de celulose, ou o algodão orgânico, produzido com menos água e sem agrotóxicos, são alguns exemplos.

Slow Fashion

O oposto do fast fashion, o movimento slow fashion defende uma produção de moda não só menos acelerada, mas mais transparente, aproveitando o máximo de recursos e fornecedores locais, além de incentivar o prolongamento da vida útil das peças e o preço justo. Reformar, consertar e usar por mais tempo – em oposição ao senso de descartável imposto pelo fast fashion – são atitudes aplaudidas pelo movimento.

Rastreabilidade

Sabe aquela etiqueta que mostra quem fez a sua roupa? Ela é um exemplo de rastreabilidade, ou seja, a capacidade de mostrar por onde passou, quem produziu, como uma peça de roupa chegou até o consumidor. Essa etiqueta, no entanto, não prova muita coisa: a foto de um funcionário não é garantia de que ele tenha boas condições de trabalho, ou de seja justamente remunerado, por exemplo. As questões da rastreabilidade começam com a complexidade da transparência do sistema de produção: além da tecelagem que fornece o tecido, a roupa passa por uma oficina de corte e costura, por outra que faz o tingimento, e outra que faz um beneficiamento específico, como o bordado. Até a peça ficar pronta, terá passado por muitas mãos, lugares e processos, o que dificulta refazer o trajeto.

Greenwashing

Quando uma empresa exagera, distorce ou oculta fatos para parecer preocupada com a sustentabilidade e o social, ela está praticando o greenwashing (algo como lavar, ou cobrir, de verde), termo criado ainda nos anos 1980 para definir a prática que engana o consumidor para vender mais, ou ganhar mais valor de mercado. Um caso possível: anunciar que faz um produto vegano, mas não explicar que importa esse produto lá de longe (o que gera impacto ambiental). Escrever na etiqueta palavras como “ética”, “moda consciente” e “eco-friendly”, mas sem explicar quais são as ações praticadas nesse sentido, é outra pegadinha.

Acordo de Bangladesh

Rana Plaza é o nome do edifício que desabou em Bangladesh em 2013, matando 1.134 pessoas e deixando feridas mais de 2.500. O prédio reunia oficinas de costura terceirizadas por grandes marcas, como Mango, Benetton e Primark no país conhecido por oferecer mão de obra barata. A tragédia resultou em algumas ações importantes, que continuam reverberando na indústria. Uma delas é o Acordo de Bangladesh, que apertou o cerco da responsabilização das fábricas e marcas para garantir inspeções de segurança contra incêndio e desabamento, além de melhorias para a saúde e segurança dos trabalhadores.

Fashion Revolution

O movimento Fashion Revolution está intrinsecamente ligado à tragédia do Rana Plaza: sua criação marca o primeiro aniversário do desastre que vem provocando mudanças inéditas nos rumos da produção de moda. A ideia é provocar um questionamento que incomoda muito a indústria ao incentivar o uso da hashtag #QuemFezMinhasRoupas. A frase ganha largo alcance anualmente, em mais de 100 países. O Índice de Transparência na Moda é outro braço de atuação do movimento. O relatório analisa como os processos e práticas sociais e ambientais das marcas participantes são tornados públicos.

Global Fashion Agenda

A indústria da moda é responsável por 20% da poluição da água no mundo todo. E por 3% a 10% das emissões de gases de efeito estufa. O volume de peças produzido é tanto que 40% delas são vendidas com desconto. Esses dados estão no Fashion on Climate, um dos relatórios elaborados pela Global Fashion Agenda, criada na Dinamarca em 2016. A ONG também organiza o Copenhagen Fashion Summit, evento anual que reúne grandes players da indústria para discutir soluções para a questão da sustentabilidade na moda.

Selo Eureciclo

Garantir que no mínimo 22% das embalagens geradas por uma empresa sejam recicladas (mínimo previsto em lei) é o trabalho do Selo EuReciclo, uma solução de logística reversa que funciona com base em compensação ambiental. Hering, Santaconstancia, Pantys, Hope e Ida são algumas das centenas de empresas nacionais que usam o serviço.

Sistema B

Insecta, Reserva, Vanessa Montoro e Bem Glô são algumas das empresas de moda brasileiras certificadas pelo Sistema B, criado em 2006 nos Estados Unidos. O movimento global pretende redefinir o que é sucesso econômico: além do êxito financeiro, ele passa a considerar o bem-estar da sociedade e do planeta como índices. As empresas credenciadas estão comprometidas não apenas em reduzir impactos negativos, mas gerar impactos positivos no que diz respeito a igualdade social e cuidados com o meio ambiente, entre outros.

Santander + ELLE Consulting

Um dos propósitos da plataforma Santander + ELLE Consulting é jogar luz sobre o empreendedorismo de moda, inspirando e orientando quem sonha em começar um novo negócio, ou já tem um plano em andamento e precisa de suporte para prosperar.

O Santander Brasil é o Banco da Moda porque investe no desenvolvimento e na democratização de soluções financeiras para apoiar o segmento, um dos maiores empregadores do país. O Banco atua na realização dos negócios em toda a cadeia produtiva, desde costureiras, designers e estilistas, até as grandes marcas da indústria e comércios de vendas de roupas, calçados e acessórios como mostramos no #Movimento. As ações em relação à Moda e os patrocínios evidenciam, ainda, valores fundamentais para a instituição, como inclusão, diversidade, sustentabilidade e também empreendedorismo como nos cursos do Santander + ELLE Consulting.

Em 2021, a segunda edição do projeto traz uma série de três masterclasses exclusivas, com nomes fortes do mercado. Dominique Oliver (CEO da Amaro) vai falar de estratégias centradas no consumidor e expansão de negócios. A estilista Flavia Aranha retoma sua trajetória para ensinar como criar um ecossistema de impacto positivo na moda. O consultor de negócios Felipe Albuquerque (Santander) mostra as oportunidades do universo digital ao empreendedorismo. Além dos cursos completos, há três palestras gratuitas programadas e reportagens sobre o tema aqui no site da ELLE.

 

 

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