Agroecológico e nordestino: camiseta feita de algodão mais sustentável é lançada pela Riachuelo no Carnaval 2025

O Carnaval baiano será palco para a estreia da malha agroecológica, que integrará um novo portfólio de básicos oferecido pela Riachuelo este ano


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CONTEÚDO APRESENTADO POR RIACHUELO

O Carnaval é um momento em que todos os olhares se voltam ao Brasil – para as escolas de samba que cruzam as avenidas, para os bloquinhos que enchem as ruas, para os trio elétricos e camarotes que marcam a folia baiana. Por isso, não há ocasião melhor para lançar um novo projeto e começar uma conversa, ainda que de forma indireta. Com esta deixa em mente, a Riachuelo lança no Expresso 2222, célebre camarote criado por Gilberto Gil e sua família, seu primeiro produto de algodão 100% agroecológico, cultivado com práticas regenerativas no interior do Rio Grande do Norte.

O algodão, que em breve estará presente em uma nova linha de básicos da Riachuelo, estreia no Carnaval em seis mil camisetas desenvolvidas especialmente para os convidados do camarote. “Existe uma vontade de furar a bolha e de levar a sustentabilidade para contextos inusitados”, explica Taciana Abreu, diretora de sustentabilidade do grupo, sobre a decisão. “Ao mesmo tempo, a Riachuelo é nordestina (a empresa foi fundada em Natal, no Rio Grande do Norte). Esse algodão é nordestino e o Carnaval também está conectado com a cultura nordestina, então fazia sentido”, continua ela.

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O algodão agroecológico

O lançamento das camisetas é a materialização de uma história iniciada em 2022 a partir do Projeto Agro Sertão, que buscava reintroduzir o cultivo do algodão no estado. “Essa matéria-prima era a principal fonte econômica do Rio Grande do Norte antes da década de 1980. Tanto que você pode ver a flor de algodão na nossa bandeira”, comenta Renata Fonseca, engenheira têxtil e gerente do Instituto Riachuelo, instituição apoiadora desse programa e de outras iniciativas socioeconômicas no Nordeste.

“Mas a praga do bicudo-do-algodoeiro dizimou por completo esse tipo de produção, e muitas famílias ficaram descrentes. Em 2021, resolvemos retomar a conversa com os agricultores e resgatar essa história, mas de uma maneira totalmente  diferente”, diz Renata. Agora, mais de 143 famílias agricultoras, pertencentes a 15 municípios do Seridó, produzem o algodão sem irrigação (a água é proveniente apenas da chuva) e sem agrotóxicos. O produto é aproveitado integralmente – a pluma vai para a fiação, as sementes servem para a alimentação animal e os restos da cultura funcionam como adubo.

“Hoje, os próprios agricultores produzem seus defensivos naturais, os biofertilizantes, para plantar o algodão com feijão, com milho e com gergelim, cultivos que servem de alimento para eles e que também melhoram a saúde do solo”, continua a engenheira sobre o processo holístico. “É uma quebra de paradigma. Eles vêm de uma forte cultura do agrotóxico, mas estão mudando um comportamento e observando seus diferentes frutos”, comemora Renata. A missão agora é ampliar o projeto, que está em sua terceira safra, abraçar novos agricultores locais e, claro, ver o resultado desse cultivo na vida prática.

“Os agricultores e suas comunidades poderão ver seu trabalho transformado em camisetas. Será um momento de muita alegria. Eu, que sou nordestina, estou morrendo de orgulho desse feito”, completa Renata.

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O próximo capítulo

Mas a história não se encerra no Carnaval do Expresso 2222. Em maio, o algodão agroecológico será a estrela de uma linha de básicos que chegará para integrar o portfólio da Riachuelo. São camisetas femininas, masculinas e infantis de diferentes cortes e caimentos, apresentadas em cinco tonalidades (branco, verde-escuro, azul-escuro, rosa sépia e marrom), todas com tingimento natural à base de plantas.

O azul, por exemplo, é proveniente do corante natural da Anileira, planta original da Caatinga. O branco é próprio do algodão, o verde é oferecido pela clorofila, enquanto o rosa e o marrom são alcançados pela casca da Acácia Negra.

“Levamos a sério a questão da democratização da moda sustentável. O básico é perene, ele não é um modismo com data de validade. Você nunca vai entrar numa loja nossa e não se deparar com camisetas. Será um produto premium, a um preço acessível, no qual buscamos conquistar o público pela qualidade. Pelo toque, pelo conforto, além da sustentabilidade”, afirma Taciana.

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No Carnaval

Uma alternativa mais sustentável também se faz presente na ação da Riachuelo no Carnaval de Salvador. As estampas das camisetas do Expresso 2222 são feitas com tinta à base d’água, que é biodegradável e produzida com menos uso de água e de energia.

A redução do impacto no meio ambiente também está presente no design da camiseta de Carnaval. “A gente vê que muita gente corta a manga fora. Pensamos em oferecer duas silhuetas, a camiseta e a regata, já sem as mangas, para quem prefere assim. Desse jeito, esse resíduo não vai para o lixo e é tratado por aqui, onde temos mais controle”, explica a diretora de sustentabilidade.

“Hoje, 56% da produção global é de poliéster, que é sintético e não renovável, 20% de algodão e apenas 1% de algodão agroecológico. Estamos fomentando um mercado enxuto e escalando uma matéria-prima feita com muito cuidado e que beneficia tanto. A sensação é de estarmos construindo o futuro da moda”, finaliza Taciana sobre o passo dado em meio à alegria contagiante do Carnaval. Que venha para ficar.

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