SPFW N58: Artemisi 

No segundo desfile da Artemisi na SPFW, a estilista Mayari Jubini apresenta 26 looks que defendem a proposta de “high fashion” da casa. São superproduções que vão de longos de festa a um visual motorizado, com um esplendor de ferro giratório nas costas. 

“Não posso ter receio de falar isso: é o meu high fashion”, afirma a Mayari. “Não faço roupa para loja, faço roupa que tem um quê de arte. É um trabalho minucioso, com muito estudo por trás, em que cada peça tem uma história e é montada de um jeito especial.”  

O ponto de partida da vez foi o movimento de arte cinética, que nasce na década de 1950. Dele, vem a obsessão pelo futurismo, explorar materiais e muita vontade de retratar objetos em movimento e que são replicados aqui – até literalmente.

Artemisi. Foto: Agência Fotosite/Zé Takahashi

Artemisi. Foto: Agência Fotosite/Zé Takahashi

Artemisi. Foto: Agência Fotosite/Zé Takahashi

Leia mais: O desfile de estreia da Artemisi na SPFW. 

Paralelo ao uso da tecnologia, há também bastante trabalho manual. “São roupas que demoram meses para serem feitas. Até a nossa impressão 3D tem um grande processo feito à mão”, diz Mayari. Depois de impressa, a peça é lixada, pintada e envernizada. 

Um look repleto de flores prateadas, que parece de metal, foi, na verdade, montado à mão com um tecido acetinado, pétala por pétala. Os efeitos de vidro quebrado ou de água pingando em bustos e casacos, são pinturas feitas à mão. Há também visuais de tapete vermelho mais tradicionais feitos de lã, zibeline e seda. 

Não se trata de uma roupa para qualquer pessoa ou qualquer lugar, mas não é esse mesmo o intuito da Artemisi. “A ideia não é ser só roupa de show. Mas, sim, sempre de um momento importante para alguém, seja um aniversário, um evento excepcional ou simplesmente uma abertura sua para um lado mais fashion”, finaliza a designer. 

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