A estreia da Ateliê Mão de Mãe na SPFW

Neomarca baiana se inspira na ressignificação e na ancestralidade para début por meio do projeto Sankofa.


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Criada durante a pandemia, a marca soteropolitana Ateliê Mão de Mãe faz sua estreia na SPFW por meio do projeto Sankofa. Com nome de Ressignificar, a coleção não só representa o momento de reconstrução de seus fundadores, mas propõe um novo uso mais moderno e urbano para o crochê.

Idealizada por Vinicius Santana para ressignificar o artesanato produzido por sua mãe Luciene (e com ajuda do sócio Patrik Fortuna), a Ateliê Mão de Mãe trabalha o crochê por meio de modelagens próximas ao corpo, em uma cartela de tons terrosos e com aplicações de búzios, conchas e palha da costa, elementos que sempre estiverem presentes no trabalho da matriarca. Ela, aliás, é a responsável pela confecção das peças ao lado de duas outras crocheteiras, e dona da voz da narradora do filme fashion.

Ao som de pássaros e das ondas do mar, a Ateliê Mão de Mãe cria um mood de boas energias como os ventos baianos em sua apresentação. Trazem também referências do candomblé e da ancestralidade de seus criadores. “Essa é a nossa religião, então nos inspiramos em Iansã e Obaluaiê, traduzindo essas influências de uma forma moderna”, explica Vinicius. O filme remete a duas princesas africanas, filhas de um rei ancestral, que saem de seu reino na África e vêm estudar no centro de Salvador. Desse encontro, surgem vestidos, tops, saias, biquínis e macaquinhos de crochê sobrepostos por camisas oversized.

Para complementar, as conchas, búzios e palhas também arrematam os acessórios da coleção, ótimos statements para sintonizar com uma das falas de Luciene: “as pedras que tentaram colocar no meu caminho são as mesmas que constroem o meu castelo”. O da Ateliê promete ser gigante.

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