Dominic Skinner vem ao Brasil para o MAC Pro Summit

Conversamos com Dominic Skinner, o diretor artístico global da MAC e jurado do reality show Glow Up sobre sua vinda ao país


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Foto: Divulgação



Pela primeira vez no Brasil, acontece em São Paulo, nos dias 14 e 15 de abril, o MAC Pro Summit. O evento – que já passou por diversos países – desembarca por aqui em versão turbinada, a maior que a marca já levantou. Em frente a um público de 1500 pessoas, Dominic Skinner – diretor artístico global da MAC e jurado do reality show de beleza Glow Up (BBC/Netflix) – vai dar uma masterclass e um workshop contando todos os seus segredos de beleza. Com valores começando em 1,4 mil reais, os ingressos estarão à venda a partir do dia 1º de fevereiro pelo site da MAC que também oferecerá pacotes que incluem meet & greet e jantar com Skinner. À ELLE, ele concedeu uma entrevista exclusiva que você confere a seguir

Direto de Londres, Dominic Skinner fala com exclusividade à ELLE Brasil – enquanto tenta acalmar seu gatinho, Fletcher. Confira o papo na íntegra:

Conta mais sobre o MAC Pro Summit, o que a gente pode esperar dele?

Nossa, tenho tanto a dizer sobre ele. Acho que a melhor maneira de explicar seria dizendo que ele é uma grande reunião, um encontro verdadeiro, de quem ama a maquiagem. Não importa se você trabalha com noivas, ou com publicidade, ou com maquiagem social… Todos os tipos de maquiadores são bem-vindos. É um local de aprendizado, de troca genuína entre pessoas que pensam parecido. A gente sai de lá se sentindo menos sozinho no mundo, mais reconhecido pelo trabalho que fazemos. É muito especial. Recentemente, fizemos o MAC Pro Summit no México e até agora eu estou absorvendo tudo o que vivemos naqueles dois dias.

Como começou o seu amor pela maquiagem?

Curiosamente, não foi uma coisa muito planejada. Eu sabia que queria fazer algo artístico, com as mãos – sempre tive boa habilidade com elas. A maquiagem, contudo, nunca tinha sido meu objetivo de fato. Era algo que me acompanhava no background da minha vida. Lembro da maquiagem da minha mãe, lembro de maquiar atores amadores quando era mais jovem, mas tudo sem compromisso. Com o tempo – e estudando escultura e pintura, que são as minhas especializações –, fui me apaixonado por figuras que usavam a maquiagem como uma forma de se expressarem artisticamente: David Bowie, Boy George, Madonna… Com isso, acabei fazendo uma transição muito natural para esse universo.

Quando e como o seu caminho cruzou com a MAC?

Eu conheci a MAC há muito tempo, quando estava começando a trabalhar e, naquela época, era muito nítida a superioridade dos produtos da marca em comparação ao restante do mercado. E, como todo freelancer precisa de um trabalho meio-período, eu achei que seria legal entrar na MAC por esse caminho – dada a minha afeição pelos seus produtos. Passaram-se 20 anos e eu ainda estou lá. Não é à toa, claro. Acho que eu sempre me senti meio fora de órbita em qualquer grupo que eu participei no decorrer da minha vida. No entanto, na MAC, eu encontrei uma família. Eles me celebram quando eu acerto, e me apoiam quando eu erro. Estão do meu lado, me deram mil oportunidades de trabalhar em diferentes frentes. Sou estimulado a sempre tentar algo novo e a não temer a falha – acho que isso é muito importante e raro hoje em dia.

O seu novo livro (Glowography: A Practical Guide To New Makeup – ainda sem editora no Brasil) também fala bastante sobre a importância da tentativa e erro, não?

Exatamente, eu queria escrever um livro que convencesse as pessoas de tentarem coisas novas, coisas diferentes… Tem um capítulo inteiro dedicado a experimentações. Por lá, eu convido o leitor a se maquiar dos jeitos mais malucos possíveis – só para ver no que dá, só para destravar a mente das convenções do que deveria ser a maquiagem. Esse é o começo de qualquer processo criativo, é assim que as grandes ideias aparecem. Depois de entender esse impulso, a gente começa a refinar a proposta de beleza que queremos executar. Portanto, na sequência, tem todo um capítulo só sobre técnica. E, aliás, foi um processo muito gostoso – acredito muito no livro, na qualidade tátil dele, na experiência que ele proporciona – e amei que pude chamar tantos amigos para trabalhar junto comigo em sua composição. Tem uma foto da minha mãe em uma das páginas, a minha amiga Kitty Scott-Claus – que é drag queen – também aparece. É um livro muito meu.

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E você já pode nos revelar algo a respeito da próxima temporada de Glow Up?

A gente começou a gravar hoje, acredita? Por isso que estou todo maquiado desse jeito. E, para te dizer a verdade, acredito que esta seja a melhor temporada que já produzimos. Especialmente na qualidade e diversidade dos desafios. Eles vão fazer tapete vermelho, teatro musical, videoclipes, televisão, vai ser uma loucura!

dominic skinner

Dominic Skinner com a cantora Kylie Minogue Foto: Reprodução / Instagram

Recentemente, você assinou a maquiagem de Burlesque, musical que estreia no West End, em Londres, ainda neste ano. Como foi essa experiência?

Foi uma oportunidade tão legal! Confesso que estava querendo ficar um pouco na minha – dado que engatei uma série de projetos um atrás do outro –, mas quando me chamaram, não resisti. Eu sou um grande fã de musicais. Vou ao West End, pelo menos, uma vez por mês. Fazer Burlesque foi muito legal porque eles me deram carta branca, praticamente. E, mais do que executar uma maquiagem, eu gosto de contar uma história. Então, por exemplo, a depender da profundidade do trauma de uma personagem, os olhos esfumados podem ser mais ou menos escuros, entende? Por sinal, é nesses momentos em que a gente percebe como é bom trabalhar com a MAC. Eu precisei de 71 frascos da base Studio Fix e eles imediatamente doaram para todo o elenco da peça, para que eles pudessem continuar executando o make que eu criei no decorrer das apresentações. E, claro, tem o tom exato de cada uma das integrantes do elenco.

Que incrível! Para fechar, queria saber um pouco das suas expectativas a respeito do Brasil.

Estou extremamente animado. Curiosamente, por alguma razão que não me lembro, acabei estudando muito sobre São Paulo na faculdade. Então, sinto que conheço a cidade mesmo ainda não a tendo visitado. E essa vai ser uma das maiores versões do MAC Pro Summit que a gente já fez. Estamos falando de um público de 1500 pessoas! Mal posso esperar.

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