Oriba completa 11 anos com consistência e qualidade
Lançada em 2014, a marca de moda masculina Oriba conquistou posição de destaque no mercado ao oferecer itens básicos do guarda-roupa com qualidade, responsabilidade e roupas que fazem a diferença.
CONTEÚDO APRESENTADO POR ORIBA
“A gente queria fazer roupas que as pessoas quisessem usar, mas de um jeito um pouco mais responsável”, diz Rodrigo Ootani, CEO e sócio fundador da Oriba. Na verdade, a intenção inicial nem era criar uma marca de moda masculina. Era ter um negócio que fizesse a diferença, no caso, que tivesse algum impacto positivo na sociedade. A primeira ideia tinha a ver com reciclagem. O setor, porém, é gigantesco e bastante complexo de adentrar. Foi quando a educação de base apareceu na jogada.

Oriba, coleção Oásis. Foto: Divulgação
Nos seus primeiros cinco anos, a Oriba doou 100 mil kits escolares em parceria com a organização não governamental Obra do Berço. A iniciativa funcionava em esquema 1×1 (uma doação por produto vendido). Com o crescimento, a prática ficou insustentável. “Era a gente mesmo que saía para comprar o material, montava os kits e entregava nas instituições parceiras”, fala Paulinho Moreira, outro sócio fundador e CBO (Chief Brand Officer) da etiqueta. A atuação foi ampliada com uma parceria com a UNICEF. Desde 2021, 1% das vendas é destinado ao fundo das Nações Unidas para apoiar projetos de educação que beneficiam crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Na foto de cima, o DJ Zegon e Karol Conká na festa de 11 anos da Oriba. Na foto de baixo, o DJ KL Jay no mesmo evento. Foto: Divulgação
“Mas no fim das contas, ninguém quer comprar uma roupa só porque a marca apoia a educação. As pessoas compram porque a roupa é boa, porque dura”, continua Paulinho. “A sustentabilidade vem junto a isso tudo, não como diferencial, e, sim, como parte fundamental de todo o processo.” Para os sócios, a responsabilidade ambiental não se resume a zerar emissões de carbono, utilizar tecidos orgânicos ou reciclados e colecionar certificações. Trata-se de repensar o consumo e a mercadoria ofertada. A lógica é simples: uma peça de boa qualidade, com vida útil prolongada e capaz de se adaptar a diversas ocasiões, reduz a necessidade (ou impulso) de comprar e descartar mais. E não é algo intuitivo, é empírico.

Peças da Oriba. Foto: Divulgação
A Oriba foi lançada em 2014 por Paulinho Moreira, Rodrigo Ootani e Marcelo Collis (hoje fora da sociedade). Os três se conheciam há tempos e trabalhavam nas áreas de publicidade, relações públicas e produção de eventos. “Quando a gente começou, nem eu nem meus sócios éramos desse meio”, diz Ootani. A moda foi uma escolha estratégica baseada em estudos de mercado – e também em algumas frustrações pessoais. “Sempre comprei muita camiseta básica brasileira, e percebi que a minha pilha de pijamas estava ficando maior que a de camisetas que eu usava para sair”, relata Paulinho. Era difícil encontrar um produto de alta qualidade e preço justo – e em real. A chave virou.

Paulinho Moreira e Rodrigo Ootani, sócios fundadores da Oriba. Foto: Divulgação
O trio desembolsou cerca de 100 mil reais para colocar a empresa de pé. Cinco anos depois, veio um investimento de aproximadamente 1 milhão de dólares do Global Founders Capital, um fundo europeu especializado em startups. Em 2022, a Shoulder, uma empresa de moda nacional com 45 anos de atividade, adquiriu uma participação minoritária na Oriba por 9 milhões de reais. A incorporação total estava prevista para 2028, mas os resultados foram tão promissores que a aquisição completa aconteceu já no ano seguinte, pela mesma quantia de dinheiro. Hoje, o que nasceu como uma operação nativa digital tem sete lojas físicas e previsão de algumas mais.

Oriba, coleção RePET. Foto: Divulgação
Curiosamente, a grande sacada foi colocar a roupa acima da moda. Na prática, focar em peças menos “inventivas” e mais funcionais, daquelas que a gente sempre precisa, pau para toda obra, só que com aparência atual e bem acabada. “Nosso viés é mais técnico. Queremos trazer inovação em qualidade e design”, afirma Paulinho. Aqui, os lançamentos são menos frenéticos – apenas dois por ano. Há uma maior continuidade de estilo, modelagens e categorias de produtos. Existem também variações de comprimento e outros detalhes de um mesmo item.

Na primeira foto, o DJ KL Jay na festa de 11 anos da Oriba. Na segunda, o bar Matiz, onde aconteceu a comemoração. Foto: Divulgação
Os sócios descrevem o modelo de negócio como baseado em recorrência e necessidades. (Via de regra, o mercado é movido por substituição e desejos.) “É aquela roupa que você vai buscar no varal ou na máquina de lavar porque sabe que ela te dá segurança e conforto para trabalhar, para sair ou qualquer outra coisa. Não queremos fazer roupas para usar só naquela única festa”, fala Paulinho.

Oriba, coleção RePET. Foto: Divulgação
A visão esbarra na ideia de essência. O que, em alguma medida, se conecta à noção de básicos. Tem a ver também com princípios e valores. E os da Oriba são bem sólidos. Desde o início, a marca entendeu que precisaria comprometer parte da sua margem de lucro para garantir uma produção responsável ambiental e socialmente. Hoje, quase todo o algodão usado é orgânico e cultivado por agricultores familiares na Paraíba. As fibras sintéticas são recicladas e o jeans conta com processo de reaproveitamento e tratamento de água para minimizar os impactos na natureza. Com a associação à Shoulder, tais práticas começam a ser implementadas nas outras grifes do grupo.

A festa de 11 anos da Oriba, no bar Matiz. E o DJ Raphael Fidelis. Foto: Divulgação
As qualidades atemporal, básica e funcional implicam uma maior abertura para expressões de personalidade. Não são roupas imbuídas da identidade de seu criador. Pelo contrário, são quase como telas em branco ou plataformas para construções de quem as veste. Com experiências e conhecimentos acumulados nos anos de publicidade e relações públicas, Ootani e Paulinho souberam trabalhar com destreza tal potencial por meio do apoio e parceria a artistas e eventos musicais.

Oriba, coleção Oásis. Foto: Divulgação
A mais recente delas aconteceu na noite de terça-feira (18.11), no Matiz, no centro de São Paulo. A festa, em comemoração aos 11 anos da label, juntou amigos, parceiros e clientes ao som dos DJs KL Jay, Raphael Fidelis, Zegon e da cantora Karol Conká.

João Guilherme e Renan Justino. Foto: Divulgação
A conexão cultural tem raízes familiares para um dos sócios. O pai de Paulinho, William Santana, é músico e integrante da banda Placa Luminosa, que abriu o primeiro Rock in Rio, em 1985, com Ney Matogrosso. “O visual tem uma importância muito grande na apresentação e na produção de um artista”, argumenta William. “E ele estava lá, desde pequeno, observando tudo.” Foi uma escola, sem dúvidas. “Como a moda, a música é uma maneira de se expressar. O que a gente quer é mostrar como nossa roupa pode se adaptar a estilos diferentes e ajudar a contar histórias”, finaliza o filho.
Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes



