“O homem do norte” marca o retorno de Björk às telas, acompanhada por elenco de peso

Nicole Kidman, Anya Taylor-Joy e Ethan Hawke também estão no épico viking, primeira investida de Robert Eggers, diretor dos elogiados A bruxa e O farol, em superproduções.


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A busca por vingança move a trama do terceiro longa-metragem de Robert Eggers, diretor estadunidense que ganhou destaque – e uma legião de fãs – por seu trabalho autoral em A bruxa (2015) e O farol (2019), ambos vinculados a outro nome de sucesso, a produtora A24.

Em O homem do norte, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (12.05), Alexander Skarsgård (Big little lies) interpreta Amleth, um príncipe viking que presenciou o pai, o rei Aurvandil (Ethan Hawke), ser brutalmente assassinado pelo tio, Fjölnir (Claes Bang), para assumir o trono – a trama é baseada na lenda escandinava que inspirou Shakespeare a escrever Hamlet. Para escapar do mesmo destino do pai, ele foge de casa e cresce esperando o momento certo de fazer justiça à sua família, além de salvar a mãe, a rainha Gudrún (Nicole Kidman), que agora vive com o tio.


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O filme também marca o retorno de Björk às telas desde que a cantora protagonizou Dançando no escuro, de Lars Von Trier, em 2000. Como parte da história se passa em cenários deslumbrantes da Islândia e bebe diretamente da cultura local, a cantora logo se interessou pelo papel de Seeress, uma entidade da mitologia nórdica que possui o dom de prever o futuro e que ajuda a traçar os planos de vingança de Amleth. “É bom finalmente ver as raízes de alguém tratadas com imaginação, inteligência e qualidade”, escreveu no Instagram Björk, que se apresenta no Brasil em novembro como uma das atrações principais do festival Primavera Sound. Isadora Bjarkardóttir Barney, filha da cantora com o artista Matthew Barney, faz uma rápida participação como uma das escravas das terras de Fjölnir. Em uma cena de funeral, a jovem canta com o músico dinamarquês Jonas Lorentzen.

Completando o elenco de peso, Anya Taylor-Joy (O Gambito da rainha) e Willem Dafoe (O farol) interpretam papéis que ganham importância ao longo do filme.

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O épico sangrento é a primeira parceria do diretor com um grande estúdio de Hollywood, com um orçamento de US$ 90 milhões, número distante do que Eggers contou em seus primeiros projetos. Segue o cuidado do cineasta com a pesquisa histórica, destaque tanto em A bruxa quanto em O farol. Eggers divide o roteiro com o escritor islândes Sjón Sigurdsson, parceiro de Björk em composições como “I’ve seen it all”, de Dançando no escuro, indicada ao Oscar de melhor canção original em 2001.

Chocante pela violência, repleto de cenas visualmente impactantes e mais longo do que poderia ser, O homem do norte já ultrapassou US$ 50 milhões nas bilheterias mundiais desde o seu lançamento. Resta saber se o público fiel de Eggers também vai abraçar essa nova fase do diretor.

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