As 12 tendências mais importantes do inverno 2022
Após um mês de desfiles, selecionamos tudo o que você precisa saber para atualizar o look e o guarda-roupa na próxima estação.
A ideia de voltar à “normalidade” da última temporada, desfilada em setembro passada, depois de quase dois anos de apresentações digitais, definitivamente caiu por terra. Ainda bem. Apesar dos baques do início do ano, novos caminhos e possibilidades começam a se desenhar para um futuro no mínimo diferente. Para além dos likes e ondas de desejo das redes sociais, osdesfiles de inverno 20222, recém-terminados, trazem ideias muito bem-vindas para quem não quer só mimetizar looks da passarela, mas compor uma imagem e estilo próprio e coerente com o que bem entender.
A seguir, separamos os temas mais importantes e que devem bombar nos próximos meses. Vamos lá?
Rendas mil
Dion Lee.
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No inverno 2022, as rendas são tudo menos clássicas. Dion Lee, por exemplo, trabalhou com o material numa série de sobreposições de peças recortadas e ajustadas ao corpo. Já na Coach, elas chegam em versão quase romântica, em vestidinhos 60’s com corte em A, com golas Peter Pan e laços, mas sempre combinadas a bonés de couro e coturnos. Na Prada, elas ganham tratamento moderno de luxo em peças transparentes, tons intensos e um certo brilho. Na Miu Miu,também vimos o tecido em recortes que transparecem a lingerie por debaixo de camisetas pólo.
Franzidinha
Saint Laurent.
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O ruching, aquele efeito franzido, já vinha aparecendo pontualmente em algumas coleções e, agora, ganhou força total. Na Saint Laurent, os vestidos têm sua silhueta desenhadas por essa textura no torso, enquanto na Isabel Marant, ajudam a ressaltar os decotes. Na Altuzarra, é usado na cintura, ao lado de recortes.
Shearling
Diesel.
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Sabe aqueles pelinhos curtos que aparecem em golas, punhos e capuzes? Pois bem, chama shearling, foi muito usado nos anos 1970 e agora volta como uma das principais tendências para os dias mais frios. Na Coach, a técnica aparece não só nas jaquetas caramelo e em xadrezes, como também em saias midi. Glenn Martens fez sua estreia na Diesel com uma coleção cheia de reinterpretações do jeans – e os casacos são um destaque à parte, principalmente com o tal detalhe felpudo.
Bota acima do joelho
Bottega Veneta.
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Depois da supremacia dos coturnos e dos sapatos pesados com sola tratorada, é a vez (de novo) das botas acima do joelho. Elas dominaram a temporada em várias versões: mais justas, mais largas, de salto, sem salto, mais curtas e cobrindo quase toda extensão da perna. Na Chanel, ela vem em forma de galocha e é usada com meias de lã, enquanto na Bottega Veneta e na Balenciaga ela é mais ampla. Nos desfiles de David Koma e da Balmain, elas são bem coladinhas ao corpo e ganham texturas e aplicações de pedrarias.
Sensualidade no recorte
Nensi Dojaka.
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Os recortes e a pele de fora são uma resposta ao tempo em que muitos passaram dentro de casa por conta da pandemia. A onda, agora, é sensualizar. Em alguns desfiles podemos ver o ar sexy invadindo a coleção através de recortes bem posicionados, como na Collina Strada, na Area e, principalmente, no desfile de Nensi Dojaka, a estilista que popularizou os looks inspirados em lingeries que estamos vendo em todos os lugares.
Corset sem sofrimento
Versace.
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Os espartilhos ou versões adaptadas de sua estrutura foram um elemento recorrente ao longo de todo mês de desfiles. Um dos melhores exemplos é a coleção da Versace, com várias peças estruturadas, de vestidos até jaquetas puffer. Na Fendi, a cintura marcada ajuda a criar uma dualidade entre tecidos e peças encorpadas e saias superfininhas e transparentes. Mas esqueça os corsets que machucam e apertam o corpo. Vide os modelos da Proenza Schouler, feitos de tricô circular.
Alfaiataria no grau
Gucci.
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Mais um dos grandes destaques deste inverno 2022 é a volta da alfaiataria A vontade por peças elegantes, precisas e bem cortadas foi traduzida apareceu em quase toda coleção que importa: Peter Do, que colocou um toque de estranheza e de algo fora do lugar nos looks; Louis Vuitton, com as calças larguinhas e um quê adolescente rebelde, Hermès, Gucci, Raf Simons e com destaque especial para Saint Laurent.
Brilho máximo
Valentino.
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Na mesma vibe arrumação após dois anos de moletom e camiseta velha em casa, os paetês retornam com brilho máximo. Na Altuzarra, eles são enormes e decoram longos de gala, enquanto na Valentino eles aparecem em um macacão super sensual e recortado. Já na PatBo, grife brasileira que desfila em Nova York, os bordados já conhecidos da estilista mineira também chamam a atenção pelo tanto que reluzem. E na Erdem, esses paetês ganham camadas de tule transparente e um tom meio sombrio, mas ainda glamouroso.
Só no pézinho
Loewe.
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Lembra da calça fusô, aquela legging que tem uma alça que prende embaixo do pé? Ela está de volta! Na Dolce & Gabbana tem versões mais opacas e de fio mais transparente Na Loewe, a calça com pézinho ganha formas geométricas triangulares e quadradas protuberantes na altura dos joelhos.
Armadura para todo dia
Dior.
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Pode até parecer influência da guerra que se desenrola na Ucrânia, mas, na verdade, tem mais a ver com a batalha cotidiana de muita gente – e em vários sentidos. Na Dior, peças estruturadas foram feitas em parceria com a marca de acessórios de proteção D-Air Lab e têm aquecimento interno, acolchoamento e podem alterar silhuetas através de detalhes infláveis. Na Balmain, Olivier Rousteing aposta em matelassados, corsets e painéis metalizados dourados.
Regata branca
Prada.
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A peça parece básica demais para virar uma tendência, mas acredite, ela foi protagonista em alguns dos desfiles mais importantes da temporada. Na Prada, a regatinha branca canelada abriu e fechou o desfile, combinada a saias de diferentes tecidos e sobreposta por vestidos transparentes. Já na estreia de Matthieu Blazy na Bottega Veneta, o item aparece junto a calças “jeans” – que na verdade são de couro – e de alfaiataria larguinhas.
Bônus: Upcyling
Marine Serre.
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Não é exatamente uma peça ou um acessório, mas o upcycling é uma dessas tendências para ficar de olho. Em desfiles como Harris Reed, Matty Bovan e Marine Serre, o reaproveitamento de tecidos de luxo ou doados por marcas e produtores têxteis foi o que mais chamou a atenção, principalmente pela qualidade e excelência com que foi trabalhado. Para Harris Reed, as formas extravagantes para a noite ganham um bem-vindo toque de alfaiataria para o dia-a-dia em tecidos de qualidade altíssima. Já na coleção de Matty Bovan, ele usa tecidos doados por Vivienne Westwood, Adidas e outros para criar as silhuetas amplas que tanto gosta. Na Marine Serre, o reuso de descartes sobem para um novo patamar. A imagem é linda e o consumo ainda por cima é mais sustentável.
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