Qual é o sex toy da sua quarentena?
Enquanto para a maioria dos setores da economia o período da pandemia significa crise, quem vende produtos eróticos está vendo seu negócio crescer cada vez mais.
De acordo com um levantamento realizado pela Abeme (Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico), o setor dos brinquedos sexuais teve um aumento de 50% desde o início da pandemia do coronavírus. São mais de 1 milhão de acessórios vendidos ao redor do Brasil, 12% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Fora isso, a plataforma de comparação de preços Zoom & Buscapé divulgou que, desde janeiro deste ano, as buscas por esses itens aumentaram em 30%. Quando se fala de jogos eróticos, o aumento é de 41%. Curiosamente, os comestíveis parecem ser a tendência da vez: as buscas cresceram em 113%.
“Eu e todas as minhas amigas compramos vibradores no começo da quarentena”, ri Isadora Almeida, leitora de ELLE. Jogamos os dados acima no nosso grupo do Facebook (ELLE, o grupo) e perguntamos: quem também está entrando na onda? “Foram várias resenhas e discussões entre nós sobre os produtos em que acabamos investindo. No meu caso, escolhi um bullet, um rabbit e não lembro mais como é a vida sem ter um desses em casa”, continua. O Kelson Santos, que trabalha no marketing digital aqui da ELLE Brasil, também deixou seu comentário: “Comprei o lubrificante de Jambu e uma outra versão chamada Naked Taste. Ambos da Lubs, uma nova marca brasileira de sexual-care. Valeu bem a pena…”, garantiu.
As paulistanas Izabela Starling, 35 anos, e Heloísa Etelvina, 39, são as fundadoras da Panty Nova, um sex shop que ajuda mulheres a se descobrirem sexualmente não só com seus produtos, mas também com conteúdos que te ajudam a entender a melhor maneira de se adequar a cada tipo de vibrador. O site conta até mesmo com uma seção de contos eróticos. “Acho que é uma maneira de pensar uma alternativa à pornografia que não é tão objetificante”, diz Izabela. Incomodadas com a comunicação ineficiente e machista da maioria das marcas de sex toys, a dupla lançou o portal com e-commerce em 2018 para mudar essa narrativa colocando as mulheres em foco. Com mais de 170 mil seguidores no Instagram, a Panty Nova não para de crescer.
Os brinquedos sexuais mais desejados da quarentena
Sugador clitoriano, Satisfyer, R$ 497
Foto: Divulgação
Dildo Alpina G Perle, Panty Nova, R$ 85,00
Foto: Divulgação
Vibrador Dream Lover “Cordinha do amor”, Panty Nova, R$ 326,80
Foto: divulgação
Jambu Vibes, Lubs, R$ 99,00
Foto: Divulgação
Strapon, Panty Nova, R$ 88
Foto: Divulgação
Vibrador Rabbit Alvis, Panty Nova, R$ 165,00
Foto: Divulgação
“Eu acho que a pandemia obviamente impulsionou. As pessoas estão em casa, tem mais tempo para si. Não tem mais date… Então, acho que isso forçou todo mundo a se explorar”, explica Izabela antes de falar do aumento significativo em vendas de brinquedos de anal. “Era uma coisa que vendia pouco antigamente. Teve um crescimento gigantesco! Isso sem falar dos sugadores clitorianos.” No primeiro mês da pandemia, o Satisfyer (que é um dos modelos mais conhecidos desse tipo de brinquedinho) estava entre os três eletrônicos mais vendidos da Amazon. Um fenômeno mundial. Acho que isso está se naturalizando cada vez mais. Comprar um vibrador hoje é bem-estar, não é para ter aquele tabu todo em volta”, opina.
A versão do sugador que vem com uma parte penetrável é o preferido de Heloísa. “O meu é um toy que a gente chama de ‘cordinha do amor’. São duas cápsulas vibratórias unidas por uma cordinha. Dá para qualquer pessoa usar: sozinha ou acompanhada. Eu amo”, revela Izabela. “A gente recebe DMs no Instagram tão engraçadas… As pessoas se sentem tão à vontade e tão próximas que, de vez em quando, elas mandam até fotos (risos).” E você, já sabe qual é o seu brinquedinho favorito? Já que seguimos de quarentena, por que não se aventurar?
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