Chloé é a primeira marca de luxo a ganhar selo de sustentabilidade
Depois de mudanças realizadas sob o comando de Gabriela Hearst, marca agora é uma B-Corp.
A Chloé se tornou a primeira marca de luxo a se tornar uma empresa B-Corp — classificação que designa companhias que têm impacto ambiental e social positivo. A certificação está nos planos da grife desde o ano passado, quando adotou materiais mais sustentáveis para a fabricação de suas bolsas, fechou mais parcerias com fornecedores com certificados de fair trade e assumiu compromissos para promover a igualdade das mulheres no trabalho, segundo comunicado.
As mudanças em prol da sustentabilidade da Chloé se intensificaram após a chegada de Gabriela Hearst na direção criativa. A designer de 45 anos herdou o cargo de Natacha Ramsay-Levi no final de 2020. Na época, Riccardo Bellini, CEO da grife, disse em entrevista ao Women’s Wear Daily: “A mudança no comando criativo da maison vai de encontro às medidas de transformação da marca em um negócio mais responsável e com propósito. Estamos saindo da fase de coleções rumo à fase de conexões. Só coleções não são mais suficientes. O que a marca acredita, seus ideais e valores são tão relevantes quanto os produtos”.
Nascida no Uruguai, Gabriela, 45 anos, lançou a sua marca homônima em 2015, com sede nos Estados Unidos. Desde então, vem chamando atenção por sua abordagem sustentável. Ela não demorou para imprimir seus ideais na Chloé. Na coleção verão 2022, 55% dos produtos foram feitos com materiais de impacto reduzido na natureza. Os metais amarrados nas pontas das franjas que decoram alguns vestidos, por exemplo, foram reaproveitados do estoque morto da grife. No lugar do algodão, os forros das bolsas foram substituídos por linho, já que seu cultivo emite menos gases de efeito estufa e sua produção exige menos água. Algumas delas são feitas de materiais reciclados – de cashmere a canudos – ou em parceria com a organização de fair trade Mifuko, que visa garantir pagamento justo para possibilitar a independência financeira de artesãs no Quênia. Nos sapatos, os modelos da linha Chloé Lou têm suas solas feitas a partir do upcycling de sandálias retiradas dos oceanos.
Agora, como uma B-Corp, a Chloé buscará se aproximar de outras empresas que também visam a sustentabilidade, como a marca de esportes Patagonia e a de calçados Allbirds.
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