Afinal, o que é o tal “soro da beleza” de que tanto estão falando?
Entenda o que é o soro da beleza, divulgado como tratamento para melhorar a saúde da pele e dos cabelos, mas que pode trazer riscos à saúde.
De Kim Kardashian a Hailey Bieber, grandes influenciadoras têm ajudado a popularizar o “soro da beleza” como um método para melhorar a qualidade da pele e fortalecer o cabelo de maneira quase instantânea. Mas será que é simples assim?
O procedimento não é exatamente novo: o soro de beleza é, na verdade, a soroterapia, uma suplementação de vitaminas, minerais e aminoácidos aplicada diretamente na veia. O boom recente veio graças às redes sociais, que associaram o tratamento a fins estéticos.
O uso da soroterapia, porém, não deve ser indiscriminado. É preciso uma recomendação médica, como explica a dermatologista Laís Serezini Abdalla, especialista em medicina capilar na clínica Mais Cabello.
“A soroterapia é indicada para pacientes que têm deficiências nessas vitaminas e minerais que são considerados essenciais para o nosso corpo. Essas reposições — prescritas depois de consultas médicas e exames de sangue — são elaboradas de forma individual, para atender as necessidades de cada paciente. Não existe um soro pronto para melhorar a beleza, um soro pronto para cabelo, nada disso”, diz ela.
O que acontece é que a recuperação da saúde da pele e dos fios pode vir como uma consequência do processo, já que ele tem como objetivo a melhora do funcionamento das células, do metabolismo e do organismo como um todo. “Ele faz parte de um tratamento completo, e não deve ser vendido como um procedimento isolado”, completa.
Foto: Getty Images
Quais podem ser os riscos do “soro da beleza”?
É um método usado para momentos em que o paciente não consegue ingerir todos os nutrientes necessários pela via oral, como em contextos de pós-cirurgia ou de desidratação grave, por exemplo. A aplicação do soro da beleza em quem não tem deficiência de vitaminas pode trazer riscos para a saúde.
“O principal perigo está na superdosagem, que pode levar a uma sobrecarga hepática, uma sobrecarga renal, até uma sobrecarga para o próprio funcionamento do cérebro e, a partir disso, trazer sérias consequências para o organismo e para a saúde. É um tratamento que não deve ser banalizado”, destaca a médica.
O tratamento deve ser realizado apenas por médicos, que poderão solicitar os exames necessários e montar protocolos específicos para cada caso. A forma mais eficaz e acessível de garantir tudo o que o corpo necessita continua a mesma: manter uma alimentação saudável, hidratar-se e seguir um estilo de vida equilibrado.
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