Ultrassom microfocado para uma pele mais firme? Entenda como funciona essa tecnologia
Esclarecemos as principais dúvidas sobre ultrassom microfocado, tecnologia que promete tratar a pele de maneira não-invasiva e duradoura.
Uma pele firme e com mais colágeno: essas são as promessas do ultrassom microfocado, tecnologia que ganha cada vez mais espaço em consultórios de dermatologia e clínicas estéticas no país. Por ser um procedimento não-invasivo, isto é, que não requer incisões, cortes na pele ou tempo no centro cirúrgico, o método é procurado por quem busca resultados rápidos e naturais. Estimulando a produção natural de colágeno no corpo, o ultrassom microfocado tem sido recomendado especialmente para o tratamento de questões como a flacidez e as linhas finas da face, pescoço e colo.
A seguir, conversamos com especialistas para saber mais sobre o assunto.
Como funciona o ultrassom microfocado?
O ultrassom microfocado é uma tecnologia que emite pulsos em regiões específicas da pele, podendo atingir diferentes camadas da derme. “A técnica emprega ondas de ultrassom em pontos precisos, criando microlesões térmicas controladas na pele. Essas lesões induzem uma resposta de cicatrização natural do corpo”, explica Fernanda Faiçal, especialista em procedimentos estéticos avançados e proprietária da Clínica Faiçal. “Esse processo inflamatório induz a contração muscular e também estimula a produção natural de colágeno”, detalha Alberto Cordeiro, dermatologista e fundador da clínica Horaios.
A profundidade depende da ponteira escolhida para o dispositivo usado durante o procedimento. Com ponteiras mais profundas, é possível atingir a camada muscular e até a gordura. “A intenção é a produção de colágeno e, consequentemente, a melhora da firmeza da pele, redução de poros, mais luminosidade e um efeito lifting. Também é possível diminuir pequenas áreas de gordura localizada, como a papada e a celulite”, diz a médica dermatologista Renata Sitonio.
Foto: Instagram/@skinspirit
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Como ele se destaca em relação a outras tecnologias?
Por ser um procedimento não-invasivo, o ultrassom microfocado tem um tempo de recuperação muito menor em comparação a outros tratamentos. “Ele não provoca descamação na pele e não impossibilita o paciente de retornar às suas atividades habituais. Além disso, trata músculo e pele ao mesmo tempo”, destaca o Dr. Alberto Cordeiro.
“Por permitir que o profissional visualize as camadas da pele em tempo real, ele promove um tratamento extremamente preciso, minimizando o risco de danos às camadas superficiais da pele. Isso é uma grande vantagem em relação a técnicas anteriores, como lasers e radiofrequência”, completa Fernanda Faiçal. Por estimular a produção natural de substâncias como o colágeno e a elastina, os especialistas afirmam que o procedimento também tende a ser mais duradouro, podendo trazer benefícios por até um ano.
O ultrassom microfocado substitui passos da rotina de skincare?
Segundo os experts, o ultrassom microfocado funciona, na verdade, como um complemento para a rotina de cuidados com a pele. “A rotina de skincare, incluindo o protetor solar, a hidratação e o uso de ativos que aceleram a renovação celular, é indispensável para manter a pele saudável e equilibrada, evitando o surgimento de acne, dermatites e envelhecimento precoce”, afirma a Dra. Renata Sitonio.
“Os cuidados diários são essenciais para prolongar os resultados de qualquer tratamento estético. Enquanto o ultrassom microfocado pode melhorar a estrutura e a firmeza da pele, os produtos de skincare focam na superfície e na hidratação da pele”, finaliza Fernanda.
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