Cansei de Ser Sexy comemora 20 anos de história no Primavera Sound

Após um hiato longe dos palcos, grupo prepara apresentação nostálgica no festival. "Fazer um show depois de quatro anos dá muita ansiedade", diz Lovefoxxx.


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O Cansei de Ser Sexy Foto: Divulgação



Após um hiato longe dos palcos, grupo prepara apresentação nostálgica no festival. “Fazer um show depois de quatro anos dá muita ansiedade”, diz Lovefoxxx. Em uma rara oportunidade, os fãs do Cansei de Ser Sexy poderão assistir a um show da banda neste sábado (2/12), dentro da programação do festival Primavera Sound, que realiza a sua segunda edição, neste fim de semana, em São Paulo. A banda formada no início dos anos 2000 entrou em hiato em 2014, depois de conquistar um sucesso mundial, deixando quatro discos e uma porção de hits. A última vez que dividiram o palco foi há no festival Popload, em São Paulo, em 2019, em uma reunião inesperada para cobrir o cancelamento da banda Beirut. 

A reunião do quarteto formado por Luísa Matsushita, ou Lovefoxxx, Carolina Parra, Luiza Sá e Ana Rezende, conta agora com Chuck Hipolitho, do Forgotten Boys, na bateria, que tinha Adriano Cintra na formação original. “A nossa relação vai além da amizade. A banda não é uma empresa, mas funciona como uma ilha suspensa, porque ela é mais do que um trabalho. A gente tem um envolvimento muito grande uma com a outra, nosso histórico. Então, se encontrar é uma coisa muito especial”, explica à ELLE Lovefoxxx, 39 anos.

A banda Cansei de Ser Sexy, que se apresenta no Primavera Sound

Foto: Divulgação

Durante quatro meses, ensaiaram remotamente Luísa e Chuck em São Paulo (os dois são parceiros além dos palcos), e as outras três integrantes em Los Angeles, cidade que abraçaram como casa no início da última década. Na semana que antecedeu a apresentação no festival, se encontraram em um estúdio na Vila Madalena, em São Paulo, para afinar os detalhes. Nos 50 minutos de show, pretendem tocar o maior número possível de músicas, além de estrear visuais inéditos no telão.

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“Fiz vários vídeos, o meu enteado também criou alguns. A Sophia Fuke (filha da estilista Karen Fuke) também fez vários pra gente. Ela era uma bebê que eu segurei no colo e hoje tem 20 anos. Ela é a minha TikToker de referência, me apresenta as coisas da atualidade. Estamos muito empolgadas em mostrar isso para todo mundo”, conta Lovefoxxx.

“A nossa relação vai além da amizade. A banda não é uma empresa, mas funciona como uma ilha suspensa, porque ela é mais do que um trabalho”

Enquanto o CSS esteve na estrada, foi ao palco de festivais como Fuji Rock (Japão), Glastonbury (Inglaterra) e Coachella (EUA). Nessa época, passavam meses na estrada, rodando principalmente pelo Hemisfério Norte. Hoje em dia, Carolina, Luiza e Ana se dedicam ao cinema e audiovisual, em Los Angeles. Lovefoxxx já se debruçou no mundo das construções sustentáveis, passou períodos na Amazônia e em Garopaba (SC), foi diretora de arte e apresentou uma exposição como pintora neste ano, na galeria Luisa Strina (SP).

Não à toa, há um nervosismo em voltar a se apresentar na frente de milhares de pessoas. “Quando a gente fazia turnê, era um show atrás do outro. Então, tudo ficava mais fácil. Fazer um show depois de quatro anos dá muita ansiedade, mas confio que na hora vem uma energia diferente, algo que sinto apenas com as meninas”, explica a cantora.

No entanto, com o Tum, projeto que divide com Chuck, ela lentamente voltou ao circuito de shows, incluindo apresentações no festival Coquetel Molotov, em Recife, e no Mada, em Natal. O primeiro disco do duo, Gema, foi lançado em outubro. “O Tum me recondicionou a voltar a tudo isso, e discotecar com certa frequência também me ajuda com a ansiedade.”

Em 2020, ela dividiu os vocais com Letrux, em “Fora da foda”, música do disco Letrux aos prantos. E neste ano, o CSS participou de “Coocoocrazy”, faixa de Papel de carta, o primeiro disco da Karen Jonz.

Para a frontwoman, há um perfil específico dos fãs do CSS: “Eles são muito fofos, pessoas delicadas. Acho isso raro hoje em dia.” Como a possibilidade de retorno do grupo é cada vez mais rara, a banda valoriza a oportunidade de voltar ao palco esporadicamente. No Primavera, o clima será de celebração da história e da amizade da banda. “Tenho algumas mensagens que quero dar para eles (os fãs), agora que recebi o status de mãe das gays e das esquisitonas. Estou muito feliz em ter a maternidade fluindo na minha vida dessa forma”.

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Foto: Divulgação

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