Do novo Almodóvar ao filme sobre Lady Di, cinco destaques do Festival de Veneza

Evento, que começa nesta quarta (01.09), promete ser menos tímido do que em 2020 e com todos os convidados plenamente vacinados.


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Não importa se você é Zendaya e o filme em que você atua foi selecionado entre os 21 concorrentes ao Leão de Ouro deste ano. A partir desta quarta-feira (01.09) e até o próximo dia 11, só entra na 78ª edição do Festival de Veneza quem estiver com as duas doses da vacina e apresentar um comprovante oficial – o chamado passe sanitário, ou green pass – à organização do evento.

Ao que os vídeos de paparazzi mostrando Zendaya no posto de vacinação indicam, ela já garantiu seu pivô no tapete vermelho italiano para defender Duna, ficção científica e um dos destaques do festival, estrelado por Timothée Chalamet (Me chame pelo seu nome) e dirigido por Denis Villeneuve (Blade Runner 2049). Além da atriz, veremos no tapete vermelho Kristen Stewart, que interpreta Lady Di em Spencer, filme que trata do processo de divórcio da princesa Diana e que tem como atrativo extra o figurino assinado por Jacqueline Durran, ganhadora do Oscar na categoria por Anna Karenina (2012) e responsável por figurinos marcantes, como o de Orgulho e preconceito (2005).

Para abrir o evento nesta quarta, Pedro Almodóvar e Penélope Cruz, com seus respectivos passaportes espanhóis carimbados e vacinados mostram, com Madres paralelas, que esta edição de Veneza promete ser melhor que a tímida e esvaziada versão 2020 do festival, tanto em termos de segurança sanitária quanto de qualidade cinematográfica. “É como se a pandemia tivesse estimulado a criatividade”, disse o ator italiano Alberto Barbera, diretor artístico do festival, em comunicado oficial à imprensa.

Outro grande estímulo à criatividade desta edição foi a escolha do cineasta sul-coreano Bong Joon-ho para presidente do júri. A escolha do diretor do premiado Parasita reafirma a vocação plural (tanto de temáticas quanto de nacionalidade de diretores e filmes) que o evento tradicionalmente tem, embora muitos argumentem que os vencedores dos últimos anos apontam para um alinhamento com competições mainstream, como o Oscar. Nas homenagens de 2021, a atriz estadunidense Jamie Lee Curtis receberá o Leão de Ouro por sua carreira e o italiano Roberto Benigni, o Leão de Ouro de Trajetória.

Fora da competição oficial, dois filmes brasileiros marcam presença no evento. Produção original da Netflix com estreia prevista ainda este ano na plataforma de streaming, 7 prisioneiros é ambientado num ferro velho em São Paulo e trata da exploração de trabalho análogo à escravidão, com Rodrigo Santoro e Christian Malheiros (da série Sintonia) nos papéis principais. A direção é de Alexandre Morato e o filme é coproduzido por Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e pelo estadunidense de ascendência iraniana Ramin Bahrani (O tigre branco). O longa concorre ao prêmio Orizzonti Extra, uma nova categoria lançada neste ano. Já o curta-metragem Ato é o primeiro trabalho de ficção de Bárbara Paz como diretora e trata da solidão de um homem que tem como única companhia uma prostituta. Em 2019, a atriz e cineasta ganhou o Leão de Ouro de Melhor Documentário no festival com Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou.

Abaixo, uma seleção da ELLE de cinco filmes que a gente quer muito assistir (para ver a programação completa, acesse o site do festival)

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