O que você precisa saber sobre “Pantera Negra: Wakanda para sempre”

Marcado pelo protagonismo feminino, longa traz músicas novas de Rihanna, Michaela Coel no elenco e figurino de Ruth E. Carter.


Foto: Divulgação



Pantera Negra: Wakanda para sempre, dirigido por Ryan Coogler chega nesta quinta-feira (10.11) aos cinemas brasileiros. É uma continuação do sucesso de 2018, que foi o primeiro e único longa da Marvel a concorrer ao Oscar de melhor filme e ganhou três estatuetas – melhor figurino, trilha sonora e design de produção – inéditas para o estúdio.

Pantera Negra também foi um marco de representatividade, sendo o primeiro filme de super-heróis com elenco majoritariamente preto, ao falar de colonialismo, resistência, força da África e do que significa ser negro no mundo.

Coogler (Fruitvale station – A última parada, de 2013, Creed, de 2015) estava com o roteiro da sequência pronto quando o ator principal, Chadwick Boseman, que interpretava o rei T’Challa e o super-herói Pantera Negra, morreu de câncer, em agosto de 2020. Ele precisou refazer a história, que passou a lidar com a morte do ator e do personagem. A trama também ganhou protagonismo feminino e traz mais uma vez no elenco Angela Bassett, Letitia Wright e Lupita Nyong’o, entre outros atores.

A seguir, tudo o que você precisa saber sobre Pantera Negra: Wakanda para sempre.

Wakanda para sempre lida com o luto
O filme começa justamente com Shuri (Letitia Wright) tentando salvar o irmão, T’Challa, sem sucesso. A princesa, uma cientista brilhante, vai ter dificuldades de lidar com o luto. O funeral de T’Challa é triste e também uma grande celebração da vida e da cultura africana, além de ser uma homenagem a Boseman. O longa só começa mesmo depois da vinheta, que, em vez de trazer cenas de diversos filmes da Marvel, como de costume, tem apenas fotos do ator.

SUM 33295 R

Angela Bassett como Ramonda Foto: Divulgação/Marvel

Protagonismo feminino
A morte de T’Challa deixou um vácuo no reino de Wakanda, afetando principalmente mulheres. Sem o irmão, Shuri perde totalmente as referências, sentindo-se culpada por não conseguir salvá-lo. A mãe, Ramonda, que tinha visto o marido, T’Chaka (John Kani), ser morto em um ataque terrorista no filme Capitão América: Guerra civil (2016), agora chora pelo filho e precisa ocupar o trono. A general Okoye (Danai Gurira) fica abalada e comete um erro fatal. A espiã Nakia (Lupita Nyong’o), a amada de T’Challa, não comparece ao funeral e permanece em um dos postos de cooperação estabelecidos por Wakanda, no Haiti. Mas acaba aceitando a convocação da rainha Ramonda para uma missão.

Discurso anticolonialista
Ramonda (Angela Bassett), mãe de T’Challa, assume o trono e tenta combater as grandes potências, como Estados Unidos e França, interessadas em colocar as mãos no vibranium, o metal resistente e poderoso que só existe em Wakanda. Quando um navio estadunidense que busca vibranium no mar é atacado, os wakandanos levam a culpa. Mas os responsáveis pelo ataque são Namor (Tenoch Huerta) e seu povo pré-colombiano (uma mistura de astecas e maias), que fugiram dos colonizadores espanhóis no século 16, estabelecendo-se em um reino secreto no fundo do mar. Namor procura Shuri e Ramonda com a proposta de eliminar a cientista responsável pela criação de uma máquina detectora de vibranium, Riri Williams.

TDT4080 trl comp csm v0010.1149

Lupita Nyong'O como Nakia Foto: Divulgação/Marvel

Quem é Riri Williams?
Ela é uma adolescente, estudante do MIT (Massachusetts Institute of Technology), que criou a máquina que rastreia vibranium por acaso, fazendo um trabalho da faculdade. Shuri e Ramonda, no entanto, são contra a ideia de matá-la para proteger Talocan e Wakanda. Riri vai ter um papel importante no futuro do chamado Universo Cinematográfico Marvel.

Michaela Coel entra no elenco
A criadora e protagonista da premiada série I may destroy you interpreta o papel de Aneka, uma das integrantes da Dora Milaje, grupo de soldados de elite formado apenas por mulheres. Ela gosta de treinar com as novas armas desenvolvidas por Shuri e tem um relacionamento com Ayo (Florence Kasumba), também guerreira da Dora Milaje.



Roupas de inspiração africana e pré-colombiana

Ruth E. Carter foi a primeira pessoa negra a ganhar o Oscar de figurino, por Pantera Negra. Antes disso, ela tinha ficado conhecida por trabalhar com Spike Lee em produções como Faça a coisa certa (1989) e Febre da selva (1991), além de ter concorrido ao Oscar por Malcolm X (1992), do mesmo diretor, e Amistad (1998), de Steven Spielberg. Carter volta com mais figurinos deslumbrantes para Wakanda para sempre. Aqui, além das diversas inspirações do continente africano, ela também desenvolveu os figurinos de Namor e seu povo, baseado nas culturas pré-colombianas.

O retorno de Rihanna
A cantora volta à música com o single “Lift me up”, uma homenagem a Chadwick Boseman. A canção foi feita em parceria com Ludwig Göransson, compositor sueco ganhador do Oscar por Pantera Negra, com a cantora, compositora e produtora nigeriana Tems e com o diretor Ryan Coogler. Göransson é o autor da trilha sonora de Wakanda para sempre, compondo todas as canções, inspirando-se nos sons da Nigéria e das culturas maia e asteca. Logo após a estreia do filme, ela lançou “Born again”.

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes