Dolce & Gabbana, alta moda 2024
Tudo o que rolou nas apresentações de alta moda, alta sartoria e alta joalheria da Dolce & Gabbana na Sardenha.
Desde 2012, a Dolce & Gabbana elege um destino paradisíaco na Itália para apresentar as coleções de alta moda, alta sartoria e alta joalheria. O suprassumo e a mais pura essência da marca nas categorias de vestuário sob medida feminino e masculino e de joias. Neste ano, a escolha foi a Sardenha.
Entre os dias 30 de junho e 04 de julho a ilha no Mediterrâneo recebeu algumas centenas de clientes especialíssimos, amigos dos designer Domenico Dolce e Stefano Gabbana e celebridades respira fundo: Alessandra Ambrosio, Cauã Raymond, Choi San, Halle Bailey, Halle Berry, Jeff Bezos, Katy Perry, Lucien Laviscount, Maluma, Maria Carla Boscono, Naomi Campbell, Rosie Huntington-Whiteley, Theo James, Violet Chachki, só para citar alguns dos presentes.
Christina Aguilera em apresentação no jantar de boas-vindas nos eventos da alta moda 2024 da Dolce & Gabbana. Foto: Divulgação
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O jantar de boas-vindas, não tem como ignorar, contou com apresentação de Christina Aguilera, entre dançarinos de ternos de cetim rosa, chokers de diamantes e leques de plumas. No set list, só os maiores hits da cantora e vencedora de sete Grammys.
Na noite seguinte, as estrelas eram de outra quilatagem. A coleção de alta joalheria da Dolce & Gabbana é baseada em peças feitas a partir de filigranas, uma técnica que consiste na aplicação e entrelaçamento de fios de ouro. Pensa numa renda, só que de metais preciosos.
Dolce & Gabbana, alta joalheria. Foto: DSL Studio | Divulgação
A artesania tem toda uma conexão com as culturas e povos que habitaram a região por centenas de anos. Porém, os grandes destaques são as peças feitas com gemas, ouro e… pães. Os designers envernizaram pequenos pães esculpidos e assados em processos manuais locais para, depois, os incorporarem em colares, braceletes e brincos.
Ao longo dos séculos, a Sardenha foi habitada por fenícios, romanos, vândalos, bizantinos, sarracenos e por aragoneses espanhóis, esses últimos durante quase 400 anos. O resultado são vastos registros históricos e um mix cultural bastante rico e único. Vem daí boa parte das inspirações das linhas apresentadas nos últimos dias. São as tradições, rituais e paisagens locais o ponto de partida para Domenico Dolce e Stefano Gabbana.
Dolce & Gabbana, alta moda.
Foto: Divulgação
O desfile de alta moda foi realizado nas ruínas da antiga cidade de Nora, datada do século 8 a.C. Só com sapatos baixos, a coleção é quase toda desenvolvida sobre vestidos fluidos plissados, decorados com corsets dourados, coletes tipo armaduras, maxicolares e brincos imponentes. Entre os destaques, estão os looks finais, feitos com técnicas artesanais originalmente usadas na tecelagem de tapetes. No cenário, a paisagem rochosa contrastava com as esculturas geométricas e espelhadas do artista californiano Phillip K. Smith III.
Na ala masculina, a alta starotria, os designers foram mais a fundo no folclore local. Centenas de locais em trajes cerimoniais desfilaram em carruagens decoradas puxadas por bois, espalhando pétalas de rosa e folhas de hortelã pelo chão. Em seguida, vinham criaturas mascaradas, os Mamuthones, com seus mantos de pele de ovelha e 30 quilos de sinos nas costas. A abertura era uma reencenação da procissão religiosa de Cagliari, em homenagem a santo Efísio, o padroeiro da cidade.
Dolce & Gabbana, alta sartoria. Foto: Divulgação
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A coleção combina a herança e expertise em alfaiataria da Dolce & Gabbana com pesquisas sobre a história e culturas sardas em ternos bordados com flores, capas longas de lã felpuda, saias geométricas estruturadas, detalhes dourados em camisas de colarinho alto e boleros curtos decorados, numa referência direta à influência espanhola na região.
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