SPFW N58: Lilly Sarti, inverno 2025
Lilly Sarti renova o visual de sua marca homônima com novas proporções, formas precisa e volumes arredondados.
Na temporada passada, Lilly Sarti comemorou a maioridade de sua marca homônima relembrando traços essenciais de sua identidade. Com 18 anos completos e já de olho na chegada dos 20, a estilista sente-se mais segura para experimentar e fazer o que lhe parece adequado. “Nada como a maturidade para nos dar a confiança de fazer o que acreditamos, não é mesmo?”, comenta no camarim do desfile, no segundo dia da SPFW N58.
O inverno 2025 é a maior coleção já apresentada por Lilly e sua irmã, Renata Sarti. “A gente sempre faz coleções bem extensas, mas nunca colocamos tanto produto na passarela”, diz Lilly. De novo, tem a ver com o tempo – no caso, com a passagem dele e com a experiência.
Lilly Sarti, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite
Lilly Sarti, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite
Lilly Sarti, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite
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Em preview para esta ELLE, a diretora criativa explicou que raramente trabalha com temas pré-definidos. Segundo ela, as criações são o resultado de uma concentração de vontades, sentimentos e experiências. Assim, continuam em cena as referências às culturas asiáticas, em especial do Japão, e ao estilo dos anos 1980. A diferença é que tudo passa por uma espécie de filtro purificador.
Não dá para dizer que a Lilly Sarti chega a flertar com o minimalismo. O que rola é um exercício de redução e controle nos volumes, formas e modelagem. O shape da vez é curvilíneo, arredondado – um mix entre quimonos japoneses e o power dressing. Camisas e jaquetas têm barras encurtadas no formato de meia-lua, mangas são construídas em circunferência e até o balonê dá as caras.
Lilly Sarti, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite
Lilly Sarti, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite
Lilly Sarti, inverno 2025. Foto: Agência Fotosite
Em estações anteriores, a etiqueta parecia em inércia, apoiada em elementos manjados do próprio repertório, como as texturas e tecidos desenvolvidos pela casa. Agora, é interessante ver o esforço e a dedicação em design, a abertura a novas ideias e proporções. Nem tudo funciona, mas existe intenção, experimentação, movimento. E isso, hoje, anda bem raro.
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