Marc Jacobs, inverno 2025

Já há algumas temporadas, Marc Jacobs estuda volumes com mangas bufantes, quadris exagerados e silhuetas intencionalmente distorcidas. Para o inverno 2025, apresentado na segunda-feira (30.06), na Biblioteca Pública de Nova York, essa investigação amplia noções sobre o belo.

Marc Jacobs, inverno 2025. Foto: Divulgação

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No texto entregue à imprensa, o estilista explica: “Beleza é uma qualidade ou uma combinação de qualidades que dão prazer à mente ou aos sentidos e que é frequentemente associada com propriedades como harmonia de forma ou cor, proporção e autenticidade”. Os looks da estação provocam essas ideias preestabelecidas.

Ele enfatiza a cintura criando um volume quadrado e pontudo na parte da frente, quase alienígena. Os ombros são definidos com mangas infladas – algumas que crescem até a altura das orelhas. A calça cargo, com bolsos em excesso, deforma o desenho das pernas. Saias e blusas ganham enchimentos arredondados, exagerando as formas dos corpos das modelos.

Marc Jacobs, inverno 2025. Foto: Divulgação

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Laços bidimensionais aplicados na parte de trás do jeans, vestidos e posicionados sobre a cabeça, além de golas vitorianas gigantescas, complementam alguns visuais. Rendas em tons pastel, retiradas de camisolas vintage e dispostas de maneira aparentemente caótica, adicionam um toque grunge e romântico às peças, como no look usado por Alex Consani.

Neste desfile, Marc comenta sobre a obsessão por padrões estéticos, que muitas vezes é desconfortável e dolorosa. Enquanto desfilavam, algumas modelos tinham dificuldade de andar com os sapatos altíssimos, estreitos e de bico pontudo. A maioria, aliás, não conseguiria se sentar ou curtir uma festa usando essas roupas. Para Marc Jacobs, nada disso importa quando a aparência é o objetivo – uma alegoria do mundo real.