Jacquemus, inverno 2025

Dois anos após desfilar seu inverno 2023 nos jardins do Palácio de Versailles, Jacquemus retorna à antiga residência real francesa – hoje museu e Patrimônio Mundial da Humanidade – para apresentar seu inverno 2025. E se na primeira vez as roupas referenciavam as roupas da nobreza, agora elas são desenvolvidas com base no que usavam os trabalhadores agrícolas de antigamente.

Jacquemus, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Pense em lenços amarrados na cabeça e na cintura, a preferência pelo uso do algodão não tingido e por processos manuais, como a renda e o crochê. As camisas e jaquetas são transpassadas e os blazers não têm lapelas. A pesquisa vai além da França e traz elementos da cultura espanhola, como o flamenco, os babados em camadas, os tassels nas barras das saias e uma certa dramaticidade.

Jacquemus, inverno 2025. Foto: Getty Images

Duas assinaturas da casa estão ali: o interesse pela geometria e sensualidade. Os ombros são quadrados ou arredondados. Os vestidos regata caem como colunas com estampas de listras e losangos. Longos drapeados são transparentes, o colo dos modelos fica à mostra e muitas peças valorizam as curvas do corpo. Os chemises que abrem a apresentação, com saias rodadas e volumosas na parte da frente e ajustadas na de trás, sintetizam são bons exemplos.

Jacquemus, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Desde a coleção de verão 2025, desfilada em janeiro deste ano, Jacquemus demonstra pretensões couture com criações elaboradas – embora nem sempre muito equilibradas. A ideia, que já vem de algum tempo, é elevar a percepção da marca para posicioná-la em um patamar mais próximo às demais grifes de luxo. Até então, o negócio cresceu vigorosamente com acessórios hit e uma oferta de roupas a preços menos exorbitantes. O destaque da coleção para vestidos mais suntuosos, dignos de tapete vermelho, revela que o estilista está buscando reconhecimentos mais ambiciosos.