MFW: Diesel, verão 2025

Diesel é denim. A frase que ecoou pela trilha sonora do desfile da marca neste sábado (21.09) deixa claro o seu propósito. Na verdade, o tema já estava escancarado antes da apresentação começar, graças aos impressionantes 14.800 kg de sobras de jeans que cobriram a passarela, refletindo os principais temas da coleção: circularidade, upcycling e, claro, denim.

Diesel, verão 2025. Getty images

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Desde que o estilista belga Glenn Martens assumiu a direção criativa, em 2020, a Diesel se tornou uma das marcas mais aguardadas da semana de moda de Milão, muito pelo tratamento inovador dado ao material – ele até lançou um documentário sobre o tema, em julho. Dessa vez, o reaproveitamento de tecido é envelopado numa coleção futurista, experimental e meio apocalíptica.

Diesel, verão 2025. Getty images

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Com os olhos pintados num mood alienígena-vampiresco, as modelos pareciam ter vindo de um futuro distópico – ou da rave –, com looks rasgados e desgastados. Mas não pense num esgarçado qualquer, desse que aparece só no joelho da calça. Na Diesel, a técnica é elevada ao extremo em peças inteiras, tanto jeans como jacquard e xadrez, num uso mais complexo do devorê.

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O mesmo método é usado para criar texturas e formas volumosas em casacos e jaquetas, assim como nas peças de tule que arrematam calças, tops e macacões colados ao corpo. Nessa lógica, as franjas também aparecem aos montes, do denim destruído ao couro estruturado.

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Apesar da variedade de shapes, a coleção da Diesel é mais sexy, a exemplo dos looks desconstruídos feitos com lenços reaproveitados. Costurados e sobrepostos uns aos outros, se transformam em saias assimétricas, microtops e vestidos, num mix cool de estamparia digital. Outra maneira interessante de retrabalhar clássicos de um jeito vanguardista, algo que já se tornou especialidade de Glenn Martens.