Moschino, verão 2025 masculino

Em fevereiro de 2024, quando desfilou sua primeira coleção feminina, um mês após ser contratado como diretor criativo, Adrian Appiolaza já mostrou qual seria a nova cara da Moschino. Após 10 anos de Jeremy Scott no comando, o estilista argentino abaixa o tom da loucurinha sem eliminá-la por completo. Na apresentação que abre a semana de moda masculina de Milão, nesta sexta-feira (14.06), onde também mostrou sua primeira coleção feminina de resort, não foi diferente.

Moschino, verão 2025 masculino. Foto: Getty Images

Inspirado em seu primeiro emprego, onde tinha que usar terno todos os dias, ainda no país latinoamericano, e no estilo de vida italiano, ele criou toda uma sorte de roupas “formais” e alfaiataria desconstruídos e destruídos, decorados com elementos como ovos fritos e croissants, além de tops feitos de clipes de metal, bolsas de pizza e saias com estampas de toalha de mesa. Do escritório vêm também as maletas em formato de coração, canetas, gravatas e blazers desenhados em camisas, em efeito trompe l’oeil. Há também um aceno ao futebol, elemento bastante presente nas culturas populares da Argentina e da Itália, em bolsas, tricôs e estampas de bola.

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A montanha de malas novas e antigas empilhadas no meio da passarela simboliza a “jornada de descoberta e exploração”, disse o estilista, em entrevista ao WWD. Uma viagem do seu primeiro trabalho, 20 anos atrás, onde precisava usar ternos todos os dias, até o momento em que ele colocou uma regatinha suja de molho de tomate na passarela da marca mais divertida que há. É como se umas férias inesquecíveis de um verão europeu virassem realidade. Um sonho.

Moschino, verão 2025 masculino. Foto: Getty Images

Diferentemente do seu antecessor, observando além da loucura, existem roupas para serem compradas – e desejadas! – nas coleções de Adrian Appiolaza. É um DNA ainda em construção, mas bastante promissor. Os cardigans curtinhos, as camisas com mangas de babados feitas de gola, os vestidos de seda assimétricos, a saia de lenços e as calças amplas são bons exemplos. Até o terceiro look, com um blazer inspirado na “survivor jacket”, criada por Franco Moschino em 1992, foi adaptado às necessidades da vida do trabalhador urbano. Por isso, no lugar de espaços para carregar escovas de cabelo, de dente, pincéis e espelhos, a nova versão tem bolsos, compartimentos e apoios para óculos, bloquinhos de anotações, canetas, cartões, jornal e até o crachá da empresa – para os fãs da Moschino que ainda precisam usar terno todos os dias.