NYFW: Tory Burch, inverno 2025

Já faz uns quatro anos que Tory Burch se inspira nas máximas e nos pioneiros do que ficou conhecido como sportswear americano. Começou no verão 2022, com uma coleção em homenagem à estilista Claire McCardell. Desde então, o mote de cada nova estação são variações daquela roupa (em tese) fácil, prática, versátil, duradoura. O tal clássico atualizado ou com um twist,sabe? Para o inverno 2025, não é diferente.

A imersão nas raízes e princípios do estilo definidor da moda estadunidense, de início, resultou em interpretações sobre camisas, saias de corte geométrico, jaquetas e blazers de formas amplas ou levemente ajustadas. Aos poucos, referências esportivas entraram em cena até assumirem protagonismo: o verão 2025, apresentado em setembro passado, foi todo sobre isso. Agora, para o inverno 2025, parece que o pêndulo volta a balançar para o outro lado.

Tory Burch, inverno 2025. Foto: Getty Images

Tory Burch, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Apenas as calças jogging (track pants) e as jaquetas utilitárias, curtinhas e cheias de bolsos, imprimem leituras mais diretas sobre trajes usados em práticas de esportes. Em depoimento ao Council of Fashion Designers of America (CFDA), Tory Burch descreveu a coleção como um “guarda-roupa colecionado ao longo do tempo, em que cada peça é insubstituível: o blazer perfeito, o vestido favorito, o suéter usado”.

A fala explica o caimento solto, os shapes com cara de desajustados, as texturas felpudas, a cartela de cores mais fechada e alguns acabamentos que tentam imitar desgastes do tempo. O apego à ideia de “atualizar” básicos – os cardigans com mangas abertas e jogadas sobre os ombros (uma tendência de styling recorrente da temporada) ou os casacos com mangas alongadas com desenho curvilíneo –, às vezes, complica o que não precisa ser complicado. Mais interessantes são os looks da porção final do desfile (da entrada 31 em diante): as peças com subversões espertas na proporção das silhuetas dos anos 1940 e 1950 e os vestidos plissados.