SPFW N58: Santa Resistência

Na Santa Resistência, Mônica Sampaio fala de sua própria ancestralidade em coleção colaborativa.


Santa Resistencia 6
Santa Resistência Foto: Ze Takahashi @agfotosite



Mônica Sampaio, da Santa Resistência, nunca soube de onde vinha sua família. Até o ano passado. Com a ajuda de um teste de DNA, descobriu que seus antepassados eram do Quênia e da Tanzânia. A estilista relata que, a partir dessa descoberta, começou a pesquisar sobre o povo Maasai, um grupo de nômades da mesma região. Assim nasceu a inspiração para sua mais recente coleção, apresentada neste sábado (19.10) na SPFW N58.

Esta é a primeira vez que Mônica desfila colaborações. Ela convidou Alex Rocca para criar uma peça de tapeçaria – a imponente capa que abre o desfile – e desenvolveu estampas em parceria com a artista plástica Auxi Silveira. A técnica de moulage foi feita por Bira Godoy e Railda Costa, cujos trabalhos Mônica conheceu pela internet. Os acessórios de miçangas coloridas foram trazidos da África pela influenciadora de viagem e amiga da marca, Rebecca Aletheia. Já as peças de cerâmica são assinadas por Miriam Costi. A estilista comenta que sempre fez tudo sozinha, mas optou por unir forças nesta estação para potencializar outros profissionais.

Santa Resistencia 8

Santa Resistência Foto: Marcelo Soubhia @agfotosite

Santa Resistencia 5

Santa Resistência Foto: Ze Takahashi @agfotosite

Santa Resistencia 4

Santa Resistência Foto: Ze Takahashi @agfotosite

Santa Resistencia 3

Santa Resistência Foto: Ze Takahashi @agfotosite

Santa Resistencia 2

Santa Resistência Foto: Ze Takahashi @agfotosite

\

Santa Resistencia 1

Santa Resistência Foto: Ze Takahashi @agfotosite

Santa Resistencia

Santa Resistência Foto: Ze Takahashi @agfotosite

No primeiro bloco da apresentação, as roupas têm padronagens Shuka, um xadrez utilizado pelo povo Maasai, em tons vibrantes de vermelho e roxo, além de vestidos de crochê com franjas assimétricas, couro de tilápia rastreável, saias volumosas e babados. Imagens da tribo adornam longas túnicas.

Mônica também trouxe um print de zebra em tons de verde água e azul, que abre o bloco de cores frias, remetendo ao mar de Zanzibar. Na segunda parte do desfile, vestidinhos estruturados dividem espaço com modelos mais fluidos. Alguns modelos cruzam a passarela carregando malas de rodinhas coloridas, simbolizando o estilo de vida nômade. Tudo na passarela da Santa Resistência carrega significado e intenção: essa é a forma da estilista de fazer moda.

Leia mais: SPFW N58: SILVÉRIO

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes